Bird Box: confira as principais diferenças entre o filme e o livro

Confira as diferenças entre o longa Bird Box e o livro que serviu de inspiração para a história.

Imagem: Netflix/Intrínseca/Divulgação
Imagem: Netflix/Intrínseca/Divulgação

Bird Box é adaptado de uma famosa obra

Bird Box, a adaptação do livro Caixa de Pássaros de Josh Malerman para a Netflix, tem causado muito burburinho na internet. Teorias foram levantadas, outras antigas trazidas de volta, outros procuram explicações para os mistérios da história, deixando de lado o foco central da história: os personagens. Há quem amou, há quem não ficou nada feliz.

De qualquer forma é preciso ter em mente que uma adaptação nunca será 100% fiel. Ainda mais em se tratando de Caixa de Pássaros que tem a descrição como cerne já que se trata de uma obra literária onde o leitor acompanha o que está acontecendo através dos sentidos e percepções da personagem principal. Trabalhar essa história em um produto audiovisual é ter certeza que grande parte do que o livro propõe se perderá. Mas o problema para os fãs do livro está nas grandes mudanças e cortes de personagens, cenas e sensações. Por isso nós do Mix de Séries nos propomos a listar abaixo as principais diferenças entre as duas obras.

Confira:

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No rio

No livro, o homem que os encontra não chega a atacá-los. Ele apenas os interceptam e os perseguem em um jogo psicológico. Em certo momento, também, uma das criaturas chega a se aproximar deles dentro do rio, rodeando-os por um tempo e partindo depois. Malorie sente como se a criatura estivesse a poucos centímetros de seu rosto. E pra completar, alguns lobos também aparecem e chegam a atacá-los em uma sequência muito angustiante.

As crianças

No filme, as crianças são bem frágeis, não ajudam a Malorie em nada e acabam se metendo em problemas. No livro, desde o nascimento, Malorie as treina para sobreviverem sem a visão, desenvolvendo seus outros sentidos, como a audição e o tato. São elas quem ajudam e guiam Malorie ao longo da viagem já que ambas são capazes até de reconhecer a direção do vento e do som. Outro detalhe é que quando bebês, Malorie os mantinham presos e vendados, chegando a cogitar tirar a visão deles com um ácido. Seria uma forma de fazê-las crescer como cegos e terem a oportunidade de sobreviver as criaturas. Mas ela desiste da ideia ao tentar.

Imagem: Netflix/Divulgação

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Shannon, a irmã da Malorie

No livro, Shannon não morre se jogando na frente de um automóvel. As duas de fato vão ao medico e chegam a voltar para casa antes do caos começar a acontecer. A irmã dela então vê uma criatura pela janela da casa e se mata com uma tesoura no banheiro. No filme acabaram usando a morte com outra personagem de forma diferente.

Personagens secundários

No livro, todos os sobreviventes da casa tem interessantes camadas de desenvolvimento e sua importância na trama. Já no filme, foram inseridos personagens a mais, e aqueles que existem no livro foram descaracterizados. São muito subdesenvolvidos e servem apenas como impacto visual para as cenas de morte. Além disso, a forma como mostram o casal que foge com o carro é um grande exemplo de como o roteiro não soube lidar com a quantidade de personagens.

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No filme, John Malkovich dá vida a um dos personagens da casa de Bird Box. Imagem: Netflix/Divulgação.

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O poço

Ao longo dos dias, o grupo fica quase sem mantimentos e água. Eles então bolam um esquema para sair da casa e buscar água no poço. Só que eles sentem as criaturas a sua volta. A cena é muito tensa e infelizmente foi cortada do filme.

Vizinhança

No livro, em busca de mantimentos, algumas pessoas do grupo chegam a visitar as casas vizinhas em busca de mantimentos. Chegam a passar muitas horas fora e um deles encontra uma casa onde vemos o corpo de uma criança sentada na cama. Uma cena muito marcante do livro.

A caixa de pássaros

No livro, a caixa de pássaros é encontrada em uma outra casa como sistema de alerta às criaturas. O grupo então pega a caixa para si e a instalam do lado de fora da casa, em frente à porta de entrada.

Cães

Além do grupo de humanos, o filme cortou os cães que moram com eles na casa. Eles são usados durante suas excursões fora da casa em busca de mantimentos. Em uma das cenas mais chocantes do livro, vemos apenas Malorie e o cão em um bar na cidade procurando mantimentos e sobreviventes. Quando o cão olha para uma criatura o autor descreve de forma chocante como o cão começa a se machucar para se matar. A cena é horrível e faz até sentido terem cortado do filme.

Gary e o clímax

No livro, Gary é um personagem insuportável, irritante ao extremo. É ele quem causa toda a discórdia dentro da casa. Ele chega a ser expulso da casa porque o grupo faz uma votação. A maioria vota contra sua presença no abrigo. Don, que não existe no filme, acreditava nele e o esconde no porão durante um tempo. Levando comida etc. O pessoal só descobre isso durante o parto duplo. É então que o caos acontece dentro da casa pois o grupo entra em conflito, e no meio da gritaria Gary abre as janelas. As criaturas chegam a entrar na casa e no quarto onde Malorie e Olympia estão em trabalho de parto. Olympia acaba olhando para a criatura e morde o próprio cordão umbilical e depois se joga pela janela, onde fica pendurada pelo cordão.

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Gary agita o clímax de Bird Box. Imagem: Netflix/Divulgação

As criaturas

Como o livro lida muito com os sentidos, é fácil abordar o que está acontecendo a volta dos personagens através das descrições, já que tanto eles quanto nós leitores não temos o recurso da visão para ajudar. O filme, por se tratar de um produto visual, precisou colocar alguns recursos para representar a aproximação das criaturas, como o vento e a sombra, o que acaba tirando o impacto e aflição que elas causam no livro.

Leia também: O final de Bird Box – entenda o desfecho do filme da Netflix

Sobre o autor

Álefe Cintra

Redação

Álefe Cintra é jornalista e apaixonado por séries. Criador de conteúdo para mídias sociais, é especialista em redação para SEO. No Mix de Séries atua como redator desde 2018, tendo passado pelas mais diversas áreas. Por cinco anos, cobriu as séries do "Arrowverso", resenhando produções como Arrow, The Flash, Supergirl, entre outras. Atualmente é o responsável por cobrir áreas relacionadas a DC Comics e super-herois no portal.Bacharel em Comunicação Social pela UniSEB COC em 2010, desde 2022 é estudante de Marketing Digital pela Universidade de Illinois. Atualmente, reside fora do Brasil, estando em Almada, Portugal. Álefe, além disso, é um redator com experiência em produção de conteúdo digital, reportagem e conteúdo jornalístico, crítica de entretenimento e produção editorial.No Mix de Séries, através de sua trajetória de mais de seis anos, aprendeu diversas técnicas de escritas para internet, e se especializou na cobertura de eventos, lançamentos e redação sobre séries de TV, com foco na cobertura de produções voltada para o público geek e nerd. Também atua como copywriter freelancer em outros projetos.