Oscar 2021: nossas apostas e favoritos para a premiação

Nos reunimos para discutir quem deve vencer o Oscar 2021. Confira nossas apostas nas principais categorias do prêmio e conte seus favoritos.

Oscar

Indicados ao Oscar 2021: quem vencerá?

Nossos colaboradores Marcelo e Matheus se reuniram para discutir os favoritos aos prêmios do Oscar 2021. Neste especial, apontamos quem deve vencer e quem deveria vencer o maior prêmio do Cinema.

Em um ano com diversos títulos memoráveis, existem muitos favoritos – e poucas certezas. No entanto, arriscamos com nossos palpites e, dessa forma, realizamos nossas apostas.

Logo abaixo, seguem nossos favoritos para o Oscar 2021.

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Melhor Filme

Marcelo:

Quem vence: Nomadland 

Deveria vencer: Judas e o Messias Negro

Aqui é pura questão de gosto e preferência. Isso porque ambos os filmes são incríveis e considerando que Nomadland levou muita coisa nessa temporada e Judas pulou o circuito da crítica, acredito que o filme de Chloé Zhao sairá vencedor. Mas por todo impacto que me causou e a importância do filme atualmente, minha torcida fica com Judas e o Messias Negro. 

 

Matheus:

Quem vence: Nomadland

Deveria vencer: Destacamento Blood, que sequer foi indicado.

Nomadland é excelente, mas não é o melhor filme do ano. Este posto poderia ser de Destacamento Blood, caso a Academia tivesse o mínimo de juízo. Na circunstância, portanto, Nomadland é o franco favorito. Vencedor de todos os prêmios da crítica e dos sindicatos, o longa de Chloe Zhao dificilmente sairá derrotada da edição deste ano.

 

Direção

Marcelo:

Quem Vence: Chloé Zhao

Deveria Vencer: Chloé Zhao

Acredito que uma das barbadas da temporada é a Zhao levar por melhor direção. E não tinha como ser diferente, ela que comanda muitas frentes de Nomadland, tem uma direção assombrosa aqui. Sensível, bonita bem como extremamente dinâmica. Zhao sabe qual é e consegue contar a história que quer através das suas lentes. Curiosamente, Nomadland não é meu filme preferido dela, ainda fico com: Domando o Destino, mas a sua vitória aqui não é nada menos que merecida. 

 

Matheus:

Quem vence: Chloé Zhao

Deveria vencer: Chloé Zhao

Com ecos de Malick, Zhao tem o trabalho de direção mais completo do ano. É o único dentre os indicados que consegue unir com maestria a direção técnica com a de atores. Os resultados são irretocáveis e a cineasta deve se tornar a segunda mulher vencedora da categoria.

 

Melhor Ator

 

Marcelo:

Quem vence: Chadwick Boseman 

Deveria vencer: Anthony Hopkins 

O que Hopkins faz em ‘Meu Pai’ é assombroso. Falta palavras para descrever a sua performance e nem sei se deveríamos tentar descrever. O que devemos fazer mesmo é apreciar o que ele faz aqui e é algo muito bonito de se ver em tela. Na mão de qualquer outro ator de menor calibre poderia não ter dado certo. Contudo, Hopkins, como sempre, sabe o que está fazendo. No entanto, sei de toda a emoção que permeia o último trabalho de Boseman, mas isso é suficiente para a sua performance merecer levar esse Oscar? Eu não acho. 

 

Matheus:

Quem vence: Anthony Hopkins

Deveria vencer: Anthony Hopkins (ou Delroy Lindo, num mundo perfeito)

Sem Delroy Lindo na corrida, Hopkins é o verdadeiro merecedor deste prêmio. Boseman fez um ótimo trabalho em A Voz Suprema do Blues, mas não é nem o melhor dentre os cinco concorrentes. Caso vença, será mais pelo legado do que pela atuação. Boseman venceu o SAG, o Critics Choice, mas perdeu o Bafta, o que é sinal de alerta para quem aposta no ator.

 

Melhor Atriz

Marcelo:

Quem vence: Viola Davis

Deveria vencer: Viola Davis

Uma das categorias mais difíceis e imprevisíveis da temporada. Sei que muita gente torce por uma vitória da Carey Mulligan, mas realmente acredito que a Viola Davis leva, merecidamente, esse prêmio. Diferente da Mulligan e da McDormand, Viola está num filme em que a direção e o roteiro não a ajudam, pelo contrário. E ainda assim, ela entrega uma performance não menos que incrível. Sua atuação é de um magnetismo surreal e ela nada menos que lendária.

