2×13 de Law & Order Organized Crime mantém ritmo frenético
Law & Order Organized Crime retorna com ritmo frenético e empolgante, sem perder as qualidades e a criatividade.
A última vez que assistimos Law & Order Organized Crime estávamos diante de uma escalada de tensão. Mas será que, após um longo período de pausa, a série consegue manter essa empolgação?
A boa notícia é que de todo o bloco Law & Order exibido na última quinta-feira (24), este drama foi quem conseguiu fazer o melhor trabalho. A qualidade do período pré-Olimpíadas não só se manteve, como também conseguiram crescer e aumentar o nível. Entretenimento de qualidade. Mas sem perder a inteligência e o apelo junto ao telespectador de massa. É um acerto em todos os sentidos.
Em As Hubris Is to Oedipus, a força tarefa da unidade de crime organizado precisa correr contra o tempo para salvar vidas. A missão desta vez é localizar Richard Wheatley (Dylan McDermott). O bandido, com a ajuda do hacker Sebastian McClane (Robin Lord Taylor), criou um exército de extremistas e agora ameaça a cidade de Nova York.
Há bombas espalhadas por todo município. Incluindo pontos importantes, como a bolsa de Nova York. Sendo assim, Elliot Stabler (Chris Meloni) e Ayanna Bell (Danielle Moné Truitt), ao resgate!
Rumo criativo acertado
Law & Order Organized Crime é certeira ao definir o gênero policial como objetivo. Enquanto suas companheiras de horário ainda tentam entender como melhor combinar policial e jurídico, Organized Crime quer prender bandidos e fazer justiça.
Tiros, bombas, escutas e tradutores de línguas estrangeiras. É incrivelmente empolgante e faz com que o entretenimento seja eficiente. Há tempos não temos algo nesse sentido na televisão aberta. Seja por falta de vontade ou diminuição do orçamento.
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Outro acerto é introduzir extremistas e supremacistas brancos nas narrativas. Em maio de 2021, o governo federal confirmou que supremacistas brancos são uma das maiores ameaças aos Estados Unidos. Sendo assim, é importante falar sobre isso.
Destacar essas questões para que o telespectador entenda que, de fato, estamos em tempos complexos e perigosos. Portanto, a série acerta, também, nessa frente.
Calibrar também é preciso
A ânsia em aproximar Law & Order Organized Crime do gênero policial faz com que a série tropece também nos clichês do gênero. O maior deles é a verossimilhança. Ou melhor, a falta dela. Tem certeza que uma subestação de energia elétrica no Queens seria estabilizada com uma arma de paintball?
Além disso, diante de tamanha ameaça, o FBI não teria assumido a investigação? Principalmente depois de bombas serem descobertas na bolsa de valores de Nova Iorque? Desafia a própria lógica de Organized Crime. Principalmente depois de tudo que vimos até aqui.
É preciso mais atenção a essas situações. Subestimar a inteligência do telespectador é um erro imperdoável e, em caso reincidência, colocar todo o processo a perder. O episódio foi delicioso e empolgante. Contudo, quando o roteiro resolve desafiar a realidade, o telespectador já torce o nariz. Além disso, compromete o desenvolvimento da história. Reforço, portanto, a necessidade de um comprometimento maior na busca pela realidade.