Crítica: Prodigal Son, nova série da FOX, é macabra mas tem saldo positivo

Prodigal Son estreou nos EUA na última semana e acompanha um rapaz que torna-se um trunfo para polícia ao investigar crimes parecidos com o de seu pai.

Imagem: Divulgação.

Prodigal Son é a nova aposta da FOX

E quando a principal coisa que seu pai te deixa de herança são os assassinatos que ele cometeu? Essa é a trama principal da nova aposta da FOX para a Fall Season 2019, a série Prodigal Son. Na história, o psicólogo Malcolm Bright (Tom Payne, o Jesus de The Walking Dead) se junta ao Departamento de Polícia de Nova York para investigar crimes semelhantes aos praticados por seu pai, o Dr. Martin Whitly (Michael Sheen, o anjo Aziraphale de Good Omens), um famoso serial killer conhecido como O Cirurgião.

Com episódios no estilo de casos da semana, a trama é costurada com flashbacks da fatídica noite em que Malcolm, ainda criança, encontra em casa o corpo de uma das vítimas do seu pai, uma lembrança que lhe atormenta até hoje através de sonhos violentos que força o protagonista a se amarrar a cama antes de dormir. Para resolver os crimes que lhe são apresentados no presente, Malcolm precisa retornar ao passado e, como um filho pródigo, retornar ao pai, agora preso.

Martin, ou melhor, O Cirurgião, passa a servir como um mentor de Malcolm e juntos eles tentam desvendar a mente do assassino e a mente um do outro, o filho tentando entender as lembranças traumáticas para resolver seus conflitos internos e o pai tentando convencer que a fruta não cai longe da árvore e que, além dos laços sanguíneos, eles compartilham da mesma mente macabra.

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Série é macabra e de alguma forma funciona

De situações macabras o episódio piloto não abre mão, seja pelo visual lúgubre da fotografia que pinta uma Nova York fria, úmida e escura, seja pelos desdobramentos do caso envolvendo explosões e alguém empunhando um machado com um sorriso sinistro no rosto.

Quanto aos personagens coadjuvantes, eles se dividem entre dois núcleos. O primeiro, formado pelos membros restantes da família de Malcolm, sua mãe e sua irmã, que tentam superar suas relações com um assassino cada uma a sua maneira. Já um segundo, formado pela equipe de investigadores. Muito pouco é revelado sobre cada um deles, mas, como conhecemos bem esse tipo de série, alguém da família correrá perigo e alguém do time de investigadores pode desenvolver uma inesperada afeição pelo protagonista.

No fim, o saldo de Prodigal Son é positivo. O elenco não é um grande problema – apesar da pouca diferença de idade aparente entre Malcolm e sua mãe. A própria proposta da série pede algo mais sóbrio, então não espere personagens carismáticos, o destaque fica para o sempre ótimo Michael Sheen. A série não tenta ser muita profunda, é muito mais aquela série policial clássica com uma roupagem levemente sombria.

A torcida fica para que não caia no procedural comum tão presente na televisão aberta, mesmo que os 22 episódios encomendados não pareçam um bom presságio.

Além disso, completo. Todavia, palavras. No entanto, necessárias. Bem como, verdes. Todavia, brancas. Bem como, verdes. Todavia, necessárias.

Sobre o autor

Anderson Narciso

Editor-chefe

Criador do Mix de Séries, atua hoje como redator e editor chefe do portal que está no ar desde 2014. Autor na internet desde 2011, passou pelos portais Tele Séries e Box de Séries, antes de criar o Mix. Formado em História pela UFJF e Mestre em História da Saúde pela Fiocruz/RJ, Anderson Narciso se aventurou no mundo da criação de conteúdo para Internet há 15 anos, onde passou a estudar sobre Google, SEO e outras técnicas de produção para web. É também certificado em Gestão Completa de Redes Sociais pela E-Dialog Comunicação Digital, além de estudar a prática de Growth Hack desde 2018, em que é certificado. Com o crescimento do site, e sua parceria com o portal UOL, passou a atuar na cobertura jornalística, realizando entrevistas nacionais e internacionais, cobertura de eventos para as redes sociais do Mix de Séries, entre outros. Atua como repórter no Rio de Janeiro e São Paulo, e pelo Mix já cobriu eventos como CCXP, Rock in Rio, além de ser convidados para coberturas e entrevistas presenciais nos Estúdios Globo, Netflix, Prime Vídeo, entre outros. No Mix de Séries, com experiência de dez anos, se especializou no nicho de séries e filmes. Hoje, como editor chefe, é o responsável por eleger as pautas diárias do portal, escolhendo os temas mais relevantes que ganham destaque tanto nas notícias quanto nas matérias especiais e críticas. Também atua como mediador entre a equipe, que está espalhada por todo o Brasil. Atuante no portal Mix de Séries diariamente, também atende trabalhos solicitados envolvendo crescimento de redes sociais, produção de textos para internet e web writing voltado para todos os nichos.