Cancelamento mais injusto da Netflix em 2023 é finalmente explicado

A Netflix, conhecida por sua vasta seleção de séries originais, enfrentou críticas em 2023 após o cancelamento de “1899“, uma promissora série de ficção científica.

Agora, com a publicação do primeiro relatório de engajamento da plataforma, intitulado “What We Watched: A Netflix Engagement Report“, finalmente se esclareceu o motivo por trás dessa decisão aparentemente injusta.

“1899”, dos criadores de “Dark”, Jantje Friese e Baran bo Odar, estreou em 17 de novembro de 2022 com grandes expectativas. Contudo, apesar de seu potencial e críticas positivas, a série não conseguiu replicar o sucesso de “Dark”. Nos primeiros seis meses de 2023, “1899” registrou apenas 51.8 milhões de horas de visualização. Este, que é um número consideravelmente baixo em comparação com outros títulos da plataforma.

Saiba mais sobre 1899:

Para contextualizar, “Dark“, mesmo três anos após seu final, alcançou 49 milhões de horas de visualização no mesmo período. Por outro lado, a série “Wandinha“, lançada dias após “1899“, atingiu impressionantes 507.7 milhões de horas de visualização, figurando entre as cinco séries mais assistidas em 2023. Esse contraste de números explica a decisão da Netflix, que prioriza o retorno de audiência nas suas escolhas de continuidade de séries.

1899 série cancelada — Imagem: Divulgação.

A história de “1899“, que acompanha um navio de imigrantes viajando de Londres para Nova York, envolvidos em um mistério após encontrarem um segundo navio à deriva, recebeu fortes avaliações de críticos e público, com 77% e 75% de aprovação no Rotten Tomatoes, respectivamente. Planejada para se desdobrar ao longo de várias temporadas, a série tinha uma narrativa intrigante e prometia resolver mistérios que, agora, permanecerão sem respostas.

Embora “1899” não tenha tido tempo suficiente para conquistar uma audiência mais ampla, o cancelamento após apenas uma temporada deixa muitos fãs e críticos questionando as métricas de sucesso da Netflix.

Este caso reacende o debate sobre como os streamings tomam as decisões de continuidade no momento atual. E, além disso, se a qualidade da narrativa deveria ter um peso maior do que os números puros de visualização.