Oscar 2021: rankeamos todos os filmes, do melhor ao pior

Assistimos a todos os filmes do Oscar 2021 e chegamos a um veredito. Confira o que achamos dos 56 filmes da lista e descubra o melhor deles.

Assistimos a todos os filmes indicados ao Oscar 2021. Tem muita coisa boa, algumas ruins e outras que sequer entendemos. Como sempre, é uma lista eclética, mas surpreendente. Desta forma, destacamos a qualidade dos curtas-metragens de ficção e a ousadia da Academia em indicar alguns títulos.

Muitos podem ser encontrados em canais de streaming e/ou aluguel digital. Assim, confira abaixo nossa lista completa dos indicados ao Oscar 2021, do melhor ao pior.

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1 – Destacamento Blood

Destacamento Blood talvez tenha estreado muito cedo, distante do período de votações do Oscar. É possível que a Netflix não tenha investido o suficiente ou que os votantes não tenham se agradado do épico de guerra de Spike Lee. O fato é que Destacamento Blood é um dos melhores títulos da excelente filmografia de Lee. Seria o filme perfeito para reconhecer toda a trajetória de um dos diretores mais importantes do Cinema contemporâneo. Injustamente ignorado na maioria das categorias, Da 5 Bloods é um filme maior que o Oscar.

2 – Nomadland

O grande favorito ao Oscar 2021 é um dos retratos mais contundentes na nossa era. Estes anos de crises econômicas, distâncias aumentadas e diminuídas pela tecnologia, poucas vezes foram tão bem retratados. No longa de Chloe Zhao há muito mais para ser sentido e discutido além da aventura nômade de uma solitária mulher. No Oscar, deve garantir os prêmios de Melhor Filme, Direção, Roteiro Adaptado e Fotografia.

3 – Minari

A doçura de Minari está na delicadeza com que retrata o amor inquestionável que corre nos laços familiares. Assim como Nomadland, Minari é um belo retrato de um tempo e de uma sociedade que evoluiu em altos e baixos. A América, afinal, é feita de imigrantes, estrangeiros que suaram e sangraram no solo do Novo Mundo. Na grande noite da Academia, é provável que leve a estatueta de Melhor Atriz Coadjuvante.

4 – Relatos do Mundo

Em outros tempos e no formato tradicional dos Cinemas, é bem provável que Relatos do Mundo se destacaria ainda mais no Oscar. Com Paul Greengrass no comando e Tom Hanks na linha de frente, o faroeste da Netflix é um acerto do início ao fim e em todos os quesitos técnicos. Não à toa, o longa concorre em quatro categorias. Merecia – e muito – levar pelo menos duas estatuetas: Fotografia e Trilha Sonora. Deve, infelizmente, sair de mãos vazias.

5 – Druk – Mais uma Rodada

Druk é o Filme Estrangeiro que se infiltrou nas categorias principais. Todo ano tem um, e em 2021 o longa de Thomas Vinterberg se destacou. Poderia ter aparecido ainda mais. Trata-se de um dos drama mais bem humorados, bem escritos, dirigidos e atuados do ano. Favorito na categoria de Filme Internacional, Mais uma Rodada merecia figuras em Roteiro Original e Ator. Madds Mikkelsen está, afinal, irretocável.

6 – Meu Pai

Um dos filmes mais interessantes e bem elaborados da temporada é justamente uma obra de câmara, focada em poucos personagens e isolada em um só ambiente. O longa de Florian Zeller brilha nas mãos de Anthony Hopkins e Olivia Colman. O roteiro, afiadíssimo, encontra respaldo não só nas atuações, mas na edição certeira e na direção de arte surpreendente. Zeller, além de dominar a direção de atores, ainda é eficiente ao recriar a confusão mental do protagonista. Um dos grandes filmes do Oscar 2021. Merece levar o prêmio de Melhor Ator e pode surpreender em Roteiro Adaptado.

7 – Agente Duplo

Assim como no ano passado, com Honeyland, desta vez temos um documentário tão bom e com história tão inventiva que parece ficção. Agente Duplo acompanha um senhor que é contratado por uma agência de investigação particular. Sua missão é se infiltrar num asilo e investigar possíveis maus tratos a uma velhinha. Parece coisa de Hollywood, mas é um belo doc chileno. Numa mistura de drama, comédia e mistério, vemos o simpático idoso perseguindo colegas, filmando escondido, escrevendo diários de bordo e interrogando possíveis suspeitos e testemunhas. É o melhor documentário da edição e superior à maioria das produções ficcionais.

