Crítica: Episódio 1×14 de The Good Doctor vem com caso peculiar e novos sentimentos
Review do décimo quarto episódio da primeira temporada de The Good Doctor, da ABC, intitulado "She".
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As emergências não param de chegar e nosso plantão semanal começou. Mais um dia concluído com grande sucesso. Mesmo que nós, médicos do Hospital St. Bonaventure, estejamos exaustos, foi uma noite memorável. Pois é, exatamente assim que me sinto ao finalizar um episódio. Você vive a tensão, o ódio, o sofrimento, o amor, a beleza da série junto aos seus personagens. Quantas vezes já não me peguei encabulado com os dizeres de Shaun ou emocionado com as palavras de Claire. A qualidade de uma produção está também nesse ponto. Além da trama, dos personagens, da trilha, da fotografia, temos a parte sentimental. Aquela que The Good Doctor sabe muito bem representar.
Foi exatamente assim que a série brincou com nossas cabeças nesta semana. Não apenas com casos curiosos, como sempre o fazem. Também trouxe um sentimento até hoje guardado perante a série: o ranço. Dr. Reznick conseguiu se provar uma perfeita antagonista a nossos médicos. Mas vocês querem saber? Isso é muito bom. De pessoas boas o mundo está cheio, mas, de pessoas como ela, está ainda mais recheado. Todos tivemos pela vida aquele colega de trabalho ou escola que sempre usa do benefício dos outros para o sucesso próprio. Ou então, que a ambição supera a humanidade. Em um âmbito hospitalar, isso está mais real do que imaginamos.
A disputa entre Dr. Melendez e Dra. Lim foi mais interna do que entre os grupos. Mesmo que tenha sido difícil acompanhar Dra. Browne tomar um 7×1 da loira, isso fez bem a garota. As palavras de Melendez no fim deram um choque de realidade a ela. Falando nisso, será que temos um casal em potencial? Já existem inúmeros pedidos de shippers na internet e acredito que isso pode estar encaminhando. Ela conduziu bem o caso e manteve a compostura. Não esperaríamos menos de nossa querida Claire. Já no outro grupo, a situação que fica é a seguinte:
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Mesmo com os deslizes, a vida tem criado um Shaun melhor dentro de sua condição
A sinceridade de nosso protagonista é algo dúbio. Invejável em certos momentos, embaraçosa em outros. Mas ainda assim, ele vem se provado um grande ser humano. Seu trabalho com Dr. Kalu foi bem conduzido, apesar das visões de mundo diferentes. Mas convenhamos, que caso complicado. Uma adolescente trans que exige seus direitos. Contudo, o que mais me impressiona nos roteiros é a solução aos casos. Desde a primeira semana, sempre tem uma possibilidade que eu nunca esperaria. Isso prova que o “laboratório” para a criação dos casos vem sendo bem conduzido.
Durante os quarenta e poucos minutos, conseguimos ver pontos sociais importantes. A questão da autonomia de gênero. Os pais apoiando os filhos em suas decisões sociais. Isso é mais do que muitos esperamos para um futuro. Viver em um mundo onde possamos conceder essa autonomia de bem-estar pessoal. Mas não foi apenas isso. Vimos a aceitação através do exemplo. Shaun passou a considerar Quinn uma garota depois de todo o convívio. Percebemos que, mesmo em sua ingenuidade, isso se provou o certo. Que a posição social de seu paciente está acima de seus preceitos biológicos.
O fechamento traz a emoção e diversão em pontos interessantes. É curioso ver como, ao fim de cada episódio, nos pegamos sorrindo com a ingenuidade de Shaun. A cena da piscina, com uma trilha sonora impecável e clássica a algumas séries, diverte e emociona. Assim, fechamos o ciclo de emoção intensa e nos preparamos para uma próxima semana repleta de ação. Aqui abaixo vai um pouco da promo para vocês entenderem o que eu estou falando. Até a próxima semana e continuem acompanhando o Mix para mais reviews e notícias. Até lá! 😀