Crítica: Episódio 7×11 de Scandal mostrou que o Salão Oval está cheio de cobras
Review do décimo primeiro episódio, da sétima temporada de Scandal, da ABC, intitulado "Army of One".
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Olivia Pope volta para onde nunca deveria ter saído.
Séries de TV são complicadas, em certa altura. Fazer diversas temporadas, ao longo dos anos, pode fazer com que um programa perca seu sentido. Scandal vinha sofrendo deste mal, e mais importante: em sua derradeira temporada. Mas eu torcia para que, em algum ponto, a história fizesse sentido. Os pontos se conectassem. E tudo fosse restabelecido. O episódio 7×11, “Arm of One“, veio para isso.
A grande lição do episódio foi que o Salão Oval está lotado de cobras, e o governo de Mellie ficará constantemente ameaçado enquanto essas pessoas estiverem lá. Prova disso foi que, em 42 minutos, ela sofreu diversas ameaças de “golpe” e quase foi deposta, a gosto e capricho de certos personagens. A fragilidade do governo me incomoda. “Como assim, qualquer um pode tomar o poder?“. Foi então que lembrei do cenário político no Brasil, e me vi envolvido com a trama de Scandal apresentada neste episódio.
Veneno de Cobra…
Jake, Olivia, Cyrus… Não sei quem ganhou no quesito “Erva Venenosa” neste episódio, mas confesso que foi um pouco excitante ver a “disputinha” entre Jake e Olivia. A Srta. Pope tinha boas cartas na mesa, e vê-la incriminar um “Bob Who” foi no mínimo engraçado. Quem diria que Jake e Vanessa tinham um casamento aberto? A cena no QPA foram dignas de boas risadas! Mais interessante ainda a saída proposta por Cyrus, que se mostrou inteligente, e despontou na corrida para ser a Cobra do Pedaço.
Ver Cyrus se voltar contra Mellie mostra o quão influenciável as pessoas são, e o quanto o poder corrompe as pessoas. Acho que, em certo ponto, isso fez Olivia despertar. Claro, ela não é inocente, e estava furioso com a personificação que ela havia se tornado. Mas eu sinto saudades da Olivia que aprendi a amar. É vergonhoso, porém, em certo ponto, até gostava do circo pegando fogo e Olivia estando por cima. Mas a Fixer que amamos não é assim.
Olivia, Jake, Cyrus… Todos corrompidos pelo poder supremo. Uma briga de egos, para ver quem se dava melhor. E no final, quem venceu foi o público. Pois, finalmente, este plot com Olivia “maquiavélica” e inescrupulosa foi vencido. Ela é melhor que todos. Como mesmo citou, no episódio passado, todos ali fizeram algo pior – em certo ponto – do que ela já havia feito. Logo, vê-la se misturando e descendo a este nível chegou a incomodar.
Em busca da redenção.
E se eu consegui perdoar todos, por seus atos inescrupulosos, porque não perdoar Olivia Pope? Acho que ela é a prova viva de que qualquer pessoa pode ser corrompida, mas ela estará para provar que todos merecem redenção.
A cena final, com sua resignação, foi incrível. Ela estava ali, com documentos na mão, prontos para derrubar Mellie. Até o último segundo eu pensei que ela seria capaz de derrubar a primeira Presidente mulher dos Estados Unidos. Mas Olivia Pope é melhor que isso, e esse tapa foi bem dado. Vê-la acenando sua cabeça para Marcus, sutilmente, foi um alívio IMENSO. Sabe, quando tiramos algo do peito? Foi exatamente assim. Então, já posso comemorar? nossa Olivia, do jeito que amamos, parece estar de volta!
E para fechar, não preciso nem dizer o quão as cenas da Quinn neste episódio foram incríveis. Fiquei aflito com o reencontro dela e de Olivia, mas preciso dizer que uma lágrima escorreu ao vê-la de volta na QPA. E, principalmente, ao ver Huck chorando ao ver a amiga. Me emocionei, e ele representou todo o público que estava torcendo para essa conclusão.
Com tudo entrando nos eixos, estamos mais do que prontos para o crossover entre Scandal e How To Get Away With Murder. Certamente, será um encontro de titãs!