8 séries canceladas que a Netflix quer que você esqueça

As séries canceladas que a Netflix quer que você esqueça que existam

Existem séries canceladas que deixam saudades. E existem séries canceladas que causam problemas. Esse é um caso curioso que resolvemos analisar, principalmente em se tratando da Netflix. Por muitas vezes, uma produtora ou canal investe dinheiro em uma atração, tem esperanças de que ela será um grande sucesso e, curiosamente, fracassa. Em outros momentos, a atração pode acabar ficando cara demais para continuar sendo produzida, ou em outros casos, ser cancelada por divergências dos produtores.

De qualquer forma, não importa o motivo, tem séries canceladas que a Netflix desejaria que os fãs esquecessem de uma vez por todas. Ou, simplesmente, que seus assinantes deletassem suas existência. Pensando nessa curiosidade, o Mix de Séries resolveu unir oito destes títulos em uma lista especial. Confira abaixo!

1 – Marco Polo

Marco Polo deveria ser a Game of Thrones da Netflix, ou pelo menos era o que a plataforma de streaming esperava. A série foi lançada em 2014, o que significa que foi uma das primeiras séries originais da Netflix, e de longe, a mais ambiciosa produção da época em que foi lançado.

Quando Marco Polo estreou, a Netflix tinha apenas House of Cards, Hemlock Grove e Orange Is The New Black – que eram séries relativamente baratas, e que não foram planejadas para muitas temporadas. Já Marco Polo, ao menos no seu lançamento, tinha grandes ambições de continuar por muitas temporadas e contar as histórias de muitos personagens durante sua execução. Ironicamente, Orange Is The New Black se tornou essa série. Bem, duas temporadas depois, e Marco Polo se tornou o primeiro fracasso da Netflix em grande escala, custando à empresa uma cifra de US$ 200 milhões – algo que a Netflix está ansiosa para esquecer.

2- The Get Down

A série de TV mais cara já produzida pela Netflix não trouxe de volta os resultados esperados pela plataforma. Segundo relatos, a primeira temporada de The Get Down custou por volta de US$ 16 milhões por episódio, mas, infelizmente, o retorno foi baixíssimo. Assim, basicamente, não houve nenhum burburinho pelos assinantes. The Get Down foi criada por Baz Luhrmann, conhecido por seu estilo único de cinema e uma mistura de música e filmes de alta energia – como em The Great Gatsby, Moulin Rouge !, Romeo + Juliet e Austrália.

Embora tenha sido considerada uma série linda e importante, The Get Down falhou em capturar o tipo de atenção do público que justificaria o investimento considerável da Netflix para mais uma temporada. Para que a atração continuasse, ao menos, ela teria de captar atenção de premiações ou de um nicho específico de assinantes – o que não aconteceu.

3 – Girlboss

A Netflix tinha grandes ambições para Girlboss, uma série de TV baseada no livro autobiográfico de Sophia Amoruso #Girlboss. Poderia ter se tornado a Sex and the City da plataforma, ou até Girls, mas com um toque de “empreendedorismo”. Além disso, os atores já estavam até confirmados para uma segunda temporada, que continua a explorar o império da moda. Mas isso não aconteceu. Depois de apenas uma temporada bem morna, a atração não obteve grandes classificações e não foi bem recebida o suficiente para que a Netflix continuasse. De fato, a rede foi muito brutal em relação ao cancelamento de Girlboss e não forneceu muitas explicações em comparação com outras séries.

A Netflix definitivamente quis acabar com Girlboss, e seria útil para ela se você esquecesse que a série existiu.

4 – Bloodline

Embora Marco Polo tenha sido o primeiro grande fracasso de público da Netflix, foi surpreendente cancelamento que Bloodline recebeu em 2016. Definitivamente, neste momento, a Netflix deu o tom para seu público dos movimentos ousados que a empresa faria em 2017. Bloodline cumpriu seu dever durante seu primeiro ano: se tornou uma querida do Emmy que cumpria muitas promessas e destinava-se a conceder à Netflix vários prêmios importantes de televisão. Mas a partir da segunda temporada, tudo mudou e Bloodline se tornou um projeto apagado, ocupando espaço na linha de séries originais da Netflix. De fato, ela nunca foi uma série extremamente popular e, como perdeu elogios da crítica, não havia mais nada para fazer.

À medida que a Netflix se torna uma candidata ao Emmy com séries como The Crown e até Stranger Things, a empresa começou a fazer de tudo para que o público esquecesse que Bloodline tenha existido.

