Crítica: 2×06 de The Good Doctor trabalha bem as dificuldades da vida adulta
Review do sexto episódio da segunda temporada da série The Good Doctor, da emissora ABC, intitulado "Two-Ply (or Not Two-Ply)".
Episódio de The Good Doctor destaca aprendizado
Passando por uma perspectiva de análise, o episódio da semana de The Good Doctor traduz muito bem algumas dificuldades e suas consequências sobre nosso processo de amadurecimento. Estamos em constante aprendizado, independente do lado. Quem ensina, aprende. Que escuta, aprende. Que sabe lidar com as diferenças, aprende. Assim foi feito no episódio da semana. Algumas lições foram tomadas, alguns orgulhos feridos e recolhidos, outros, nem tanto… Não é fácil conviver em meio a uma sociedade tão complexa como a de um hospital, mas a gente tenta e também aprende.
The Good Doctor trabalha bem o manejo do orgulho!
Antes de mais nada, começamos com o maior dos aprendizados: quando recolher o orgulho e dar vez à opiniões. Se pararmos para analisar, ele se encaixa perfeitamente nos dois casos da semana e na vida de Shaun. Reznick e Park tiveram suas opiniões centradas jogadas a escanteio durante os atendimentos. Shaun teve que superar muitos pontos de sua condição diagnóstica para começar sua vida com Lea. Todos pontos cruciais para o desenvolver da trama e para a mensagem geral. Embora tudo se complemente, vamos por partes.
Uma vida humana vale mais do que anos de sucesso e estudo!
O quadro da violinista mexeu muito comigo, de forma que não esperava. O momento em que ela percebe não ter mais seu instrumento orgânico de trabalho, um pedaço do seu corpo… Cara, difícil conter a emoção e o arrepio. Ainda por cima, colocando Reznick ao seu lado na câmara hiperbárica. A médica teve toda sua prepotência jogada ao chão e se mostrou fisicamente destruída. Dar a notícia do fim do sonho de alguém não é fácil, principalmente quando você é parte importante dos acontecimentos. Sua expressão facial mudou e, na conversa com Melendez, percebi certo ponto de humildade que pode balançar o futuro da garota e sua personalidade. Além disso, aquela menção ao que Melendez viveu na residência com Lim me deixou curioso sobre a história dos dois.
A fim de adentrar ainda mais no tema, o segundo caso também não passa longe do aprendizado. Dentro da medicina, nunca é fácil analisar os casos em impor seu ponto de vista ou experiência pessoal. Park e Browne mostraram isso perfeitamente, ao passo que, ambos trataram de uma adolescente com problemas em casa. Um pai de mentalidade fixa e uma filha que teve que aprender sozinha como se virar no mundo. Eticamente, seus preceitos e julgamentos não devem influenciar na conduta, mas é claro que, na prática, nem tudo é como deveria ser.
Quando o orgulho se quebra, abre espaço para novos sentimentos!
Amarrando um pouco mais o aspecto de aprendizado, chegamos a Shaun. Nosso médico preferido não é e nunca foi uma pessoa fácil de conviver. Venhamos e convenhamos que, ter um Shaun próximo é certeza de momentos de alegria e de relacionamento difícil. Apesar de termos todos os motivos para amar e se interessar por sua evolução, devemos entender o lado de Lea. Ao mesmo tempo, devemos entender o lado de Shaun. Ficou confuso? Nunca disse que seria claro. Mas isso é a beleza da vida a dois. Por mais que não tenham nada oficial, eles estão se conhecendo em um momento de intimidade. Ela é uma pessoa difícil, ele é bem irritante; isso os torna especiais.
Os casos de transplante sempre me deixam ansiosos e, na próxima semana, conviveremos com mais um. Dois irmãos, uma rixa antiga e os negócios familiares em jogo. Se não é uma receita para muito drama eu nem sei mais.
Aos que me acompanharam até aqui, meu forte abraço e até a próxima semana. Continuem acompanhando nossas reviews semanais e notícias aqui no Mix.