Crítica: 4×01 de 911 foi um episódio fraco e desordenado

Crítica do primeiro episódio da quarta temporada de 911, série criada por Ryan Murphy, Brad Falchuck e Tim Minear, exibida no canal Fox.

Crítica 911 4x01
Imagem: Divulgação/Fox

Retorno de 911 não faz jus à qualidade das aberturas das temporadas anteriores

O retorno de 911 para sua quarta temporada apresentou uma narrativa que jamais poderia ser prevista. Diante de um mundo assolado pela pandemia, seus roteiristas se viram frente a uma série de impasses. E, agora, um passo importante para a contextualização da trama nesse cenário era atribuir, também aquele universo, a realidade cruel que se apresenta.

Uma questão melindrosa que a direção e o texto optou, no entanto, foi conceber de maneira artística, uma realidade o qual o público quer ver. Só que na ficção. No entanto, não há outra saída: a c0vid continua aqui. O que ditará o jogo, então, é qual vai ser a abordagem escolhida pela série. Tudo isso para trazer esse tema à tona sem tornar a nossa atualidade ainda pior do que já é.

O novo “anormal”

Imagem: Divulgação/Fox

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Tudo no retorno de 911, no entanto, pareceu deslocado e piegas demais. Nesse novo episódio, porém, é perceptível que o texto está muito mais interessado em estabelecer as peças nesse novo cenário, do que, de fato, apresentar uma história consistente e elaborada. O vilão da semana, como já havia sido apontado pelos trailers, é um terremoto. Este que rompe uma represa e deixa todos à mercê da incerteza.

Os personagens, aqui, têm pouquíssimo espaço para desenvolvimento. Mesmo assim, o caso mais relevante da semana – o de uma mulher que perdeu o marido para c0vid e, agora, se encontra entre a vida e a morte devido ao terremoto – passe mais tempo do que o necessário ocupando a tela. A problemática dessa narrativa está muito mais na escolha da montagem do que em sua construção.

Não há como não ficar incomodado com a elipse temporal que irrompe, às pressas, no momento, a história dessa mulher, até então desconhecida. Não é orgânico e, muito menos, envolvente. E ela merecia mais.

A condução da história do ônibus, do outro lado, exige muita suspensão de descrença para ser, minimamente, aceita. Aqui, o senso de tensão se esvai na medida em que a direção, extremamente desordenada, falha em dar uma visualidade coerente para o cenário. Ora tudo parece a beira do colapso. Ora sequer temos noção do que realmente está acontecendo.

911 precisa se reinventar!

Nesse turbilhão de acontecimentos, também acompanhamos Athena ainda traumatizada pelos eventos da season finale passada. Além disso, uma May que agora está treinando como atendente dos chamados de emergência. Aliás, tal fato já foi indicado lá atrás. E, ainda, uma série de mudanças na vida dos personagens, provocada, principalmente, pela pandemia.

911 falhou em introduzir uma nova temporada, porque esse episódio não soa como uma peça necessária para o seriado. Ainda que tenha nos deixado com um cliffhanger bombástico – Athena sofre, né? -, o questionamento que  fica é: a fórmula cansou ou precisa apenas de um respiro?

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Sobre o autor
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Lucas Wilker

Estudante de Jornalismo e grande admirador do Ryan Murphy e suas fábulas. Apaixonado pelo universo audiovisual desde que os X-Men o convidaram para adentrar em suas aventuras. Chora facinho com This Is Us e é extremamente afeiçoado aos personagens das séries, dos filmes e dos livros que consome. Eterno aprendiz da escrita.

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