 

Matheus:

Quem vence: Viola Davis

Deveria vencer: Vanessa Kirby

Pieces of a Woman é um ótimo filme que merecia mais atenção do que recebeu. A performance de Kirby é a mais desafiadora e equilibrada das indicadas. Davis é mais coadjuvante do que protagonista, ao passo que Frances McDormand já venceu duas vezes. Carey Mulligan, por sua vez, acabou vencendo menos prêmios do que o esperado, o que pode prejudicá-la na busca pelo Oscar.


Ator Coadjuvante

 

Marcelo:

Quem vence: Daniel Kaluuya 

Deveria vencer: Daniel Kaluuya 

Outra barbada da noite. Por mim, Kaluuya já tinha ganhado seu primeiro Oscar em 2018 por ‘Corra’, mas… a academia terá a chance de se redimir com ele aqui. A substância da sua atuação em Judas é maravilhosa. O personagem por si só já é muito forte e a capacidade de Kaluuya potencializa muito isso. Será mais que merecido.

 

Matheus:

Quem vence: Daniel Kaluuya

Deveria vencer: Daniel Kaluuya

A maior barbada da noite é também uma das mais merecidas. Kaluuya é o tipo de coadjuvante que é protagonista e sua performance em Judas e o Messias Negro é impecável.


Atriz Coadjuvante

 

Marcelo:
Quem vence: Youn Yuh-jung 

Deveria vencer: Youn Yuh-jung 

Vai ser lindo ver o coroamento da performance de Youn Yuh-jung por seu trabalho belíssimo em Minari. É impossível não gostar da sua personagem no filme, por conta da atuação maravilhosa da atriz. Ela é de um carisma ímpar e que nunca deixa a sua personagem cair no comum. Pelo contrário, é uma das forças do filme. 

 

Matheus

Quem vence: Youn Yuh-jung 

Deveria vencer: Youn Yuh-jung 

Uma das melhores coisas de Minari deve sair de mãos cheias. Yuh-jung não parecia a favorita no início da corrida, mas acabou conquistando todo e todos.

 

Roteiro Adaptado

Marcelo:

Quem vence: Chloé Zhao, por Nomadland 

Deveria vencer: Ramin Bahrami, por O Tigre Branco

Acredito que Zhao leve aqui, mas o trabalho de Bahrami em O Tigre Branco (que eu fiquei muito feliz que foi lembrado pela academia, de tão bom que é o filme), merecia esse reconhecimento. 

 

Matheus:

Quem vence: Chloé Zhao, por Nomadland 

Deveria vencer: Chloé Zhao, por Nomadland 

Tudo depende da força de Meu Pai na corrida. O filme com Anthony Hopkins tomou um importante fôlego nas últimas semanas, principalmente com as vitórias no BAFTA. Além disso, foi um filme que chegou na corrida um pouco tarde, ou seja: sua força começou bem a tempo de uma surpresa no Oscar. Ainda assim, Nomadland é o favorito.

 

Roteiro Original:

 

Marcelo:

Quem vence: Aaron Sorkin, por Os 7 de Chicago

Deveria vencer: Darius Marder e Abraham Marder, por O Som do Silêncio

O trabalho de roteiro de O Som do Silêncio, assim como todo é filme, é esplendoroso. Como não acredito em muitas vitórias para o filme, acredito que ele merece levar essa estatueta. Mas… acho complicado a academia não dar essa vitória ao Sorkin. Outra opção de vitória é a Emerald Fennell, por Bela Vingança em uma das muitas indicações equivocadas do filme.  

 

Matheus:

Quem vence: Emerald Fennell, por Bela Vingança

Deveria vencer: Emerald Fennell, por Bela Vingança

Caso Os 7 de Chicago vença em Melhor Edição, é possível que leve aqui também. O filme de Sorkin, porém, tem tudo para sair de mãos vazias. Neste sentido, Bela Vingança pode se dar bem por dois motivos: é o título mais original da categoria e pode levar o Oscar de Atriz, o que endossaria ainda mais a estatueta de roteiro.

 

Animação

Marcelo:

Quem vence: Soul

Deveria vencer: Soul. 

É isso, não tem muito o que dizer. Soul vai levar, merecidamente, o prêmio. Ponto. 

 

Matheus:

Quem vence: Soul

Deveria vencer: Soul. 

Leiam o que o Marcelo escreveu.