8 – Bela Vingança

O longa de Emerald Fennell é outro que capta com exatidão a vibração dos dias atuais. É um filme que não teria muito espaço em anos anteriores e provavelmente não chegaria ao Oscar. Feito no tempo certo – e do jeito certo -, Bela Vingança chega com boas possibilidades de vitória em algumas categorias. Tem grandes chances em Melhor Atriz e Roteiro Original.

9 – White Eye

O melhor curta-metragem de ficção é melhor que muitos dos longas que concorrem em categorias de destaque. O curta, inteiramente rodado em um impecável plano sem cortes, acompanha um jovem que encontra sua bicicleta recém roubada presa em um poste. Buscando recuperar o objeto, o rapaz busca ajuda e responsáveis, numa noite que termina muito pior do que começa. Tecnicamente irretocável, com ótimas atuações e notavelmente relevante, White Eye é um dos melhores e mais importantes deste ano.

10 – Pieces of a Woman

A atuação de Vanessa Kirby deveria vencer o Oscar e o filme, lançado pela Netflix, merecia mais espaço. Com ótima direção e roteiro redondinho, Pieces of a Woman tem força e relevância. Acabou ficando abaixo do esperado nas premiações e deve sair de mãos vazias. Você pode ler nossa crítica completa aqui.

11 – Quo Vadis, Aida

Sem Druk na corrida, Quo Vadis seria o franco favorito na categoria de Filme Estrangeiro. Bem filmado e impactante, o longa escancara um genocídio pouco discutido na imprensa e nos livros de história. Dá voz a quem não pôde ser ouvido por anos.

12 – Dois Estranhos

Favorito ao Oscar de Curta-metragem de Ficção, Dois Estranhos entrou recentemente na Netflix. Aqui, o roteiro bebe na fonte de Feitiço do Tempo Palm Springs e insere um forte comentário social. Bem dirigido, o curta tem cara de longa-metragem, com todo o pedigree dos grandes títulos. É uma obra que toca fundo em um dos maiores problemas dos Estados Unidos – e do mundo: a polícia que mata os cidadãos negros sem motivo algum. Dia após dia, sem parar. Deve vencer o Oscar por dois motivos claros: é excelente e extremamente atual.

13 – Tenet

O bockbuster de Christopher Nolan é bem melhor do que dizem. Como é de se esperar do cineasta, Tenet é uma ação bem filmada e com forte mitologia. Não é o melhor dos filmes do diretor, mas faz um ótimo trabalho ao entreter e manter a atenção sempre em alerta. Na edição deste ano, deve levar a estatueta de Melhores Efeitos Visuais.

14 – Judas e o Messias Negro

Representando os grandes estúdios, Judas e o Messias Negro é a potente estreia de Shaka King. Favorito ao Oscar de Ator Coadjuvante, ainda conquistou indicações a Melhor Filme, Roteiro e Fotografia.

15 – O Som do Silêncio

Outro filme de estreia, O Som do Silêncio pode ser o indie que leva mais Oscar que o previsto. Assim como Whiplash, que também trazia um baterista no centro da história, o longa com Riz Ahmed deve levar Edição e Som. Este, aliás, é um dos aspectos mais ricos da fita. O som é vital para o funcionamento e lógica do filme, ajudando a contar a história de forma sutil e precisa.

16 – Borat: Fita de Cinema Seguinte

Se Nomadland representa as duas últimas décadas, Borat 2 é a síntese de 2020/21. Juntando tudo o que há de absurdo na sociedade atual, Sacha Baron Cohen faz uma das sátiras mais contundentes em um dos períodos mais conturbados da nossa história recente. Em algum momento da corrida chegou a ser favorito na categoria de Atriz Coadjuvante. Deve sair de mãos vazias, entretanto.

17 – The Letter Room

Com uma premissa interessantíssima, este é outro curta que é melhor que muito longa-metragem. Na trama, um agente penitenciário fica responsável pelas cartas que chegam aos detentos. Ele deve ler e decidir o que deve ser lido ou censurado nos materiais. Ele então se envolve com uma das histórias que lê nas cartas. A ideia renderia um ótimo filme e Oscar Isaac está ótimo no papel principal. É a grande ameaça ao favorito, Dois Estranhos.

