Audiência – Análise de 29/12 a 04/01: Gotham, The Blacklist, The Masked Singer e muito mais

Na primeira coluna de análise de audiência de 2019, nós temos um restinho de dados do ano que terminou, além dos retornos de Gotham, The Blacklist e mais.

Audiência, Análise de Audiência, The Masked Singer, The Blacklist, Gotham
Imagem: Fox/Divulgação (02); NBC/Divulgação
Audiência, Análise de Audiência, The Masked Singer, The Blacklist, Gotham
Imagem: Fox/Divulgação (02); NBC/Divulgação

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Na primeira análise de audiência de 2019, nem tudo é novo uma vez que temos um restinho importante de 2018. Contudo, a maior atenção desta semana são os retornos e as estreias. Como você deve imaginar, são vários.

A última temporada de Gotham, assunto da nossa tradicional análise especial, assim como The Blacklist 24 Hours To Hell, um dos poucos acertos da Fox no último ano. Será que ainda está com a força toda? Vamos ver. Por fim, mas não menos importante, o que é destaque mundo afora como também na TV a Cabo.

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Muita coisa? Então fique conosco que temos muito mais para vocês. E não esqueça, queremos ler seus comentários, sugestões, elogios e (principalmente) suas críticas para continuarmos melhorando.

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ABC

Imagem: ABC/Divulgação

No sábado (29), o The Alec Baldwin Show continuou passando vergonha. O talk show marcou sofridos 0.1 no demo, a menor e pior, audiência da noite em todos os canais abertos. O outro original da semana ficou apenas na sexta-feira (04) com o retorno das comédias. Fresh Off The Boat, assim como Speechless, retornaram da folga subindo 0.1, 0.7 e 0.5, respectivamente

NBC

Imagem: NBC/Divulgação

O último Sunday Night Football do ano fez bons números para o canal, apesar de ligeiramente abaixo da média. A partida entre o Tennessee Titans e o Indianapolis Colts fez 4.5 no demográfico alvo, além de 10.7 na medição de certos mercados. Nesta medição, a temporada de 2018 se encerra com um crescimento de 7% em relação há 2017.

A estreia de The Titan Games não trouxe os números de The Masked Singer, mas o novo reality show foi igualmente positivo. Com um demo de 1.8, o programa levantou em 0.2 a audiência de The Blacklist relação há sua Season Finale (0.9 x 0.7). Contudo, no seu horário regular, a série sofreu. Despencando 0.3, o drama marcou um Series Low nada confortável de 0.6.

FOX

Imagem: FOX/Divulgação

No domingo (30), a emissora aproveitou seu a audiência vespertina da transmissão da NFL para lançar a segunda temporada de The Orville. O híbrido de comédia com ficção científica fez 1.5 no demográfico alvo, além de 5.6 millhões de telespectadores. Tais resultados são os melhores da série desde setembro de 2017.

Além disso, é uma alta considerável em relação ao Season Finale do primeiro ano (0.9 no demo; 3.6 milhões de pessoas). Contudo, bem aquém da Series Premiere (2.7 no demo; 8.56 de telespectadores). No primeiro dia do ano, Lethal Weapon retornou com estáveis 0.7, enquanto The Gifted despencou 0.2 para uma Series Low de 0.5.

Na quarta-feira (02), a estreia de The Masked Singer foi um arrasa quarteirão. Mostrando que mesmo a crítica detestando, as pessoas estão com sede de novidade, o reality show fez impressionantes 3.0 no demográfico alvo. Se tornando a melhor estreia de um programa não roteirizado desde The X Factor em 2011.

Os números gigantescos empurraram 24 Hours To Hell para uma Series High de 1.2 no demo. Na quinta-feira (03), Gotham retornou (abaixo) com números modestos. Enquanto The Orville, voltando ao normal, registrou uma Series Low de 0.6. Já na sexta-feira (04), todos apresentaram quedas de 0.1: Last Man Standing (1.0), The Cool Kids (0.8), Hell’s Kitchen (0.7).

CBS

Imagem: CBS/Divulgação

O original solitário do penúltima horário nobre de 2018, 60 Minutes, foi bem ao entregar 1.3 no demo de 18 à 49 anos, além de ser assistido por 9.90 milhões de telespectadores. Na quarta-feira (02), SEAL Team retornou caindo 0.2 para 0.8, assim como Criminal Minds que caiu 0.1 para 0.7.