5 – The Killing

The Killing causou um grande alvoroço durante sua primeira temporada na AMC. Mas depois de não ter conseguido uma segunda temporada igualmente atraente, a série só avançou com uma terceira temporada porque a rede conseguiu negociar com a Netflix uma coprodução. Como a terceira temporada mais uma vez falhou em atender às expectativas, a Netflix assumiu as rédeas da quarta parcela – e que mais uma vez foi decepcionante. Depois de tantas tentativas que Netflix trouxe para The Killing funcionar, parece que a empresa finalmente desistiu e preferiu que os fãs da série pudessem esquecer esses esforços. Afinal, se você quisesse um grande drama policial para acompanhar, a Netflix agora já tinha Narcos.

6 – Hemlock Grove

Baseado no romance de Brian McGreevy, de mesmo nome, Hemlock Grove foi uma das primeiras tentativas da Netflix em produzir séries originais. E ela tinha todos os elementos que tornaram a série True Blood da HBO uma produção bem-sucedida: cidade pequena, elementos fantásticos, horror e suspense. Também pode ter sido o primeiro sucesso de TV da atriz Famke Janssen desde Nip/Tuck, acompanhando de seu sucesso na trilogia original dos X-Men e em Taken, de 2008.

Depois de três temporadas, no entanto, Hemlock Grove simplesmente não funcionou para a Netflix. A série não alcançou o grande público e nem se tornou necessariamente um sucesso cult. Além disso, foi nomeada para apenas um Emmy, mas por sua música tema. Em 2014, a plataforma de streaming renovou a atração para uma terceira e última temporada no ar em 2015, e sinceramente, o público não estava nem aí.

7 – Sense8

Ao estrear, Sense8 fez barulho. A série era dirigida pela dupla de roteiristas/diretoras de The Matrix – as Wachowskis – e incluía todos os personagens estrangeiros, minoritários e complexos que a Netflix estava tentando adicionar em suas tramas. Mas ao contrário de outras séries de ficção científica mais baratas e mais bem recebidas que chegaram à Netflix – como Stranger Things e The OA -, Sense8 pareceu perder sua importância rapidamente para a empresa. Aos poucos, acabou se tornando uma “série de nicho” muito cara para a plataforma produzir. Claro que o cancelamento acabou enfurecendo os fãs, mostrando que existiam sim pessoas que amavam a atração.

Eles tiveram que se contentar com um “filme” que encerrou a trama, mas a Netflix quer mesmo é esquecer que investiu muito dinheiro nesta série!

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8 – Anne With an E

Da lista, talvez, Anne With an E é um caso a parte. A série fez sucesso e tinha muita audiência na plataforma. E mesmo que não fosse reconhecida em grandes premiações, ela nunca foi uma produção cara para se manter. No entanto, ela acabou sendo cancelada após três temporadas, deixando muitas tramas em aberto. O motivo? A coprodutora canadense, CBC, reivindicou os direitos, alegando que a parceria não estava sendo lucrativa para o canal. Então, a Netflix até tentou comprar o título para produzir sozinha uma quarta temporada, mas até o momento não surtiu efeito.

Com milhares de fãs todos os dias pedindo a renovação, e sem ter muito o que fazer – afinal, a CBC não vai liberar os direitos da atração – cabe a Netflix torcer para que os fãs parem de pedir uma nova temporada e esqueçam dessa série. Embora, a recente marca de 1 milhão de assinaturas pedindo a renovação prove que os fãs não irão largar o osso tão cedo!

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Anderson Narciso

Editor-chefe

Criador do Mix de Séries, atua hoje como redator e editor chefe do portal que está no ar desde 2014. Autor na internet desde 2011, passou pelos portais Tele Séries e Box de Séries, antes de criar o Mix. Formado em História pela UFJF e Mestre em História da Saúde pela Fiocruz/RJ, Anderson Narciso se aventurou no mundo da criação de conteúdo para Internet há 15 anos, onde passou a estudar sobre Google, SEO e outras técnicas de produção para web. É também certificado em Gestão Completa de Redes Sociais pela E-Dialog Comunicação Digital, além de estudar a prática de Growth Hack desde 2018, em que é certificado. Com o crescimento do site, e sua parceria com o portal UOL, passou a atuar na cobertura jornalística, realizando entrevistas nacionais e internacionais, cobertura de eventos para as redes sociais do Mix de Séries, entre outros. Atua como repórter no Rio de Janeiro e São Paulo, e pelo Mix já cobriu eventos como CCXP, Rock in Rio, além de ser convidados para coberturas e entrevistas presenciais nos Estúdios Globo, Netflix, Prime Vídeo, entre outros. No Mix de Séries, com experiência de dez anos, se especializou no nicho de séries e filmes. Hoje, como editor chefe, é o responsável por eleger as pautas diárias do portal, escolhendo os temas mais relevantes que ganham destaque tanto nas notícias quanto nas matérias especiais e críticas. Também atua como mediador entre a equipe, que está espalhada por todo o Brasil. Atuante no portal Mix de Séries diariamente, também atende trabalhos solicitados envolvendo crescimento de redes sociais, produção de textos para internet e web writing voltado para todos os nichos.

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