18 – Better Days

De Hong Kong, Better Days é um drama doloroso e surpreendente. Abordando o bullying que assombra as escolas do país, Better Days ainda é uma interessante espiada na cultura local. Aqui e ali pesa a mão no melodrama, mas ainda é um dos melhores títulos da edição.

Amor e Monstros 2
Imagem: Divulgação.

19 – Love and Monsters

Divertidíssimo, Love and Monsters chegou na metade de 2020, quietinho, sem fazer alarde. Ninguém imaginou que a aventura com Dylan O’Brien chegaria ao Oscar. Em anos “normais”, o longa provavelmente ficaria de fora do prêmio. Nesta temporada, com menos blockbusters e filmes de estúdio na corrida, Love and Monsters conquistou uma – merecida – vaga.

20 – Soul

Trazendo temas e técnicas já exploradas pela Pixar, Soul nem é um dos melhores filmes do estúdio. Ainda assim, é um grande filme. Rico em detalhes, o projeto deve levar duas estatuetas: Animação e Trilha Sonora.

21 – Mank

David Fincher merece e vai levar o Oscar em algum momento de sua já brilhante carreira. Este momento, entretanto, não é agora. O projeto dos sonhos de seu pai, Jack Fincher, chega às telas com o capricho habitual do diretor. Peca no ritmo, arrastado e de poucos conflitos, mas compensa nas atuações e nos quesitos técnicos. Deve levar ao menos o Oscar de Direção de Arte.

22 – Toca

É o curta de animação mais fofo do ano, além de ser o verdadeiro merecedor da categoria. Na trama, acompanhamos um coelhinho que está à procura de sua toca. Para isso, ele cava e cava e cava, mas não acha espaço no solo. De história simples, chama atenção pela plasticidade e bom humor.

23 – Wolfwalkers

O único título que pode tirar o Oscar de Soul é um deleite visual. Do mesmo estúdio que nos presenteou com Canção do Oceano, Wolfwalkers pode afastar os votantes que buscam um entretenimento mais leve e acessível.

filmes oscar 2021
Imagem: Divulgação.

24 – Os 7 de Chicago

Oscar-bait até o talo, Os 7 de Chicago é um drama correto, típico de Aaron Sorkin. Chegou a ser favorito em várias categorias, mas agora é apenas o runner-up em uma porção delas. É o segundo favorito em Edição e Roteiro Original. Pode até levar algum, mas é difícil.

25 – Uma Noite em Miami

O grande pecado de Uma Noite em Miami é não arriscar mais na linguagem cinematográfica. Fica muito preso às amarras teatrais e esquece de caprichar na técnica. As atuações, porém, são impecáveis e a canção, que deve vencer a categoria, é ótima.

26 – Feeling Through

Emocionante, Feeling Through é o azarão que pode roubar a categoria de curta-metragem. Acompanha um rapaz sem perspectivas que conhece um cego e precisa ajudá-lo a chegar em seu ônibus. É tocante e bem conduzido. Pode ser encontrado no YouTube.

27 – Dois Irmãos

O último grande lançamento antes da pandemia teve fôlego para chegar no Oscar. Deve sair de mãos vazias, mas merece uma conferida. Está disponível na Disney Plus.

28 – Shaun, O Carneiro – O Filme: A Fazenda Contra-Ataca

Simples na história e no visual, a nova produção de Shaun, o carneiro, merece uma espiada, nem que seja para passar o tempo. Tem na Netflix.

29 – O Grande Ivan

Com ótimos efeitos, O Grande Ivan é o típico filme de animais falantes da Disney. Este, contudo, traz uma história real e personagens realmente carismáticos. Tem na Disney Plus.

30 – Colette

Este documentário em curta-metragem começa sem despertar muito interesse, mas chama atenção quando chega em um campo de concentração da Segunda Guerra. Emociona sem forçar a barra ou apelar para a violência do conflito. Pode surpreender e levar o Oscar da categoria.

31 – Colectiv

Doloroso, Colectiv alcançou o mesmo feito de Honeyland, do ano passado. Foi indicado a Documentário e Filme Estrangeiro. Era o favorito dentre os docs, mas deve sair de mãos vazias. Guarda uma triste conexão com a tragédia da Boate Kiss, que chocou o Brasil há alguns anos, e com a corrupção do nosso país.

32 – O Presente

Outro ótimo título dos curtas de ficção, O Presente denuncia sem panfletar. Na trama, um homem caminha até o centro comercial mais próximo para comprar um presente para a esposa. Ao lado da filha, encara duras investidas no caminho.