The Big Bang Theory voltou da folga subindo 0.1 para 2.2, mesma subida de Young Sheldon para 1.7. Enquanto S.W.A.T. encerrou a noite voltando com 0.9, uma subida de 0.2. Enfim, na sexta-feira (04), a maioria ficou estável com MacGyver (0.7) e Hawaii Five-0 (0.8). Mas Blue Bloods caiu 0.1 para 0.8.

CW

Imagem: CW/Divulgação

A CW estava de folga durante a semana e exibiu reprises e especiais irrelevantes.

Um brinde à 2019

Pode parecer que não, mas há exatos sete dias estávamos comemorando o último dia de 2018. E como já sabemos, tudo deverá ser televisionado, inclusive a revolução e a virada do ano. Em todo mundo, os canais preparam programações especiais para receber 2019. Por isso, temos os números para vocês, assim como uma pequena análise.

Ano Novo (Programas)
Imagem: Divulgação (04)

Em comparação com 2017, todas as transmissões nos Estados Unidos caíram. Na ABC, Dick Clark’s New Year’s Rockin’ Eve with Ryan Seacrest 2018 liderou com 2.6 no demográfico alvo (uma queda em relação há 2017 de 3.7). Enquanto isso, em segundo lugar, vem NBC’s New Year’s Eve com 1.3 no demográfico alvo. Em terceiro, ficou Fox New Year’s Eve with Steve Harvey com 0.9 no demográfico alvo.

Na televisão a cabo, a CNN venceu com 0.55 (segundo melhor da história). Já a Fox News, que trouxe um especial pelo segundo ano consecutivo e uma entrevista especial com Donald Trump, registrou 0.22. Ao redor do mundo, os destaques ficaram com a ABC (lá da Austrália), onde 3.6 milhões de pessoas assistiram a virada de ano no país.

No Reino Unido, uma média de 13 milhões de telespectadores conferiram a chegada do ano novo pela BBC One, uma subida de dois milhões de pessoas em relação há 2017.

Destaques da TV a Cabo

Canais a Cabo
Imagem: Divulgação (06)

No sábado (29), a TBS exibiu a primeira metade da maratona da nova temporada de Angie Tribeca. Os resultados são, respectivamente: 0.11, 0.08, 0.08, 0.06 e 0.05. Enquanto no domingo (30), os episódios remanescentes foram exibidos com 0.14, 0.08, 0.08; 0.08 e 0.06.

No Bravo, Dirty John voltou a subir com um lead in forte de The Real Housewivews ao pular para 0.39. No Starz, Outlander subiu 0.02 para 0.14. Por fim, na Showtime, a Minisseries Finale de Escape At Dannemora cresceu 0.03 para 0.14, ao mesmo tempo que Ray Donovan caiu para 0.13.

Season Premiere de growin-ish (que contou com dois episódios) fez 0.28 e 0.24, uma queda bem forte em relação ao Series Premiere (0.40 e 0.39), mas acima se levarmos em conta os fracos 0.17 da Season Finale. O grande destaque da TV a cabo da semana, entretanto, ficou com Surviving R. Kelly com 0.88 e 0.80.

É verdade que a Lifetime já registrou números mais surpreendentes do que esse. Contudo, a série documentário promoveu um impacto social que este que vos escreve particularmente nunca tinha visto. A estreia foi assistida por 1.9 milhão de pessoas, se tornando a produção documental mais assistida da história do canal, além de promover uma grande comoção nas redes sociais.

Tamanho foi o impacto que a central de denúncias de abuso sexual nos Estados Unidos viu um crescimento espetacular de ligações desde a exibição do programa.

Notas do Acúmulo:

NBC News: olhando ainda para 2018, a divisão jornalística do canal do pavão teve um excelente ano no que se refere ao seus programas da rede aberta. Pela primeira vez, todos os quatro programas (Today ShowNBC Nightly NewsMeet the Press e Dateline NBC) ficaram em primeiro lugar nos principais demográficos por três anos consecutivos. Além disso, ainda lembra-se que a emissora também ficou em primeiro nas coberturas especiais, como as eleições legislativas do último mês de novembro e o casamento real do início do ano passado.

Sunday Night Football: para quem cravou em 2017 que a NFL estava flertando com o ostracismo, melhor pensar de novo. A transmissão está no curso para bater um recorde: oito temporadas consecutivas como o programa mais assistido daquele ano. O futebol, caso essa vitória seja concretizada, supera algumas atrações de peso. São eles: American Idol (sete temporadas como a mais assistida); The Cosby Show (cinco vezes na liderança), seguido de All in the Family (cinco vezes) e Gunsmoke (quatro temporadas).

