Família de Versace reclama de American Crime Story e chama a série de “mentirosa”
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Com a estreia da segunda temporada de American Crime Story em poucos dias, a família Versace aproveitou a oportunidade para denunciar a minissérie e classifica-la como mentirosa e “de ficção”.
Ryan Murphy, um dos co-criadores, entretanto, respondeu. As informações são da Entertainment Weekly.
“A família Versace disse que é um trabalho de ficção – não é um trabalho de ficção,” disse Murphy à revista. [The People vs. O.J. Simpson: American Crime Story] foi baseado num livro de não-ficção de Jeffrey Toobin. Versace foi baseado num livro de não-ficção de Maureen Orth que já foi discutido, discado e escrutinado de perto por 20 anos. Ela trabalhou para Vanity Fair. Maureen Orth é uma repórter impecável e eu confio no seu trabalho. Nossa série é baseada no trabalho dela, então, vendo assim, não é um trabalho de ficção, é um trabalho de não ficção obviamente com elementos de documentário e drama. Nós não estamos fazendo um documentário“.
A resposta é precedida por uma longa nota divulgada na última segunda-feira (08) em que a família Versace diz que – “Não autorizou ou teve qualquer envolvimento na série de TV sobre o Sr. Gianne Versace. Sabendo que nós não autorizamos o livro que se baseia, nem fez parte da composição do roteiro, essa produção para televisão só pode ser considerada um trabalho de ficção“.
O curioso é que parece existir uma desconexão dentro da própria família Versace acerca de como lidar com o lançamento de The Assassination of Gianni Versace. Ryan Muprhy afirmou que “no domingo, Donatella Versace muito graciosamente enviou para Penelope Cruz um amoroso e grande buquê de flores dizendo ‘boa sorte’ antes da Penelope ir até o Globo de Ouro para apresentar um dos prêmios. Em seguida, há o fato de que depois que eu ofereci a personagem para a Penelope, ela disse, ‘Ok, eu estou interessada, mas tenho amizade com a Donatella e eu não vou fazer alguma coisa que ela não se sente confortável’. Então eu liguei pra ela“.
Ele continua, “Eu deixei claro para Penelope e para Donatella que em nenhum sentindo eu compartilharia roteiros ou daria informações porque nós não fazemos isso. Nós não fizemos isso com People vs. O.J. e nós não repetimos com Feud. Eu nunca vou fazer alguma coisa que mostre a Donatella ou a família de uma maneira negativa. O que a minissérie faz, como fez com a Marcia Clark em O.J., mostra que Donatella é uma feminista de verdade como uma feminista verdadeira. Ela foi colocada numa das piores situações que uma pessoa deve passar. Ela não apenas que manter sua família junta, mas também o império de bilhões de dólares de pé“.
Essa não é a primeira vez que a minissérie é bombardeada por um dos membros da família. Assim que as primeiras cenas da segunda temporada de American Crime Story foram divulgadas, o então amante de Gianne Versace, Antonio D’Amico, contestou-as e diz que não foi consultado para nada. A disputa sobre a veracidade do conteúdo de uma série de televisão, não é a primeira vez para Ryan Murphy.
O produtor, assim como o canal a cabo FX, foi processado pela atriz Olivia de Hallivand pela maneira “derrogatória” na qual ela foi retratada em Feud: Bette and Joan.
Em setembro de 2017, um juiz negou uma moção do FX em arquivar o processo a partir do argumento do canal de que eles exerciam seu direito da Primeira Emenda da Constituição americana, que fala sobre liberdade de expressão. O processo está em análise e uma decisão deve ser anunciada no final deste mês em Los Angeles.