33 – Se Algo Acontecer, Te Amo

Lançado pela Netflix, este é o grande favorito ao Oscar de curta-metragem de animação. Dos cinco nomeados, é o que melhor sabe aliar técnica com peso social. Além disso, assim como Dois Estranhos, toca em um dos grandes problemas dos Estados Unidos.

34 – O Homem que Vendeu sua Pele

A presença de O Homem que Vendeu sua Pele entre os Filmes Internacionais já é uma surpresa. Mas é o tipo de filme que a Academia gosta, vide The Square. É uma história de artistas analisando a arte e o mercado que a encerra. Boas atuações e provocações fecham o pacote.

35 – Hunger Ward

É curioso perceber como o campo dos curtas flerta com temas absurdamente fúteis enquanto abraça, ao mesmo tempo, assunto seríssimos e de urgência global. Hunger Ward se encaixa no segundo grupo.

36 – A Voz Suprema do Blues

Em outros tempos, A Voz Suprema do Blues seria um dos grandes destaques do Oscar. Felizmente, a Academia não tem caído tanto em armadilhas, os famosos Oscar-bait. Não é ruim, mas passa longe de ser marcante. Ainda assim, pode ser um dos grandes vencedores da noite, podendo abocanhar quatro estatuetas: Ator, Atriz, Figurino e Maquiagem.

37 – A Concerto is a Conversation

Doc em curta-metragem que faz bem o serviço a que se propõe: enaltecer o sonho americano. Mas não é um projeto barato ou fútil. As rimas entre o avô e o neto são lindas e emocionam. Sua vitória vai depender da posição dos votantes frente à importância social de cada curta. Este é o menos relevante, mas um dos melhores. O que pode acontecer?

38 – A Caminho da Lua

Caprichada no visual, é uma animação que pode cansar os adultos, embora divirta os pequenos. As músicas parecem intermináveis, mas os personagens são fofos e a história bacana. A indicação já é uma vitória.

39 – A Love Song for Latasha

Favorito ao Oscar de documentário em curta-metragem, A Love Song for Latasha tem um plus na corrida e já larga na frente: é uma produção da Netflix. É inegável: curtas e produções menores lançadas na plataforma acabam tendo mais visibilidade. Pode não ser um caso de “qual é o melhor?”, mas sim “qual o mais visto?”.

40 – Rosa e Momo

Indicado a Canção, se destacou por trazer Sophia Loren de volta aos holofotes. Está na Netflix e pode ser conferido para completar a lista do Oscar. Do contrário, não é grande coisa.

41 – Do Not Split

Este documentário em curta-metragem falha em um dos pontos mais importantes: fazer com que o público, alheio ao tema, entenda as situações retratadas na tela. É um projeto bem filmado, mas que não consegue se fazer entender. Nem os vários cards que surgem na tela conseguem iluminar a complicada situação política e social retratada no curta. Vale pelo registro.

42 – O Tigre Branco

Com boa atuação de seu protagonista, O Tigre Branco é um filme que cresceu mais do que deveria. Depois de algumas indicações ao Bafta, a produção da Netflix teve fôlego para chegar ao Oscar. É um drama básico, com alguns momentos inspirados, que, assim como tantos, faz da pobreza e da humilhação alguns de seus pilares.

43 – Emma

Comédia simpática, com atriz talentosa e grande valor de produção. Indicado a Melhor Figurino, não deve vencer justamente por investir na mesma opulência de outros filmes que se passam na mesma época. Assim, deve perder para A Voz Suprema do Blues, fita bem menos interessante neste quesito.

44 – Crip Camp

Registro interessante sobre um acampamento que reunia pessoas com deficiências físicas ou cognitivas. Lá, tinham a chance de sorrir sem medo ou vergonha, de conhecer as próprias habilidades, limites, corpo e alma. Emociona e desperta vários debates interessantes. Acaba sendo um pouquinho longo, mas vale a pena.

45 – Pinóquio

Tecnicamente é uma fita irretocável. Ainda assim, falta coração à reimaginação de Pinóquio. O rapazinho protagonista é ótimo e Roberto Benigni ainda faz rir, mas o estilo do diretor ainda desperta certas torcidas de nariz. Pode surpreender em maquiagem.

