Crítica: Arrow une tramas do presente e futuro no 8×04 “Present Tense”
Review do quarto episódio da oitava e última temporada de Arrow, exibido pelo canal The CW nos EUA, intitulado "Present Tense"
O futuro em Arrow é agora!
A dinâmica nos roteiros de Arrow ao longo dessas oito temporadas sempre foram marcados por tramas que intercalam o presente com o passado ou futuro. Desde a sétima temporada quando os flashfowards foram introduzidos, pouco se imaginava até onde a história seguiria. Mas após o ótimo cliffhanger do episódio passado, os flashfowards chegaram ao fim e enfim foram “corrigidos”.
Team Arrow do futuro conhece o Team Arrow do presente
Após a grande virada que o team Arrow 2.0 sofreu sendo transportado para o presente em 2019, Arrow conseguiu aproveitar ao máximo seu extenso elenco e seus complicados dramas familiares. Todas as reações foram realistas e seguidas das melhores interações entre os personagens. Oliver e seus filhos William e Mia, Diggle e Connor, Rene e Diggle, Mia e Laurel, e até mesmo Dinah e Rene. A atuação de todos esteve no ponto, mas algumas ainda rasas (David Ramsey incluso), e trouxe um desenvolvimento real para certos personagens. Definitivamente esta foi a melhor sacada que os roteiristas poderiam ter dado para a trama futurista que já há algum tempo vinha patinando em uma trama fraca e sem muita expectativa. Reunir todos os principais personagens em um único cenário e com uma única missão realmente funcionou e tornou este um momento marcante em Arrow.
Não bastando a união de um grande elenco em um mesmo episódio, Arrow ainda conseguiu trazer de volta Curtis Holt para uma participação. E por mais que o personagem tenha sido jogado em meio aos dramas familiares, parecia como se ele nunca tivesse ido embora. Ou seja, seu retorno não fez tanta diferença assim. Sua interação com William foi de certa forma divertida, mas ainda está em aberto se sua presença será estendida até o series finale. O futuro dos outros personagens começou a ser estabelecido também, com planos futuros começando a surgir e ser colocados em prática, como a carreira de Rene na política e os planos de Laurel e Dinah para as Canários. Laurel, inclusive, terminou o episódio com uma proposta que parece ter papel importante durante a Crise.
Deathstroke está… quase de volta
“Present Tense” desapontou ao não trazer de volta Slade Wilson. O episódio desperdiçou os Exterminadores e seu novo líder, Grant Wilson, com cenas de ação limitadas e pouco cuidado à sua ameaça a Star City. O conflito ficou apressado devido ao conteúdo dramático do episódio e teria ganhado um peso diferente se tivéssemos visto, por exemplo, Manu Bennett de volta ao papel. Entretanto foi interessante vermos as ligações que o Monitor tem feito entre as linhas dos tempos e Terras alternativas ao vermos Grant agindo no presente.
O episódio pode ter sido imperfeito devido a alguns pontos, mas acertou na escrita e atuação, muito por conta de Stephen Amell, Katherine McNamara e Ben Lewis. A união entre pai e filhos impulsionou o episódio com revelações comoventes. Seus maneirismos e expressões se encaixaram perfeitamente aquilo que o roteiro exigia. Cada episódio tem surpreendido de uma maneira diferente. Esta oitava temporada foi muito bem preparada para se tornar uma das melhores de Arrow e fazer uma grande despedida para a série.
CURIOSIDADES:
– Jamie Andrew Cutler reprisou seu papel de Grant Wilson da primeira temporada de Legends of Tomorrow, episódio 1×06, “Star City 2046”.