 

Trilha Sonora

 

Marcelo:

Quem vence: Trent ReznorAtticus Ross, e Jon Batiste, por Soul

Deveria vencer: Trent ReznorAtticus Ross, e Jon Batiste, por Soul

Outra barbada da noite, se não levar será muita surpresa. O trabalho sonoro de Soul é incrível e parte essencial do filme e de toda a emoção que sentido ao assisti-lo. Dessa forma, merece o prêmio. 

 

Matheus:

Quem vence: Trent ReznorAtticus Ross, e Jon Batiste, por Soul

Deveria vencer: James Newton Howard, por Relatos do Mundo

As animações da Pixar têm bom histórico na categoria de Trilha Sonora. A melhor trilha do Oscar, contudo, é a de Relatos do Mundo, um dos filmes mais subestimados e bem feitos do ano.

 

Fotografia:

 

Marcelo:

Quem vence: Joshua James Richards, por Nomadland 

Deveria vencer: Dariusz Wolski, por Relatos do Mundo

Estava tão indeciso nessa categoria, que reassisti aos dois filmes para poder me decidir. E a fotografia de Nomadland, é linda… Mas a de Relatos do Mundo é algo tão incrível, tão bem construído, que me deixa triste imaginar que ela não vai ganhar. Logo, merecia demais.

 

Matheus

Quem vence: Joshua James Richards, por Nomadland 

Deveria vencer: Dariusz Wolski, por Relatos do Mundo

Estamos totalmente de acordo, Marcelo. A fotografia de Relatos do Mundo é sublime. É a união do estilo documental de Paul Greengrass com a escala épica de Wolski, conhecido pela fotografia de Piratas do Caribe e Prometheus.

 

Maquiagem e Cabelo

Marcelo:

Quem vence: Sergio Lopez-Rivera, Mia Neal e Jamika Wilson, por A Voz Suprema do Blues

Deveria vencer: Sergio Lopez-Rivera, Mia Neal e Jamika Wilson, por A Voz Suprema do Blues

Acho que é mais uma categoria certa e merecida, embora Era Uma Vez Um Sonho também tenha um trabalho, principalmente de maquiagem, muito bacana. Bom ficar de olho em Pinocchio, porque pode surpreender. 

 

Matheus:

Quem vence: Sergio Lopez-Rivera, Mia Neal e Jamika Wilson, por A Voz Suprema do Blues

Deveria vencer: Sergio Lopez-Rivera, Mia Neal e Jamika Wilson, por A Voz Suprema do Blues

O fato da Maquiagem de Voz Suprema ser pouco perceptível é o que pode garantir o prêmio. Era uma vez um sonho é um filme muito medíocre para levar qualquer Oscar que seja.

 

Figurino

 

Marcelo:

Quem vence: Ann Roth, por A Voz Suprema do Blues

Deveria vencer: Ann Roth, por A Voz Suprema do Blues

Um belo e devido reconhecimento para Ann. 

 

Matheus:

Quem vence: Ann Roth, por A Voz Suprema do Blues

Deveria vencer: Ann Roth, por A Voz Suprema do Blues

É o único Oscar que Voz Suprema realmente merece.

 

Melhor Som

 

Marcelo:

Quem vence:  Nicolas BarkerJaime Baksht, Michelle Couttolenc, Carlos Cortes e Philip Bladh, por O Som do Silêncio

Deveria vencer: Nicolas Barker, Jaime Baksht, Michelle Couttolenc, Carlos Cortes e Philip Bladh, por O Som do Silêncio

Não há o que dizer. O filme é basicamente construído em cima disso. E, além disso, o trabalho entregue aqui é incrível. Soul pode surpreender, mas seria injusto. 

 

Matheus:

Quem vence:  Nicolas BarkerJaime Baksht, Michelle Couttolenc, Carlos Cortes e Philip Bladh, por O Som do Silêncio

Deveria vencer: Nicolas Barker, Jaime Baksht, Michelle Couttolenc, Carlos Cortes e Philip Bladh, por O Som do Silêncio

 

O som de O Som do Silêncio conta uma história em si. Não é só uma edição e uma mixagem caprichada, é o som à serviço da narrativa, das atuações e demais elementos fílmicos. É trabalho sutil bem como preciso.

 

Edição

Marcelo:

Quem vence: Chloé Zhao, por Nomadland

Deveria vencer: Yorgos Lamprinos, por Meu pai 

Mais um prêmio que deve ficar com a Zhao e mais um prêmio que eu daria para Meu Pai. 