46 – Professor Polvo

O favorito ao Oscar de Documentário é, também, um dos menos interessantes da categoria. Caso focasse apenas no polvo, seria um projeto mais interessante. O problema é que o sujeito que narra a história quer aparecer demais, falar demais, encher o saco do polvo demais. Com tantos projetos bacanas e relevantes, vai ganhar o doc que fala de um cara que não tem nada novo pra dizer ou fazer (já que ele ficou mais de um ano seguindo o coitado do polvo).

47 – Estados Unidos Vs Billie Holiday

Escorado na grande atuação de sua protagonista, é outro equívoco de Lee Daniels, o diretor de um truque só. Desta forma, tem todos os problemas das biografias e acaba não fazendo jus à figura central. Venceu o Globo de Ouro de Melhor Atriz, mas não deve levar o Oscar. A qualidade do filme como um todo, no final, vai mandar aqui.

48 – Greyhound

Primeiro lançamento da Apple, é um filme de guerra correto. Bastante barulhento e lotado de efeitos visuais, é um passatempo divertido, mas esquecível. A presença de Tom Hanks e a campanha forte da Apple garantiram o espaço nas premiações.

49 – Festival Eurovision

É aquele tipo de filme que, no futuro, poderá dizer que foi indicado ao Oscar. De que? De canção, mas ainda assim é um Oscar. Não é ruim, não é ótimo, mas pode entreter.

50 – Mulan

Trata-se de um dos live-actions mais sem graça da Disney. Tropeçando até mesmo na técnica, o filme não é um desastre, mas faz cansar uma fórmula que já dava sinais de desgaste.

51 – Opera

Em algum lugar há uma importante mensagem sobre sociedade, economia, hierarquia, política. Eu não encontrei claramente, mas deve estar lá. Duvido que os votantes do Oscar tenham achado também.

52 – Time

Time chegou a ser favorito em algum momento da corrida, muito graças ao apoio da crítica, mas não é um título que mereça tanto reconhecimento. A história da protagonista é linda, mas às vezes é difícil se conectar com sua personalidade. Tem na Amazon Prime Video.

53 – O Céu da Meia-Noite

George Clooney é um excelente diretor, e o livro no qual se inspira aqui é ótimo. Tinha tudo para ser um sucesso, mas acabou se tornando uma ficção confusa e pouco inspirada. Os efeitos são bons, assim como a direção de arte, mas ainda é pouco para uma das maiores decepções do ano.

54 – Yes, People

Quando um curta-metragem falha ao envolver em seus rápidos minutos, algo está errado. Nada em Yes, People desperta interesse: nem a história, nem o visual, nem a mensagem. Com tantos títulos legais na pré-seleção, é um absurdo que este tenha ido para a grande final.

55 – Era uma Vez um Sonho

Equivocado do início ao fim (e mesmo antes de sua produção), Era uma Vez um Sonho é uma vergonha em praticamente todos os aspectos. As atuações exageradas, o roteiro tolo e a mensagem torta. É um hino conservador, com muito sofrimento e eleitor do Trump brigando. Um embaraço para todos os envolvidos.

56 – Genius Loci

Curtas-metragens de animação geralmente permitem experimentação, metáforas, loucuras visuais. Mas Genius Loci foi longe demais. Quando você acha que está entendendo, algo surge e você já não sabe mais nada.

E para você, qual o melhor e o pior filme deste Oscar? Deixe nos comentários e, igualmente, continue acompanhando as novidades do Mix de Séries.

Sobre o autor

Matheus Pereira

Coordenação editorial

Matheus Pereira é Jornalista e mora em Pelotas, no Rio Grande do Sul. Depois de quase seguir carreira na Arquitetura, enveredou para o campo da Comunicação, pelo qual sempre nutriu grande paixão. Escritor assíduo na época dos blogs, Matheus desenvolveu seus textos e conhecimentos em Cinema e TV numa experiência que já soma quase 15 anos. Destes, quase dez são dedicados ao Mix de Séries. No Mix, onde é redator desde 2014, já escreveu inúmeras resenhas, notícias, criou e desenvolveu colunas e aperfeiçoou seus conhecimentos televisivos. Sempre versando pelo senso crítico e pela riqueza da informação, já cobriu eventos, acompanha premiações, as notícias mais quentes e joga luz em nomes e produções que muitas vezes estão fora dos grandes holofotes. Além disso, trabalha há mais de dez anos no campo da comunicação e marketing educacional, sendo assessor de imprensa e publicidade em grandes escolas e instituições de ensino. Assim, se divide entre dois pilares que representam a sua carreira: de um lado, a educação; de outro, as séries de TV e o Cinema.