Crítica: Com episódio morno, 3×03 de Quantico mantem estabilidade
Review do terceiro episódio da terceira temporada de Quantico, da ABC, intitulado "Hell's Gate".
[spacer height=”10px”]
Apesar da boa resolutividade, este episódio já não venho com o gosto de campeão. Espero que isso não esteja diretamente ligado ao cancelamento da série. Quantico demonstrou uma boa evolução por duas semanas e, desta vez, manteve seu nível. Tivemos os momentos cômicos de Ryan na boate LGBT. Charlie era, com toda certeza, uma peça rara do humor borderline – aquele que está quase extrapolando as barreiras e se tornando apelativo. Contudo, foi um episódio bem conduzido com seu início, meio e fim.
O cartel mexicano não me convenceu como a viúva fez, mas ainda há muita água para passar debaixo da ponte. O mais certo é que Quantico fez um legado digno aos seus fãs e fecha um arco com essa temporada. Sempre com uma premissa interessante, os vinte e dois episódios foram muito mais do que o necessário nas últimas temporadas. Arrisco a dizer que com apenas dez teríamos um desenvolvimento brilhante. Mas aí colocamos mais uns três de crédito para missões peculiares. Ao final, uma receita que não transborda a linha do sucesso e traz a melhor essência dos seus plots.
A abertura já entrega nosso maior receio: fazer de Quantico um romance interminável.
Nem tudo são flores em nenhuma série e, muitas vezes, decisões errôneas levam a consequências desesperadoras. Assim eu me sinto quando os produtores colocam Shelby e Alex em sentidos opostos. O novo conceito de Betty and Joan do século XXI – dá um Google nessa referência – não convence. Tem muita guerra fria para pouca ação. Ambas têm potenciais de protagonismo e qualidade de atuação, contudo, trouxeram um drama tão antigo quanto a receita de séries médicas.
Enquanto isso, outros vão ganhando determinado espaço em nossos corações. A adequação da linguagem de sinais veio como um ponto forte. Trouxeram uma personagem determinada, destemida e que não deixou os demônios atrapalharem seu caminho. Contudo, ainda é difícil perceber tal representação quando o público alvo não é o mesmo representado. Posso estar cometendo uma grande gafe mas, acredito, que há pouca divulgação a respeito da tradução de séries à linguagem dos sinais. Um ideal brilhante, bem executado, perdido em meio tantos triângulos amorosos mal organizados.
Mas acalmem-se, ainda não é uma autópsia deste esperado fim. Vamos desenvolver juntos um sentimento de conclusão com a temporada – pelo menos espero. Estaremos juntos até o fim e seguimos em frente. É justamente no episódio da próxima semana que seguro minhas esperanças. Temos um inimigo infiltrado e espero ser surpreendido com o resultado. Segue a promo do episódio para vocês conferirem e nos vemos lá!