 

Matheus:

Quem vence: Mikkel E.G. Nielsen, por O Som do Silêncio

Deveria vencer: Yorgos Lamprinos, por Meu pai 

A edição de Meu Pai, aliada à Direção de Arte, ajudam a contar a difícil história de um homem que perde suas faculdades mentais. É mérito da edição que o público se sinta inserido e confuso dentro dos labirintos do esquecimento de Meu Pai. Quem vence, entretanto, deve ser O Som do Silêncio ou Os 7 de Chicago.

 

Efeitos Visuais

 

Marcelo:

Quem vence: Andrew Jackson, David Lee, Andrew Lockley e Scott Fisher, por Tenet

Deveria vencer: Matthew Kasmir, Christopher Lawrence, Max Solomon e David Watkins, por O Céu da Meia Noite

Sou apaixonado pelo visual do filme do Clooney e os efeitos é grande parte disso. Dessa forma, acho uma pena eles perderem esse prêmio. 

 

Matheus:

Quem vence: Andrew Jackson, David Lee, Andrew Lockley e Scott Fisher, por Tenet

Deveria vencer: Andrew Jackson, David Lee, Andrew Lockley e Scott Fisher, por Tenet

Os filmes de Nolan costumam se sair muito bem nesta categoria, principalmente por aliarem com maestria os efeitos práticos aos críveis efeitos computadorizados. A mescla funciona em Tenet e, portanto, deve garantir o único Oscar da fita.

 

Direção de Arte

 

Marcelo:

Quem vence: Donald Graham Burt e Jan Pascale, por Mank

Deveria vencer: Donald Graham Burt e Jan Pascale, por Mank

Acredito que essa categoria vai fazer com que Mank não seja o “O Irlandês” dessa vez. Em suma, merece o prêmio. 

 

Matheus:

Quem vence: Donald Graham Burt e Jan Pascale, por Mank

Deveria vencer: Peter Francis e Cathy Featherstone, por Meu Pai

Como comentei na categoria de Edição, a Direção de Arte de Meu Pai ajuda a contar uma história. É ela a responsável por transformar o apartamento de Anthony em uma espécie de materialização de sua mente e eventuais problemas. A recriação de Mank, entretanto, deve levar a melhor.

 

Documentário: 

 

Marcelo:

Quem vence: Collective 

Deveria vencer: My Octopus Teacher 

Não estou certo de quem vence, mas o belíssimo documentário da Netflix deveria levar essa!

 

Matheus:

Quem vence: My Octopus Teacher

Deveria vencer: Agente Duplo

My Octopus Teacher é o pior dentre os indicados, mas é a cara do Oscar. O melhor aqui é Agente Duplo, um lindo doc sobre um idoso que se infiltra num asilo como detetive particular.

 

Filme Internacional

 

Marcelo:

Quem vence: Druk – Mais Uma Rodada

Deveria vencer: O Homem Que Vendeu a Sua Pele

Adoro Druk, mas o filme da Tunísia me marcou muito. Deveria levar. 

 

Matheus: 

Quem vence: Druk – Mais uma Rodada

Deveria vencer: Druk – Mais uma Rodada

Druk é um dos melhores filmes desta edição e sua vitória é quase garantida principalmente com a indicação de Thomas Vinterberg em Melhor Direção.

E você, aposta em que para vencer o Oscar deste ano? Deixe nos comentários e, igualmente, continue acompanhando as novidades do Mix de Séries.

Sobre o autor

Matheus Pereira

Coordenação editorial

Matheus Pereira é Jornalista e mora em Pelotas, no Rio Grande do Sul. Depois de quase seguir carreira na Arquitetura, enveredou para o campo da Comunicação, pelo qual sempre nutriu grande paixão. Escritor assíduo na época dos blogs, Matheus desenvolveu seus textos e conhecimentos em Cinema e TV numa experiência que já soma quase 15 anos. Destes, quase dez são dedicados ao Mix de Séries. No Mix, onde é redator desde 2014, já escreveu inúmeras resenhas, notícias, criou e desenvolveu colunas e aperfeiçoou seus conhecimentos televisivos. Sempre versando pelo senso crítico e pela riqueza da informação, já cobriu eventos, acompanha premiações, as notícias mais quentes e joga luz em nomes e produções que muitas vezes estão fora dos grandes holofotes. Além disso, trabalha há mais de dez anos no campo da comunicação e marketing educacional, sendo assessor de imprensa e publicidade em grandes escolas e instituições de ensino. Assim, se divide entre dois pilares que representam a sua carreira: de um lado, a educação; de outro, as séries de TV e o Cinema.