Crítica: Dash e Lily é a série confortante de Natal na Netflix

Crítica da primeira temporada da série Dash e Lily, produção original da Netflix, com temática natalina. Crítica sem spoilers.

Dash e Lily Crítica
Imagem: Divulgação.

Dash e Lily precisa ser sua próxima maratona

Dash e Lily estreou na Netflix, e antes de começar a falar da série, preciso alertar os leitores: eu amo o Natal! Para mim, é uma das melhores épocas do ano. Então, tudo o que é relacionado a esta comemoração me atrai. Aliás, foi o que me levou a assistir Dash e Lily. 

A atração, inspirada na franquia de livros que faz sucesso nos Estados Unidos, tem uma vibe total Sessão da Tarde, para assistir sem compromisso. A meu ver, isso é um ponto extremamente positivo. E, logo quando a série se inicia, já fui surpreendido ao ver que a primeira narrativa vinha de uma pessoa que, oficialmente, odiava o natal. E isso me prendeu rapidamente.

Jogos e desafios na Nova Iorque natalina

Quando chamei a série de vibe Sessão da Tarde, não estava brincando. Ela é bem levinha, com uma aparente história bobinha, e ótima para passar o tempo. E, às vezes, é exatamente esse tipo de produção que precisamos assistir.

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Na trama, Dash é um viciado em livros que está na sua biblioteca favorita em Nova Iorque, quando ele encontra com um caderno. Lá, ele acaba se deparando com a escrita de uma garota, que espera encontrar um rapaz interessante através desta comunicação. A ideia é poder conhecer um garoto com quem ela se conecte, além de aparências, e que eles se conheçam apenas por ali, realizando desafios e sem utilizar a internet, celular, ou redes sociais para ajudar.

Obviamente que estamos falando de Lily, a garota do título que plantou o desafio na biblioteca. Então, Dash topa participar da brincadeira, mais por estar intrigado em saber de quem se trata, em vez de estar procurando um amor. Mas ele se vê envolvido de forma tão forte nestes desafios que, em certo ponto, se pega pensando em Lily, sem ao menos conhece-la.

Condução dá o tom perfeito

Os desafios vão surgindo naturalmente quando, a cada episódio, entendemos um pouco mais dos dois protagonistas, sob a ótica deles. Lily, por exemplo, de descendência japonesa, quer viver uma vida adolescente diferente dos costumes e regras implantados, principalmente por seu avô. Isso me lembrou um pouco algumas características da série Eu Nunca, também da Netflix. É uma receita que pode se tornar batida, mas que ainda surte efeito ao mostrar culturas diferentes e o choque que elas têm com a cultura norte-americana.

Já Dash se enquadra naquele quesito “pobre menino rico”: ele tem uma vida extremamente confortável, embora ele não tenha uma conexão tão forte com seus pais – principalmente seu pai, a quem ele gostaria de ser mais próximo, como fica claro em um dos episódios. E mesmo que em grande parte dos episódios os dois protagonistas não se encontrem, o caderno e a comunicação entre eles faz com que a dupla esteja mais próxima do que nunca.

A série, sem dúvidas, ajuda a assimilar ainda mais a ideia – talvez até mais do que livro – mostrando uma simultaneidade entre as falas dos dois através do caderno. E isso funciona muito bem com a direção envolvente de Fred Savage (ator de Anos Incríveis), que dirigiu exatamente metade dos episódios da temporada – talvez os melhores.

Imagem: Divulgação.

É possível, sim, encontrar o amor

E mesmo que o natal muitas vezes fique em segundo plano – apesar de que a atmosfera e as incríveis canções estejam presentes -, a série quer mais passar uma mensagem de que é possível, sim, encontrar o amor, sem ligar muito para aparências, ou os padrões da sociedade, impostos principalmente pela internet e as redes sociais.

O “quê” de moda antiga, em que eles se conhecem, adicionando as culturais atuais e uma atmosfera com linguagem adolescente, faz de Dash e Lily uma série que poderá se tornar a queridinha do público da plataforma. E, ainda, ser uma daquelas atrações que se torna relevante para tal público, com uma mensagem positiva e importante.

O final ainda nos deixa apreensivos, e isso é muito bom para uma série: não perder o fôlego. E mesmo que o final seja surpreendente, deixando margem para um segundo ano, ao final da maratona, a sensação é de conforto. É este o propósito de Dash e Lily, que quer te confortar na “mais incrível época do natal”.

Missão cumprida!

Todos os episódios de Dash e Lily estão disponíveis na Netflix.

https://www.youtube.com/watch?v=rCJx5nPmRpo

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Sobre o autor

Anderson Narciso

Editor-chefe

Criador do Mix de Séries, atua hoje como redator e editor chefe do portal que está no ar desde 2014. Autor na internet desde 2011, passou pelos portais Tele Séries e Box de Séries, antes de criar o Mix. Formado em História pela UFJF e Mestre em História da Saúde pela Fiocruz/RJ, Anderson Narciso se aventurou no mundo da criação de conteúdo para Internet há 15 anos, onde passou a estudar sobre Google, SEO e outras técnicas de produção para web. É também certificado em Gestão Completa de Redes Sociais pela E-Dialog Comunicação Digital, além de estudar a prática de Growth Hack desde 2018, em que é certificado. Com o crescimento do site, e sua parceria com o portal UOL, passou a atuar na cobertura jornalística, realizando entrevistas nacionais e internacionais, cobertura de eventos para as redes sociais do Mix de Séries, entre outros. Atua como repórter no Rio de Janeiro e São Paulo, e pelo Mix já cobriu eventos como CCXP, Rock in Rio, além de ser convidados para coberturas e entrevistas presenciais nos Estúdios Globo, Netflix, Prime Vídeo, entre outros. No Mix de Séries, com experiência de dez anos, se especializou no nicho de séries e filmes. Hoje, como editor chefe, é o responsável por eleger as pautas diárias do portal, escolhendo os temas mais relevantes que ganham destaque tanto nas notícias quanto nas matérias especiais e críticas. Também atua como mediador entre a equipe, que está espalhada por todo o Brasil. Atuante no portal Mix de Séries diariamente, também atende trabalhos solicitados envolvendo crescimento de redes sociais, produção de textos para internet e web writing voltado para todos os nichos.