Crítica: no seu episódio 5×08, S.H.I.E.L.D. nos entrega um turbilhão de emoções
Review do oitavo episódio da quinta temporada de Marvel's Agents of S.H.I.E.L.D., da emissora ABC, intitulado "The Last Day".
Um episódio centrado em Robin, tendo a emoção como ponto de partida…
Robin. Se fosse necessário resumir “The Last Day”, oitavo episódio da quinta temporada de Marvel’s Agents of S.H.I.E.L.D. em um único personagem, com toda certeza seria Robin. E aqui começa a incontável série de elogios que poderia ser tecida a produção por aproveitar de maneira tão brilhante uma subtrama.
Quando seu pai e a garota foram inseridos, e mesmo quando ela e a mãe reapareceram agora, não podíamos imaginar que havia tanto planejando para ela. Afinal, embora sendo denominada “oráculo” por Enoch, eu particularmente não consegui realizar que a garota teria um papel tão importante. Nem mesmo com o plot twist do episódio passado.
Contudo, essa foi uma virada brilhante. Não só trazer – finalmente – fragmentos do que teriam sido os acontecimentos caso a linha do tempo não tivesse sido alterada, mas fazer de Robin, justamente dela, a responsável pela profecia, a ponte para contar esses acontecimentos. Não só pela escolha ousada de manter o tempo como algo fragmentado – nos dando uma perspectiva maior da linha do tempo alterada pelas ações dos protagonistas – mas por transformar o próprio tempo em algo relativo ao negar o tempo.
Afinal, ao extrair nossos personagens do passado para um futuro em que eles já haviam vivido e perdido, a própria noção de continuidade fluxo temporal é desfeita.
Ver Melinda May, dentre todas as pessoas possíveis, se tornar àquela que acredita, talvez tenha sido uma das maiores surpresas. Entender que ela continuou lutando e acreditando – ao mesmo tempo que entendemos que nossos protagonistas viveram e morreram para que os acontecimentos chegassem até ali – foi de uma beleza singular, mais ainda quando as transições passaram a ser mais rápidas e mais violentas.
Mesmo assim, muito aconteceu no episódio. Enquanto Kasius aterroriza os humanos no Farol, Daisy e Deke tiveram a oportunidade de, mais uma vez, comparar seus dilemas – numa tentativa de criar suficiente tensão entre os dois, ao ponto de uma parceria parecer viável e aceitável.
E embora a nostalgia dos nossos protagonistas tenha sido adorável, questões mais práticas logo foram trazidas ao centro da trama.
Descobrir que Voss não tinha motivações altruístas, mas sim um conjunto de noções… “práticas”, mas nada boas para nossos heróis foi uma virada esperada, mas surpreendente. E nos rendeu uma excelente cena dramática.
A morte de Robin foi uma incorporação para a ideia de “último dia” muito diferente da que eu imaginava. Não se tratava somente dos últimos dias de nossos heróis em seu ciclo de vida original. Se tratava do último dia dela. E perceber o quanto a vida dessa garotinha foi tão ou mais triste do que seu pai imaginava, somado as palavras que ela disse a May, foram o suficiente para partir nossos corações um pouco mais.
Agora que a curva dramática do arco já foi levada muito além daquilo que estávamos preparados – narrativa ou emocionalmente – e que Kasius já ordenou a seu bichinho de estimação uma caçada pelos nossos heróis, o tempo deles (e o do arco em si) parece estar contado.
Será que eles conseguirão encontrar Flint, o garoto cujos poderes parecem, convenientemente, o oposto dos de Daisy? Será que teremos uma grande morte nesse arco? Salvaremos o mundo? Essas e outras perguntas serão respondidas nos próximos episódios. See ya!