Crítica: Final de Fuller House emociona com desfecho digno
Crítica da segunda parte da quinta temporada de Fuller House. Temporada será a última da série, e os nove últimos episódios estão disponíveis.
Fuller House chega ao fim
Seis meses após a estreia da primeira parte do quinto ano de Fuller House, a Netflix finalmente disponibilizou os nove episódios finais da série. A segunda parte da temporada final veio com muita nostalgia, diversão, e é claro, emoção do começo ao fim.
Após o épico pedido de casamento triplo que a série teve, chegou o momento dos preparativos para o evento mais esperado, não é mesmo? Com o acontecimento, foi explorado logo de cara uma questão que até então não havia sido tão destacada: a reação dos filhos de DJ.
Por mais que ela e Steve tenham uma história de décadas, um casamento é um importante passo. Devido a isso, logo presumi que tal assunto poderia ser explorado, e é claro que em duas camadas distintas, Jackson e Max. O filho do meio da veterinária teve um mix de emoções com a novidade, no entanto foi seu primogênito que acabou não absorvendo tão bem assim. Sinceramente eu esperava mesmo tal reação por parte do adolescente, mas felizmente tudo foi resolvido em apenas um episódio, com uma conversa pra lá de franca entre ele e Steve.
Outro destaque desse retorno, por incrível que pareça, foi Joey. O personagem decidiu fazer uma surpresa aos três casais de novos, mais precisamente os irmãos Gibbler. Por um instante fiquei animado com a hipótese de ver os pais de Kimmy e Jimmy, no entanto, tais expectativas foram por água abaixo. Seriam eles a Michelle? Será que Mary Kate e Ashley Olsen foram cotadas para interpretá-los? Brincadeiras a parte, fica o questionamento.
A evolução das “crianças”
Uma das coisas que gostei de ver foi o destaque em cima do elenco infantil, que agora podemos dizer juvenil. Eu juro que me senti um idoso, na moral, com os episódios que abordam a possibilidade de Ramona e Jackson irem para a faculdade. Mas, gente?
Max, após a temporada passada ter ficado insuportável, voltou a ter aquele brilho que tinha no começo da série. Entretanto, confesso que foi estranho vê-lo grande e com a voz em mudança constante. Pelo menos ele voltou com a sua essência original, mesmo que em um episódio distinto – mais precisamente o 5×14 – Basic Training – ele tenha fugido um pouco disso. No entanto gostei de terem abordado, mesmo que de forma rasa, o bullying na escola como tema, mas gostei ainda mais de como a trama em questão chegou ao fim, com um belíssimo discurso de Kimmy.
A amizade de Jackson e Ramona foi outro destaque, mais forte que nunca. Amei acompanhar todo amadurecimento dos dois, assim como a evolução desse relacionamento fraternal. Ele fingindo que estava doente para que a amiga tivesse a chance de brilhar no musical do colégio me emocionou por demais, e já me fez sentir uma saudade danada.
Já o pequeno Tommy, coitado, por mais que seja uma gracinha, não conquistou. Muitas das vezes ele pareceu um mero figurante, e toda aquela expectativa que eu coloquei no início das minhas reviews de que ele seria a nova Michelle foi por água abaixo.
Nostalgia e referências
Quando falamos de Fuller House, é claro que a nostalgia é um dos principais assuntos em pauta. Porém nessa reta final da série, isso foi algo muito mais além.
Na minha opinião a melhor parte, com certeza, foi no episódio de Ação de Graças, o décimo segundo da temporada. Stephanie decidiu preparar todo o jantar, mas acabou sendo subestimada por DJ por conta disso.
O resultado? Após discutir com a irmã, ela decide sair com o carro de Joey, o mesmo que ele tinha desde os tempos de Full House. Entretanto o melhor aconteceu depois, quando novamente ela engata a ré, recriando a icônica cena da série mãe, com o veículo entrando na cozinha. Eu simplesmente pirei com isso, ainda mais com Tommy entrando após o ocorrido, tendo a mesma reação que Michelle teve anos atrás.
