5×03 de The Good Doctor trabalhou com grande dilema
Review do terceiro episódio da quinta temporada de The Good Doctor, que deu destaque para a nova antagonista de Shaun.
Em constante evolução, The Good Doctor segue mantendo suas expectativas iniciais até aqui. Perdemos queridos funcionários do St. Bonaventure; vimos o florescer de outros que muita gente não dava nada. Tudo culminou em uma quinta temporada que se inicia bem estruturada.
Finalmente temos uma antagonista a altura de Shaun Murphy em The Good Doctor e ela não veio para brincadeira. Salen é um grande achado para este ano e tenho reforçado muito isto por aqui. A princípio, sinto uma conexão muito próxima com o ódio que tenho pela sua personagem. Ainda mais por já ter encontrado personalidades semelhantes pelos últimos anos na profissão.
A nova gerência já deixou claro o que busca para o hospital e isso pode ir contra os princípios éticos de muitos profissionais.
Para onde seguiu Shaun Murphy em The Good Doctor?
Em primeiro lugar, sabemos que Shaun é de longe uma personalidade extremamente curiosa. Seu feeling anatômico através das imagens em sua cabeça traz ao espectador um pouco do raciocínio médico durante uma avaliação clínica. Nos últimos tempos, seu relacionamento com Lea tem tomado um pouco mais das cenas. Nesse sentido, temos um maior foco a sua vida pessoal, deixando sua carreira em segundo plano. Entretanto, aos poucos isso tem encontrado um interessante equilíbrio dentro de The Good Doctor.
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Exatamente nestes momentos de estabilidade que aparece algo para causar um turbilhão de emoções. A presença de Salen reforçando o “parentesco” entre suas patologias não tem feito bem ao protagonista. Claro que o autismo e o TDAH possuem suas semelhanças, assim como tantas outras patologias do nosso corpo conversam entre si. Todavia, a forma com que Salen coloca isso no dia-a-dia é extremamente forçada. Culminando a situação, a antagonista foi longe demais ao utilizar da imagem de Shaun sem sua permissão.
Ainda assim, acredito que a nova gerente encontrará uma forma de escorregar por detrás de suas ações na série. Muitos contratos hospitalares colocam a possibilidade do uso de imagem como cláusula e isso pode acabar sendo uma “solução”. Entretanto, não acredito que Shaun deixaria passar um ponto tão importante em branco.
Glassman tem nos dado sinais a todo momento!!
Todos concordamos que Aaron Glassman é um grande nome nestes últimos cinco anos. Desde que a série estreou, já nos emocionamos com suas perdas, ações e atitudes por aqui. Contudo, não é bem assim que estava me sentindo nesta temporada. Cogitei, de início, criticar duramente a forma com que desenvolveram o personagem até aqui. Foi então que um link veio a minha mente. Nosso aclamado médico aposentado está passando por um momento de transformação muito importante.
Alguns sinais deixam isso bem evidente. O discurso alcoolizado no noivado de Shaun foi o primeiro indício. Nesse meio tempo, sua aposentadoria e os novos hobbies já são outro gatilho do que pode estar vindo por aí. A perda de Debbie, de Shaun, da sua rotina. Tudo vem culminando em um isolamento que só vai trazer mais tristeza ao personagem. O desfecho disto pode apresentar uma das mensagens mais lindas e importantes de The Good Doctor. Mas vou deixar para abordar isso em um futuro próximo com mais detalhes.
Outros dilemas nem tão importantes…
Por fim, temos plots menores a serem mencionados em The Good Doctor. Morgan e Park já estão em uma situação de calamidade. Não definem o futuro dos personagens e isso interfere diretamente em suas carreiras. Logo Reznick que veio com todo o potencial para dominar a série e ultimamente tem sido podada a interesses amorosos mal resolvidos.
Outro ponto de menor impacto até então está entre Andrews e Lim. Enquanto a chefe de cirurgia toma uma postura adversária perante as ações de Salen, Andrews tenta um pouco mais de diplomacia. Inclusive deixo registrado que não é todo mundo que possui sangue frio para trabalhar a esse ponto. Ou será que toda essa diplomacia não vem associado a uma puxada de tapete no futuro? Se eu fosse Lim, abriria meu olho em relação a isso.
Nota do Episódio: 4/5