Crítica: 21×15 de Law & Order: SVU flerta com o novelão trazendo diversas reviravoltas
Num episódio completamente diferente do que assistimos até aqui, Law & Order: SVU mira no novelão e acerta em cheio no tom e na mensagem.
É Law & Order: SVU ou Jane The Virgin?
Desde quando assisti ao vídeo promocional deste episódio de Law & Order: SVU, fiquei intrigado. Mas não intrigado como de costume. A ideia de apresentar uma história controversa, com cinquenta tons de cinza e que fuja de maniqueísmos não é novidade nenhuma. Principalmente nessa era pós anti-heróis. Já vimos isso, fizemos isso e aplaudimos isso.
Contudo, após assistir Swimming with the Sharks entendi que a proposta aqui ia muito além das tradicionais reviravoltas novelescas de outros programas. O objetivo da história era, além de entreter, lembrar que por mais complexa que a história seja, acreditar na mulher é sempre o caminho mais seguro.
Luna Prasada (Radha Mitchell) é uma mulher extremamente bem sucedida com sua linha de cosméticos da We B Well focada em empoderar mulheres. Os negócios vão super bem. Tanto que eles estão perto de vender ações da empresa na bolsa de valores. O problema é que ela tem que lidar com algo que jamais considerou: ser estuprada pelo próprio sócio. Como continuará pregando o bem estar feminino e investindo numa mensagem positiva se tem que lidar com os próprios demônios? Como ficará diante do mercado e futuros investidores? Complicado, não é mesmo?
Pois bem, tudo fica ainda pior quando a Unidade de Vítimas Especiais começa a investigar e descobre que nem tudo é o que parece.
Logo de início, percebe-se que esse é o episódio perfeito para quem gosta de reviravoltas. O telespectador pode até imaginar que elas estão por vir, mas nem imagina da intensidade. Sendo assim, poderia estar falando de Jane The Virgin ou de UnReal, mas não. Falo de uma série já estabilizada, com seu público cativo e narrativa engatilhadas. Por isso desde já aprecio o risco por fazer algo diferente e sair da zona de conforto. Tomar uma decisão como essa após 21 anos de história, não é para qualquer um. A boa notícia é que a qualidade estava lá e ficamos presos a trama do início ao fim para descobrir o que aconteceria.
Precisamos corrigir….
É claro que é possível identificar alguns problemas, mas nada que tenha prejudicado o resultado final. Por exemplo, um dos crimes na qual Luna foi acusada foi apropriação indébita. Nos Estados Unidos é um crime federal e, portanto, julgado numa corte federal. Sendo assim, um crime para ser acompanhado por um promotor. Sem nenhuma surpresa, ainda mais se você tenha assistido Billions ou For The People, Manhattan tem os melhores no ramo e teríamos uma excelente oportunidade de discutirmos crimes financeiros. É claro que esse não é o objetivo, mas está aí uma sugestão para um futuro especial.
Outra questão que continua me incomodando: Jamie Gray Hyder parece ainda não ter entrado na personagem. Há algumas semanas atrás ele teve uma ótima oportunidade de mostrar a que veio, mas ela continua ofuscada pela força visceral de Kelli Giddish. É preciso que ela encontre seu tom, sua zona de conforto e uma forma de destacar ao seu próprio estilo. Se continuar assim, seria mais interessante substituir por Ari’el Stachel, que tanto brilhou no episódio anterior.
Em suma, temos um ótimo episódio com um tom completamente diferente do que Law & Order: SVU entregou nesta temporada. Muitas voltas e reviravoltas. É verdade que teria apreciado mais com uma dose ou outra de crimes financeiros, mas nada que tire o mérito de mais um bom episódio numa das temporadas mais sólidas até aqui.
A série vem melhorando, embora ainda precise corrigir o ponto fraco do elenco que comentei anteriormente.
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https://www.youtube.com/watch?v=DNlhVbAWKUo