Os bastidores de Dragon Ball Z: curiosidades por trás das câmeras
Em abril, o Series Finale de Dragon Ball Z exibido pelo Cartoon Network completa 15 anos desde. Sabendo disso, não dá para ignorar uma data dessas, né?
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No próximo sábado (07) o último episódio de Dragon Ball Z completará 15 anos de exibição no Cartoon Network. É claro que não faz a menor diferença quando que os americanos assistiram. Porém, o que importa é que tal efeméride nos proporciona uma excelente oportunidade para falar de Dragon Ball, não concordam? Um anime que você já assistiu quando era criança, imitou os golpes no colégio e sabia o nome de cada personagem. Se você assistia pelo Cartoon, Band ou pela Rede Brasil, não importa porque todos já assistiram ou pelo menos ouviram falar.
Tal contato nos deixou mais próximos, talvez pela primeira vez, da cultura oriental. O que é fundamental para qualquer criança descobrir que há vida (muito interessante), além dos importados da América. Confesso que fiquei surpreso com a quantidade de curiosidades e informações que não sabia sobre a série. Desde as inspirações que deram origem ao primeiro rascunho, até mesmo para a quantidade de mercados que a Fuji Network vendeu o anime. É sempre bom quando conseguimos
Sabendo disso e colocando em perspectiva as inúmeras curiosidades que você não sabe acerca do anime, Dragon Ball Z é o tema do Bastidores dessa semana, confira:
Título da animação foi um erro
Isso mesmo que você acabou de ler. Na época de seu lançamento, muitos diziam que o nome da animação, Dragon Ball Z, seria por conta do último capítulo da saga clássica. Entretanto, apesar de ser uma continuação direta do término do Torneio de Artes Marciais da icônica luta entre Goku e Piccolo, o título acabou sendo um erro.
Apesar da continuidade, a animação é independente da primeira que consagrou a trajetória de Goku. Akira Toriyama havia intitulado o mesmo como Dragon Ball 2, mas os editores acabaram entendendo como “Z”. Entretanto tal “confusão” acabou dando muito certo.
Vegeta seria morto por Gohan
Quando Dragon Ball Z estreou, Vegeta foi o primeiro grande vilão da história. O personagem foi sofrendo inúmeras mudanças no decorrer da animação, se tornando um guerreiro do bem, e chegando até formar uma família ao lado de Bulma. Entretanto, a ideia de Akira inicialmente não era nada disso.
A princípio Vegeta seria morto em um confronto com Gohan, mas o vilão acabou caindo no gosto do público. O sucesso foi tão grande, que o mesmo acabou se tornando herói.
Confronto entre Goku e Freeza é o mais longo da história
A saga de Freeza é uma das mais marcantes da série, principalmente pelo épico confronto entre ele e Goku. A luta deles teve uma duração total de nada menos que 4 horas e 13 minutos.
Isso mesmo, o confronto durou tudo isso de tempo. O momento em que o vilão anuncia a explosão do planeta Namekusei em cinco minutos, teve ao todo dez episódios. Se convertermos isso, a destruição do local durou, na realidade, aproximadamente 3 horas e 20 minutos.
Exterminador do Futuro foi referência
A saga do Cell começa com a ameaça dos assassinos androides 17 e 18. Akira declarou que para desenvolver a trama, pegou como o referência o longa Exterminador do Futuro.
A semelhança entre as histórias é grande, com um guerreiro vindo do futuro alertando de ameaças que estão por vir. Tais inimigos são inteligências artificiais, responsáveis pela exterminação da raça humana. Como se não bastasse, Trunks avisa a Goku que a invasão dos androides acontecerá no dia 12 de maio. Coincidentemente, essa é a data que o robô T-800 foi programado para matar Sarah Connor.
Goku não seria o protagonista
A ideia de Akira era que Gohan fosse o protagonista de Dragon Ball Z, mostrando sua ascensão como um dos guerreiros mais poderosos do Universo. Sua trajetória seria idêntica a de seu pai em Dragon Ball, mas os fãs na época houveram resistências com o protagonismo do personagem.
Desde a chegada de Raditz, sempre vimos a evolução absurda do filho mais velho de Goku, deixando subentendido sua impressionante força oculta. Akira bem que tentou matar Goku ou tirá-lo de cena inúmeras vezes, mas sem sucesso. A revolta dos fãs e a resistência de seus editores, fazia com que ele arranjasse uma forma do guerreiro ter uma reviravolta. Com isso ele acabava se destacando mais que o próprio filho.
Dragon Ball Z acabaria na saga de Cell
A saga de Cell é considerada por muitos a melhor de Dragon Ball Z. Tendo como início a ameaça dos andróides, ela acabou focando em praticamente todos os guerreiros. Essa foi a saga em que Goku teve menos destaque e o foco sendo principalmente em Gohan, no torneio elaborado pelo vilão da vez.
Com o jovem derrotando Cell, esse seria o desfecho perfeito para a série. Porém mais uma vez a revolta tomou conta por parte dos fãs e editores da animação, com a morte de Goku. Ninguém aceitou o fato de DBZ chegar ao fim daquela forma.
Por conta dessa pressão toda, Akira divulgou então que faria uma quarta e última saga. Com a introdução de novos personagens, como Goten, filho mais novo de Goku e Videl, filha de Mr. Satan, a animação trouxe Majin Boo como o vilão final.
Apesar de Gohan, Vegeta, Goten e Trunks terem seus respectivos destaques, o protagonismo ficou por conta de Goku. Nessa saga ele fez uma nova transformação, Super Sayajin 3, e sua ressurreição foi um dos elementos chaves para derrotar o vilão.
Episódios fillers e Dragon Ball Z Kai
Dragon Ball Z teve um total de 292 episódios produzidos. Entretanto tal marca foi atingida por conta dos inúmeros fillers que atração teve, superando Dragon Ball e Dragon Ball Super.
O motivo de tantos episódios “descartáveis”, foi o fato que os acontecimentos da animação ultrapassaria os do mangá. Para evitar que isso acontecesse, Akira então decidiu utilizar a famosa “encheção de linguiça”, para que as publicações gráficas e a produção televisionada caminhassem praticamente juntas.
Em 2009 estreava na TV japonesa Dragon Ball Z Kai. A animação foi lançada para comemorar os vinte anos da série, com episódios remasterizados. A produção também serviu como uma versão compacta, suprimindo boa parte dos fillers que o DBZ original teve.
Com isso, Kai teve ao todo 159 episódios.
Dragon Ball GT NÃO é continuação de Dragon Ball Z
Isso é algo que vale sempre ressaltar. Apesar de cronologicamente começar de onde Z terminou, com Goku enfrentando a reencarnação de Majin Boo, Dragon Ball GT não é sua continuação. A produção não é baseada em uma obra de Akira Toriyama, e seu desenvolvimento partiu da Toei Animation. Dragon Ball Super, lançado em 2015 e encerrado – pelo por enquanto – recentemente, é considerada a terceira parte da franquia, já que tem criação de Akira. Sua linha temporal ocorre após a derrota de Majin Boo e o avanço de dez anos que Dragon Ball Z tem antes de seu encerramento.
Em grande colaboração com Eduardo Nogueira