Crítica: 2ª temporada de Punho de Ferro surpreende de forma positiva
Review da Segunda Temporada de Iron Fist (Punho de Ferro), série original Netflix em parceria com a Marvel.
Mesmo sem assistir Os Defensores, é possível acompanhar bem esta temporada
Danny Rand derrotou o Tentáculo e, claro, precisava de novos inimigos e aventuras. Acredito, e tenho certeza, que irão concordar comigo quando digo que a mudança dos rumos em Punho de Ferro ajudou – e muito – na condução da história para o público.
Aquela busca de identidade do Danny estava cansativa e sem acrescentar nada ao enredo. Agora começamos a ver lutas para valer em todos os episódios. Deixamos a enrolação e vimos dramas interessantes ao redor do Punho de Ferro. E tudo começa após o término da primeira temporada de Os Defensores.
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Precisamos destacar que o time feminino roubou a cena. Misty Knight, Collen Wing e Mary Tyfoid deram um show de atuação. Foram mesmo o centro das atenções em todo momento. Ainda que a trama principal tenha sido por conta do Davos, foram elas que deram razão para tudo acontecer. Claro, aqui descartamos a cretina da Joy, que teve uma personagem tão desvirtuada que eu mal pude lhe reconhecer. Ela foi importante sim, mas… suas convicções para fazer o que fez não convencem nem um babuíno boboca balbuciando em bando.
Diferente da fraca primeira temporada, agora temos uma história madura e que deve vingar um excelente futuro
A tentativa frustrada do Davos em ser o novo Punho foi bem interessante. Começou bem fria e foi ganhando corpo quando Joy e Mary vieram fazer parte do esquema. Aliás, sofri de agonia ao ver a Mary/Walker neste “agora sou boazinha, agora sou vilã”. Esse seu TDI (Transtorno Dissociativo de Identidade) deu ainda mais brilho para seus momentos em tela, com destaque para o fato de que ela nos convenceu realmente da luta interna pela qual passa. Porém seu lado vilão é milhares de vezes melhor e estou doido para vê-la em ação no próximo ano.
A Tríade dos Tigres Dourados trouxe, além de riqueza de mistérios para a temporada, a possibilidade de boas lutas. Clay Barber, coordenador de lutas da série, havia dito que se inspirou em em filmes de Jackie Chan. E se assim foi, ele realmente acertou. Tivemos duelos dignos de cinema e em quase todos sem apelações de armas ou mesmo de superpoderes. Foi no braço mesmo!
Vilões bem construídos, humanos em desenvolvimento e falhas perdoáveis faz a série tomar um novo fôlego
A segunda temporada surpreende muito positivamente, mesmo que ainda tenha problemas com o protagonista. Não dá para acreditar que o protetor de K’un-Lun leve uma surra da Mary, apanhe de adolescentes e perca seu poder tão “facilmente”. Mas, já que aconteceu, segue o baile, em nome da dramaturgia. Tentaremos perdoar.
Houve um amadurecimento coletivo. Danny, Joy, Ward e Collen são pessoas melhores. Ward então, nossa, esse fora do ambiente corporativo deve ter sido o que mais cresceu. Misty, como sabemos, junto a Collen são as Filhas do Dragão. Funcionaram tão bem juntas que poderiam ter uma série só para elas.
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Torço que não percam a mão na terceira temporada. Os meses que se passaram no final abrem margem para o retorno dentro de Os Defensores. Confesso estar curioso para ambos acontecimentos. Surpreso pela série estar tão boa depois de um início ruim. Que assim se mantenha!