Crítica: 1×03 de Pátria nos obriga a adotar uma posição moral
Critica com spoilers do episódio três da primeira temporada de "Pátria", nova série da "HBO", intitulados "Últimos lanches".
Pátria descreve como cada personagem se posiciona diante do processo de dupla vitimização pátria
No terceiro capítulo de Pátria, Elena Irureta e Ane Gabarin deram um show de interpretação ao passar a dor e a emoção das ex-melhores amigas, e agora rivais, Bittori e Miren. O capítulo emociona, mais uma vez, não apenas ao descrever como cada personagem se posiciona diante desse processo de dupla vitimização. Mas, também, volta ao ponto de partida, desde quando ouvimos pela primeira vez os três tiros que marcaram a vida dos protagonistas para sempre.
Sob o título do episódio ‘Últimos lanches‘, assim como os dois primeiros, o enredo continua a ser contado em diferentes linhas do tempo. Com isso, descreve as últimas semanas – talvez dias? Meses? Não se sabe ao certo – da vida de Txato (José Ramón Soroiz), antes do empresário perder sua vida no asfalto. Vemos Txato percebendo que, de fato, o objetivo do ETA não era a de promover a cultura basca tradicional, mas sim, a de lutar pela independência na base da tortura e medo.
Quem matou o marido de Bittori?
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Se no segundo episódio testemunhamos como o retorno de Bittori levanta desconfiança na comunidade, enquanto a família se lembra do fatídico dia da morte de Txato, o episódio três continua onde a anterior terminou. Assim, com a necessidade compartilhada de saber se Joxe Mari (Jon Olivares), filho da ex-melhor amiga de Bittori, Miren, foi quem matou o empresário.
O capítulo explica como, pouco a pouco, esses encontros usuais entre essas duas amigas que falavam sobre suas intimidades e assistiam com preocupação às consequências da radicalização de Joxe Mari, terminarem para sempre quando as duas vizinhas foram colocadas, em lados opostos, quase que sem aviso prévio. Os roteiristas acertam no ponto, ao nos colocar na balança da escala de valores em situações extremas. Na história, quem sofre mesmo é Txato, vítima de extorsão do ETA.
Miren vai à prisão onde seu filho cumpre pena
A história avança através da visão e experiências das duas famílias: Por um lado, dos olhos de Miren, que no tempo presente retorna da prisão de Cádis, na qual seu filho está cumprindo pena. Em sua jornada, a mulher lembra aqueles dias em que teve que enfrentar a realidade de que seu filho fazia parte da ETA e que passou a viver na clandestinidade. E quando a Guarda Civil invadiu sua casa destruindo tudo em busca de qualquer informação sobre Joxe Mari.
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Já pelo outro lado, Bittori continua a perseguir o mesmo propósito: conhecer a verdade. Enquanto ela tenta quebrar a distância com a família de Miren, ao encontrar a filha de sua ex-amiga, Arantxa, em um dos momentos mais emocionantes do episódio. Logo depois, o passado retorna ao momento em que a esposa de Txato descobriu que seu marido estava sendo extorquido pelo grupo organizado terrorista ETA.
Txato começa a considerar tomar medidas para proteger sua família
Todos da comunidade começam a excluir Bittori e Txato de tudo. Embora Bittori tenha convencido de que ele é mais um na aldeia e que nada vai acontecer, Txato começa a considerar tomar medidas para proteger sua família. Enquanto isso, no presente, vemos que a doença de Bittori está piorando seriamente.
E você, o que achou do terceiro episódio de Pátria? A história continua no quarto capitulo dessa serie limitada, intitulado “Txato, Entzun”, disponibilizado pela plataforma da HBO Max nesse último domingo, e ainda essa semana volto aqui para comentar.
Para quem ainda não assistiu essa incrível produção da HBO Max, segue abaixo o trailer oficial.
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