Chicago Fire, Euphoria e mais: os melhores episódios de dramas em 2019
Em um ano rico para a televisão, o Mix de Séries elege os dez (onze?) melhores episódios do ano. De Dark a Chicago Fire a lista está imperdível.
Lista do Mix de Séries conta com Chicago Fire, Euphoria, Grey’s Anatomy e mais…
Chicago Fire, Euphoria, Dark, Grey’s Anatomy… Séries de diferentes gêneros que integraram um ciclo interessante.
2019 foi um ano incrivelmente bom para a televisão. A prova são as listas de fim de ano, que trazem grandes exemplares do mundo das séries. No especial de hoje, abordaremos os dez melhores episódios dramáticos do ano. E precisamos dizer: uma dezena é muito pouco para a quantidade de capítulos incríveis que vimos nos últimos doze meses.
Confira, em ordem alfabética, os 10 melhores episódios de drama do ano:
Chernobyl – Open Wide, O Earth
Embora o primeiro episódio de Chernobyl conquiste o público e o último assinale o sucesso da série, é o terceiro capítulo, Open Wide O Earth que melhor sintetiza o alcance da tragédia. Ainda que mostre os personagens centrais e seus desafios, a terceira parte da minissérie investe em rostos até então desconhecidos, e dramas pouco explorados pela mídia. É ao variar a galera de personagens que Chernobyl fica mais rica e relevante. Ao acompanharmos o jovem que participa de um dos grupos de limpeza é que saímos da esfera política, da alta cúpula, e adentramos a sofrida realidade das pessoas comuns, totalmente sem escolhas.
Chicago Fire – Sacred Ground / Chicago PD – False Positive
A Franquia Chicago brindou os fãs com bons episódios na safra da temporada 2019, dando destaque para dois em especifico. Em Chicago Fire, Sacred Ground explorou a emoção ao máximo com a morte de Otis, membro original que estava na série desde a estreia. Porém, ao invés de estender o acontecimento por todo o episódio, Chicago Fire resolveu a morte antes dos créditos iniciais, pra dar foco no que o luto poderia trazer de desdobramentos para a série. Logo, uma acertada escolha. Já em Chicago PD, False Positive trouxe uma das escolhas mais ousadas da série explorando um programa de reconhecimento facial que não funciona muito bem em negros. A brecha foi base para uma história de racismo, mostrando que até mesmo uma instituição como a polícia é tangível ao erro. Sem dúvidas, um dos melhores episódios de toda a série.
Dark – Endings and Beginnings
Desde o princípio Dark foi uma série planejada em três temporada. Assistir o desfecho do segundo ano, portanto, é testemunhar a segurança de um roteiro que sabe o que quer contar e para onde vai. No clímax de uma narrativa complexa, mas jamais enfadonha ou confusa, Dark une suas duas maiores qualidades: ficção inteligente com drama humano e emocionante. Como o título do capítulo sugere, é o fim de uma história e o início de outra totalmente diferente e excitante.
Euphoria – Shook One: Pt II
O quarto episódio da temporada de estreia de Euphoria é o ápice da série da HBO. Planejado com precisão cirúrgica por Sam Levinson, Shook One é o tipo de capítulo que marca a trajetória de um programa. Na trama, todos os personagens e história convergem em um parque, durante um evento. Rostos se cruzam e dramas se intensificam em uma das horas mais tensas e bem orquestradas do ano.
Grey’s Anatomy – Silent all these years
Shonda Rhimes pessoalmente revisou o roteiro de Silent all these years, pois ela queria se certificar de que a história seria contada da forma nua e crua que precisava. Dito e feito. O episódio explorou o tema do estupro sob a ótica de uma paciente, assim como a da personagem Jo. O resultado foi uma das melhoras cenas da TV no ano, quando todas as mulheres do hospital (que na vida real foram todas as mulheres que trabalham na série) fizeram um corredor de proteção para a paciente ir até sua cirurgia, sem precisar ver um homem. Um momento simbólico, que com certeza elevou a importância das séries na TV aberta norte-americana (e a de Grey’s também).
The Mandalorian – The Bounty
O piloto de The Mandalorian é o exemplo de trabalho bem feito. Além de colocar a plataforma da Disney no mapa, o capítulo de estreia delineia com perfeição a história e o carisma do personagem central. Bebendo na fonte de Uma Nova Esperança, a série de Jon Favreau é um resgate de elementos clássicos e queridos de Star Wars. A qualidade técnica impressiona, a música tema gruda na cabeça e a aparição final é de derreter qualquer coração.
Stranger Things – The Battle of Starcourt
A season finale do terceiro ano de Stranger Things é a síntese daquilo que a série emula desde o princípio. Como os bons clássicos oitentistas, o clímax da temporada reúne todo o elenco e os joga direto no horror e na ação, lutando contra a maior ameaça de todas. O resultado é cinematográfico, com total domínio técnico por parte dos irmãos Duffer e efeitos visuais de cair o queixo. A emoção, contudo, não ficou de fora, e o desfecho é um dos momentos mais emocionantes do programa.
Succession – This is not for tears
This is not for tears é o clímax da tragicômica batalha pelo poder de Succession. Sendo a melhor mistura de drama e comédia da televisão atual, a série da HBO faz aquilo que sabe de melhor: intrigas palacianas exageradas misturadas com a vergonha alheia do deboche e do ridículo. O melhor momento da season finale, contudo, é sutil: depois de afirmar que o filho não tinha o necessário para ser um “matador”, o patriarca abre um pequeno – quase imperceptível – sorriso ao ver que o rapaz é, de fato, um assassino. Mesmo que o golpe tenha sido desferido no próprio coração de seu criador.
Watchmen – It’s Summer and we’re running out of ice
Quando uma série arrisca tanto quanto Watchmen arriscou em This Extraordinary Being ou It’s Summer and we’re running out of ice, os resultados podem ser dois: ou é um fiasco ou é um sucesso absoluto. No caso da série da HBO, é uma conquista irretocável. Filmados em preto e branco, em longos planos-sequência ou com arrojo cinematográfico, os episódios da série revelam belas histórias de origem. O episódio de estreia funciona e merece espaço na lista justamente por conseguir o que muitos não conseguem: apresentar e envolver o público em uma trama nova e densa, de mitologia complexa e já estabelecida.
Além disso, completo. Todavia, palavras.
When They See Us – Part Four
A quarta e última parte de Olhos que Condenam é uma vitrine para que Jharrel Jerome mostre todo o seu potencial como ator. E o jovem não desperdiça nenhum segundo. Sob a direção sensível de Ava DuVernay, Jerome torna-se o rosto de um drama arrasador. As dores dos cinco rapazes estão escancaradas nos olhos do ator, e é incrível perceber como ele consegue mudar sua abordagem na versão mais velha do personagem, mas sem nunca perder o ar juvenil. Aqui elencamos o quarto episódio, mas a verdade é que a minissérie inteira poderia preencher esta lista.