Internacionais

Imagem: Divulgação (06)

Na Alemanha, o penúltimo episódio da primeira temporada do The Voice Senior subiu. Após uma queda na semana passada (2.16 milhões), o reality show saltou para 2.30 milhões. Contudo, ainda longe dos 3.13 milhões de pessoas que assistiram ao Series Premiere.

Ainda no domingo (30), a final do sexto ano do The Voice Portugal trouxe boas para a RTP1. Embora tenha ficado no segundo lugar geral (perdendo para SIC), foram 837 mil telespectadores, 8.7 de audiência média, o segundo melhor resultado de toda série, atrás apenas da terceira temporada em 2015/2016.

O MasterChef Junior Spain (Espanha) beneficou-se de uma competição incrivelmente fraca no domingo (30). O terceiro episódio da sexta temporada do programa fez 16.5% de share, além de ser assistido por 2.5 milhões de pessoas. É um crescimento de três pontos em relação ao último domingo (23) e ao especial de Natal (25).

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Análise Especial da Semana: Gotham

Gotham
Imagem: FOX/Divulgação

É verdade que muitos de vocês, provavelmente, esperavam outra série por aqui. Não lhes julgo até porque Gotham virará história até o final da atual temporada. Contudo, acredito ser importante analisar seus números com mais atenção porque foi uma série importante para seu momento (afinal estreou com gigantescos 3.3 no demo). Assim como serviu como serviu de incentivo para os grandes canais investirem em programação de super heróis.

Season Premiere trouxe um demográfico alvo magrinho de 0.7. Tais números representam uma queda de 30% em relação ao que o drama fez em 2017, sua segunda maior queda (perdendo apenas para a segunda temporada com 51%). O que eles nos informam? Algo bastante simples: para o modelo que a Fox pretende levar a diante, a audiência mostra que a série termina no momento certo. É claro que eu e você acreditamos que ela poderia ter vida num serviço de streaming, mas nada é tão bonito assim, não é mesmo?

Lembro que o FX justificou o cancelamento de Damages afirmando que a série não “correspondia a situação atual da televisão”. A situação de Gotham é justamente essa. Onde mesmo que a série consiga atrair um grande número de jovens para frente da TV, eles não justificam mante-la no ar.

A Audiência dos Cinco Season Premieres:

1ª Temporada (2014): 3.3 no demográfico alvo (18-49 anos) / 8.30 milhões de telespectadores

2ª Temporada (2015): 1.6 no demográfico alvo (18-49 anos) / 4.56 milhões de telespectadores

3ª Temporada (2016): 1.3 no demográfico alvo (18-49 anos) / 3.89 milhões de telespectadores

4º Temporada (2017): 1.0 no demográfico alvo (18-49 anos) / 3.21 milhões de telespectadores

5ª Temporada (2019): 0.7 no demográfico alvo (18-49 anos) / 2.57 milhões de telespectadores

Os destaques da próxima semana: a nova temporada do The Bachelor e a estreia do America’s Got Talent: The Champions; a Freeform lança suas apostas do primeiro semestre com Good Trouble growin-ish; MTV continua nos reality shows com Lindsay Lohan e muuuuuito mais.

Sobre o autor

Bernardo Vieira

Redação

Bernardo Vieira é um jornalista que reside em São José, Santa Catarina. Bacharel em direito pela Universidade do Sul de Santa Catarina, jornalista e empreendedor digital, é redator no Mix de Séries desde janeiro de 2016. Responsável por cobrir matérias de audiência e spoilers, ele também cuida da editoria de premiações e participa da pauta de notícias diariamente, onde atualiza os leitores do portal com as mais recentes informações sobre o mundo das séries. Ao longo dos anos, se especializou em cobertura de televisão, cinema, celebridades e influenciadores digitais. Destaques para o trabalho na cobertura da temporada de prêmios, apresentação de Upfronts, notícias do momento, assim como na produção de análises sobre bilheteria e audiência, seja dos Estados Unidos ou no Brasil. No Mix de Séries, além disso, é crítico dos mais recentes lançamentos de diversos streamings. Além de redator no Mix de Séries, é fundador de agência de comunicação digital, a Vieira Comunicação, cuido da carreira de diversos criadores de conteúdo e influenciadores digitais. Trabalha com assessoria de imprensa, geração de lead, gerenciamento de crise, gestão de carreira e gestão de redes sociais.