Ainda nesse episódio, Danny, Jesse e Joey tiveram seu próprio momento de destaque, nos fazendo voltar aos tempos de Full House. Como foi bom acompanhar o plot deles presos em um frigorífico, com trazendo essa nostalgia também.
Mais adiante, no décimo sexto episódio, Jackson, Ramona e Max criaram um quiz entre os casais, nos mesmos moldes que DJ e Steve participaram na adolescência. Nele relembramos alguns momentos de cada um deles, no entanto foi Jimmy que se sobressaiu, ao refazer a coreografia da música “Love Shack”, feito por sua amada na infância.
O penúltimo episódio da série me deixou extremamente choroso, uma por conta do anúncio que Stephanie e Kimmy se mudariam após o casamento, mas também por conta novamente da nostalgia. O trio de protagonistas acabaram encontrando várias relíquias, como o lendário telefone de lábio da DJ, a roupa de abelha da Steph, a bicicleta de Michelle – com direito a um último shade às gêmeas Olsen -, entre outras coisas.
Chegou o grande momento!
O series finale, como de se imaginar, rendeu inúmeros momentos pra lá de emocionantes. Contudo, os noivos da vez passaram por alguns perrengues, como o fechamento do lugar onde a cerimônia seria realizada, como cancelamento dos serviços de cabelo e maquiagem, assim como o pastor que conduziria os matrimônios. Felizmente os personagens conseguiram se desdobrar à medida do possível, e tudo saiu dentro dos conformes.
Uma coisa que gostei da cerimônia foi como cada noiva entrou. DJ entrou com seu pai, enquanto Stephanie com tio Jesse e por fim Kimmy com Joey. Por que eu gostei? Simples, foi a representação mais que lógica e evidente do que cada uma delas foi equivalente ao trio de protagonistas de Full House nesse revival.
Os casamentos acabaram sendo conduzidos por Joe McIntyre, integrante do New Kids On The Block e crush famoso das três. O evento contou com inúmeros rostos conhecidos tanto de Full House, quanto de Fuller House. CJ, Rose (que está gigante, meu Deus), Popko, Lola, Gia, Matt e Vicky foram alguns dos convidados presentes. Entretanto tivemos as ausências dos filhos de Jesse, Becky – claro que Lori Loughlin teria amado fazer parte desse desfecho, mas quem acompanha o nosso site sabe de suas últimas polêmicas – e principalmente Michelle.
Sério, fico inconformado com tal pouco caso das gêmeas Olsen, e confesso que fui Alice de acreditar que a personagem aparecia de surpresa nos instantes finais. Por um momento pensei que ela conduziria a cerimônia, mas novamente meu modo trouxa esteve mais ativado que nunca.
O evento também serviu para colocar o fim merecido a Full House, que não teve seu series finale.
Chegou a hora do adeus?
Passado o casamento, chegou a hora da despedida final. Confesso que fiquei extremamente desidratado, doeu ver o desfecho dessa história. Entretanto jamais esperei a hipótese de Kimmy e Stephanie continuarem na casa, ainda mais com DJ aceitando isso.
Foi uma surpresa enorme, pois já imaginei algo meio estilo final de Friends, mas tendo apenas DJ com o marido e os filhos. Mas as surpresas não pararam aí, com o anúncio que Stephanie finalmente conseguiu engravidar. Aí que me acabei de chorar.
Aposto alto minhas fichas que daqui uns 10/15 anos teremos mais um revival, mas com uma proposta diferente. Algo do tipo Stephanie tendo que lidar com os filhos, mas divorciada de Jimmy e contando com a ajuda de Max e Ramona, ou Jackson e Ramona. Seria uma proposta totalmente diferente, mas que talvez nem seja utilizada. Entretanto, esse final deixou sim um gostinho de quero mais, com gancho para uma possível continuação no futuro.
Foi uma honra ter resenhado Fuller House, desde o começo aqui no Mix de Séries, e ter vocês me acompanhando nessa saga. Muito obrigado!
A porta? It’s always open!
Aproveite e continue acompanhando todas as novidades do mundo das séries aqui no Mix de Séries.