Crítica: “Love in the Time of Corona” mostra que o amor não pode ficar de quarentena

Critica da "Primeira temporada" de "Love in the Time of Corona"

Imagem: Freeform/Divulgação

Love in the Time of Corona segue a vida de pessoas que estão procurando amor, sexo e conexão durante a pandemia, enquanto praticam o distanciamento social 

Love in the Time of Corona é uma série limitada de apenas 4 episódios de um pouco mais de 24 minutos cada, criada por Joanna Johnson, (a mesma de The Fosters e Good Trouble), e que estreou na Freeform no dia 22 de agosto desse inesquecível 2020. Igualmente, por motivos de segurança, a série foi toda gravada virtualmente, usando tecnologia remota entre Maio e Junho  desse mesmo ano, na própria casa dos atores na vida real. 

O título é baseado no romance Love in the Time of Cholera e é uma história fácil de “maratonar”, com situações que muitos viveram (e ainda vivem), durante esse ano com a pandemia do COVID-19. Assim, para quem ainda está de quarentena e, assim como eu, aguarda os novos episódios de suas séries favoritas retornarem, Love in the Time of Corona é uma série leve, para assistir com toda a família, feita para passar o tempo e distrair a cabeça nesses momentos difíceis. 

Divórcios durante a quarentena 

Como informado em recentes pesquisas já divulgadas, o número de divórcio aumentaram durante a quarentena. Muitos casamentos não sobreviveram a convivência 24 horas com a sua, até então, cara metade. Assim como na vida real, a série traz esse tema com os casais Leslie Odom Jr. e Nicolette Robinson, assim como Gil Bellows e Rya Kihlstedt. 

Odom Jr. e Robinson, que são um casal na vida real, interpretam James e Sade, que vivem suas vidas um pouco separadas. Ele tem uma carreira ocupada que o mantém na estrada e ela fica em casa criando a filha. Uma vez que a pandemia os coloca sob o mesmo teto, seu tempo juntos os leva a reavaliar seu relacionamento bem como suas prioridades. O casal também serve como produtores executivos do projeto.

Imagem: Freeform/Divulgação

A festa do Coronavírus

Gil Bellows interpreta Paul, enquanto sua esposa da vida real Rya Kihlstedt interpreta Sarah, assim como sua filha Ava Bellows que da vida a filha do casal na serie, Sophie. Depois de se separarem meses antes, sem que Sophie desconfie de nada, Paul e Sarah relutantemente decidem passar a quarentena juntos. É então, quando sua única e intensa filha decide passar também a quarentena com eles, já que as aulas da faculdade foram suspensas. Mas quando o namorado de Sophie termina com ela, (por mensagem de texto), Paul e Sarah lutam para continuar a manter as aparências e o clima de “casal feliz” pelo bem da filha.

Sophie vai a uma “festa do coronavírus” escondida de seus pais, depois de ser convencida por uma amiga com aquelas frases prontas do tipo, “usaremos máscaras”, “somos jovens, e esse vírus só é perigoso para os idosos”. Ou aquela clássica, “é só uma gripezinha”. Sophia acaba indo e, alguns dias depois, assim que sua mãe começa a não se sentir bem, ela se sente culpada pela possibilidade de ter a contaminado. Felizmente, a mãe não contrai o vírus, mas pelo outro lado, o mundo de Sophia desaba quando ela descobre a verdade sobre seus pais. 

Amor platônico entre amigos 

Amigos na vida real, os atores Tommy Dorfman e Rainey Qualley claramente ficam bem confortáveis  um com o outro em cena, já que seus personagens, Oscar, um estilista não binário de sucesso e Elle, uma aspirante a cantora e compositora, acabam confundindo o amor de amigos entre eles, para algo mais. Tudo isso, devido à incerteza da pandemia, somada a convivência. Portanto, a amizade de Oscar e Elle fica cada vez mais complicada, à medida que a última tentativa de encontro online de Oscar progride em direção ao território de relacionamento sério, ao mesmo tempo que sua melhor amiga revela que está apaixonada por ele.

Mesmo com medo dessa confusão acabar com a forte amizade entre eles, Oscar e Elle terminam na cama. No entanto, eles percebem o erro a tempo de não estragar a amizade, e ela acaba descobrindo que pode avançar para algo mais serio com o seu novo vizinho, enquanto Oscar recebe uma linda declaração de amor de seu novo namorado, até então, totalmente virtual. 

Imagem: Freeform/Divulgação

Celebrar o amor separados por um vidro de proteção  

O momento mais emocionante, já em sua series finale, é com L. Scott Caldwell. Ela dá vida a Nanda, uma mulher teimosa e determinada a celebrar seu 50° aniversário de casamento com seu marido, Charles. Este, por sua vez, está em uma casa de reabilitação, e que não pode voltar para casa devido a quarentena. O mais impressionante é Caldwell, que passa muitas de suas cenas conversando com uma tela de computador. E, ainda assim, passa a emoção de um verdadeiro amor vivido nesses quase 50 anos. 

Como também aconteceu na vidar real, em alguns vídeos que viralizaram pelo mundo, Nanda vai visitar seu marido na reabilitação. É então que eles declaram seu amor um pro outro, com uma janela de vidro entre eles. Ao mesmo tempo, seus filhos prepararam uma celebração, bem adaptada para o “novo normal” na qual estamos vivendo, com uma linda e emocionante carreata com os amigos e familiares, em frente a reabilitação, para celebrar com eles o cinquentenário do casal. 

Amor não pode ficar em quarentena 

A declaração de amor que Sean, o namorado virtual de Oscar envia para ele, é uma feita com ajuda de um avião monomotor, carregando a frase: “O amor não pode ficar em quarentena”, que acaba fazendo parte das comemorações de cinquenta anos de Nanda e Charlie, e encerra a série de uma forma positiva, demonstrando que apesar de tudo o que o mundo está passando, o amor ainda é o melhor remédio. 

A serie está disponível pela plataforma americana de streaming Hulu ou pelo site da Freeform, mas ainda não tem previsão de estreia no Brasil. 

Segue abaixo o trailer oficial da série:

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Sobre o autor
Paulo Mateus

Paulo Mateus

Carioca que mora nos EUA desde 2014. Redator no Mix de Séries desde 2018, fã de Friends e The Good Fight, e acompanho Grey's Anatomy desde sua estréia.

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