Crítica: 3×02 de Good Girls mostrou as garotas de volta a ação
Crítica do segundo episódio da terceira temporada de Good Girls, intitulado "Not Just Cards". Episódio foi exibido nos Estados Unidos pela NBC.
WeDe volta aos negócios em Good Girls
Good Girls finalmente retornou para a sua terceira temporada, e no seu segundo ano encontrou a fórmula perfeita para sua trama. Agora, Beth, Ruby e Annie precisam lidar com os acontecimentos da temporada anterior, recolher os cacos, enquanto lidam com seus problemas pessoais.
Esse tipo de plot não é novidade na série, mas desta vez toda a atmosfera é mais pesada. Beth acha que matou uma pessoa, com o “jogo de criminosas” se tornando real e perigoso. A partir desse momento, cada decisão é pensada várias vezes.
As relações pessoais delas vão tomar mais tempo de tela, pelo menos na primeira parte da temporada. No segundo episódio, vimos a relação de Beth com sua sogra, Judith, algo passivo agressivo onde as duas sabem as dificuldades de ser mãe e cuidar de tudo na casa. O fato é mostrado na conversa das duas na cozinha, mas nenhuma quer deixar a outra ter mais poder dentro da casa, e querem mostrar quem manda no fim do dia.
Evoluindo as personagens de Good Girls
Ruby é a representação de como tudo o que aconteceu – e tudo o que elas fizeram – acabaram sobrecarregando-as emocionalmente, mudando até seu comportamento. A diferença de Ruby, se comparada com a primeira temporada é bem clara.
Annie está na sua jornada de “crescimento pessoal” tomando consciência dos seus atos autodestrutivos e como isso afeta seu filho, Ben. Claro que não é a primeira vez que isso acontece, mas toda a temática agora é o momento perfeito para ela trabalhar nisso.
Deixando de lado as questões pessoais, as três precisam achar novas maneiras para lavar dinheiro, pois as antigas opções não estão mais disponíveis. E como elas são as chefes agora, o esquema precisa crescer.
A decisão de usar ex-presidiários era claramente uma ideia ruim, mas é aí que o bom roteiro de Good Girls entra para fazer sua mágica. A solução que Beth encontrou foi tão simples e eficaz, mas funciona tão bem na visão da outra pessoa para provar o seu ponto de que ela está no comando ali. Não é a primeira vez que a série usa esse tipo de solução e funciona em cada uma delas perfeitamente.
Confesso que não esperava a volta de Rio tão cedo na trama, não tenho a menor ideia de como a série vai trabalhar isso, mas mal posso esperar.
Estando no seu segundo episódio, Good Girls ainda está construindo plots: a stripper, Diane pode ser parte de algo no futuro, a patroa de Dean dando em cima dele é para questões pessoais de Beth, a mulher que ajudou com as notas, Lucy, também pode ser aproveitada e Annie com o psicólogo infantil.
Obs. 1: Os pequenos detalhes no roteiro me deixam muito feliz, a diferença das cenas onde elas falam “and then what?” A primeira sendo elas completamente derrotadas e na segunda completamente o oposto, por exemplo.
Obs. 2: Ainda acho que a relação de Stanley e Ruby poderia ter mais tempo de tela.
Obs. 3: A solução do Rio com o Policial foi tão mal trabalhada que não tive interesse de colocar no texto.