Crítica: 4ª temporada de The Good Doctor teve final impecável
Review do décimo nono e vigésimo episódios da quarta temporada de The Good Doctor, exibido pela ABC, intitulados "Venga".
Sinceramente, não sei expressar em palavras o que senti com estes episódios de The Good Doctor. Sabemos que séries médicas possuem tendências a monotonia com o tempo. Cada episódio com casos semanais que, de certa forma, dialogam com o que nossos personagens estão vivendo.
Todavia, essa ida para a Guatemala mexeu muito comigo. Primeiro, pois eles mostraram realidades que estão longe do que vivenciamos até aqui. A crise de saúde mundial é uma realidade em muitos países. Situações de filas longas de espera não são exclusividade do nosso país. Isso tudo porque ainda temos um dos melhores sistemas de saúde do mundo em diversos aspectos. Mas foi exatamente no contexto emocional que a série acertou em cheio, trazendo, na minha humilde opinião, seus melhores episódios.
Já no primeiro episódio nos deparamos com as primeiras dificuldades de comunicação. Freddie Highmore arrasa muito com seu espanhol durante os atendimentos, entretanto, Dr. Murphy não perde sua peculiar sensibilidade de comunicação. Com algumas restrições, a linguagem vai se estabelecendo e nos deparamos com o segundo problema: a escolha dos casos. Infelizmente, medicina e ignorância as vezes andam lado a lado. O retrato do médico local em escolher os pacientes não levando em conta as condições sociais é mais presente do que podemos imaginar. Ainda bem que nosso corpo clínico é mais humano e centrado em pontos importantes. Ainda assim, o episódio consegue definir suas doze cirurgias em meio a diversos pacientes.
Nunca te pedi nada, The Good Doctor
Com toda certeza eu digo que ficaria extremamente feliz com um spin-off da série no novo país. Como amante inveterado de saúde pública, esse episódio conseguiu mexer comigo em níveis altos. Não somente com os dilemas de Lea ao avistar um recém-nascido no colo da mãe. Ou então o olhar do pai agradecido por Morgan ter avaliado seu filho, após uma difícil realidade de que uma operação não poderia ser feita.
Foi o contexto geral aplicado sobre os plots que me fez emocionar do início ao fim. Até mesmo a relação de Lim com o médico chefe, que não parece muito flor que se cheire, conseguiu me dar esperanças de um futuro spin-off. Mas deixo as teorias da conspiração para o futuro e espero um apelo dos fãs para isso…
Quando acredito que não pode melhorar, o segundo episódio vem ainda mais impactante. Todos os plots da temporada são colocados a tona bem a nossa frente. Marcus e seu dilema conjugal que, ao meu ver, poderia muito bem ser substituído pela relação com a enfermeira deste episódio. Reznick indo além dos seus limites físicos e, o mais importante, sabendo exatamente seu momento de parar para não se prejudicar. Shaun e Lea reavaliando seus dilemas após o aborto e a garota ajudando a mãe com os problemas da recém-nascida. Foi uma surra de momentos que mostram excelente evolução de todos nossos personagens. Todavia, um momento em especial mexeu comigo!
Uma despedida com gosto de quero mais…
Nesta semana, tivemos o anúncio da saída de Claire da série. Uma personagem que vem passando por dificuldades, crescimento e transformações ao longo dos quatro anos. Na conversa com Shaun já foi difícil conter a emoção, uma vez que as palavras do colega para a garota pareceram mais como palavras dos atores entre si.
Quando, no final, ele ofereceu um abraço à colega, as lágrimas despencaram. Antonia Thomas é, de fato, uma excelente presença em The Good Doctor. Sua saída será sentida com todas as forças, contudo, devemos respeitar tal decisão. Agora, se meu rumor estiver certo e um spin-off aparecer, sua permanência na Guatemala faz total sentido. Eu amaria ver um foco maior para a personagem.
Não conseguimos parar de chorar!
As emoções tomaram conta de todo o episódio, não podemos negar. A falta de energia logo no primeiro dia de cirurgia, dificultando os procedimentos operacionais… Além dos casos com intercorrências que deram bons sustos, durante os quarenta minutos, mas que tiveram bons desfechos.
O mais incrível de tudo, que foi apresentado, é a gratidão dos pacientes para com os médicos. Isso é um momento único que nada nem ninguém consegue descrever. Mesmo que tenham saído sem a totalidade das operações, mesmo que muitos pacientes não consigam cirurgias em breve. A realidade de um “obrigado” consegue mudar completamente a vida de um profissional.
Apesar de ter sido um ano difícil, tivemos um desfecho prazeroso. Shaun e Lea vão se casar, e o pedido foi simples, contudo, emocionante. Park e Reznick finalmente se declararam e sua relação de amor/amizade promete ter continuação. Lim revelando suas inseguranças com o PTSD e, provavelmente, com um interesse amoroso garantido na próxima temporada. Um grande fechamento foi realizado e The Good Doctor consegue brilhar em sua finale.
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Nota: 5/5