Crítica: Primeira parte da 5ª temporada de Fuller House é divertida e emocionante

Crítica da primeira parte da quinta temporada de Fuller House. Temporada será a última da série, e os nove primeiros episódios estão disponíveis.

Imagem da 5 temporada de Fuller House
Imagem: Netflix/Divulgação

Fuller House começou bem sua despedida

A hora do adeus começou para os Fuller, e a porta de Fuller House sempre estará aberta. Pelo menos por enquanto.

A Netflix estreou a primeira parte da quinta – e última temporada – da comédia, e preciso dizer que o resultado foi bastante satisfatório. Fuller House, na verdade, sempre foi uma série despretensiosa. Daquelas que você pode assistir enquanto faz outra coisa. Porém, isso nunca tirou o mérito dela.

Com a missão de resgatar a essência do que a atração original foi, Fuller House sempre seguiu os passos de Full House, mas conseguiu andar por pernas próprias. A quinta temporada, sem dúvidas, é o atestado de que a atração criou sua marca própria, sem precisar necessariamente se tornar uma cópia da série mãe.

Personagens bem explorados

Mesmo que não pareça, Fuller House tem uma maturidade em explorar bem seus personagens. Na temporada passada, tivemos a barriga de aluguel de Kimmy para Stephanie que talvez tenha sido uma das melhores sacadas de toda a produção. Neste ano, a paternidade de Steph e Jimmy entrou em pauta.

O rapaz acabou ficando na estrada por um tempo, a trabalho, deixando Stephanie na mão. A ideia seria colocar ela sozinha cuidando de uma criança e precisando da ajuda de DJ e Kimmy para cuidar do bebê. Mas Fuller House fugiu um pouco do óbvio, optando por dar mais histórias para os coadjuvantes. Foi então que o texto, de forma incrível, uniu Jimmy, Fernando e Steve para um negócio local – em uma ótima sacada, que rendeu boas cenas para ambos os personagens.

Claro, muitas falas soam bobinhas ou cenas que resultam em momentos constrangedores: os flashmobs, por exemplo, são ápices que eu simplesmente removeria da história; mas no final das contas, você para e pensa que, de alguma forma, sentirá falta daquilo tudo.

As crianças – que já estão adolescentes – também tiveram ótimos momentos: Max cantando “Torn” já ganhou o pódio, enquanto Ramona continua sensata e maravilhosa (a sacada da “comunidade” logo no primeiro episódio é ótimo), e Jackson não está tão bobão mais assim – apesar de que garotos, de forma natural, sempre são. Mas ele está ótimo, e sua dinâmica com Rocky finalmente concedeu boas histórias para a série.

DJ e a sua evolução

Existe um protagonismo dividido entre Kimmy, Stephanie e DJ, mas sabemos que de alguma forma essa sempre fora a história da última. E Donna Jo foi uma das personagens que mais evoluiu. Ela começou a série um tanto “chatinha”, bem piegas, para não exagerar. Mas ela se tornou uma pessoa infinitamente melhor nestes cinco anos. Sua história com Steve é envolvente e fecha um ciclo que começou lá na Full House original.

Mas não é somente com o par que ela melhorou. Ela, por si só, obteve momentos incrivelmente engraçados ou encantadores. Ela dançando na boate que a música foi proibida (oi, Footloose), ou na aula de culinária, ou simplesmente conseguindo uma audição para Stephanie. DJ se tornou uma das melhores personagens da série e ver o universo conspirando para que ela obtenha seu final feliz é bem satisfatório para os fãs (sem spoilers, mas o episódio 9 serve justamente para isso).

Ela também criou um laço com seus filhos de forma muito bonita. O episódio em que ela se conecta com Jackson, fingindo ser um amigo de video-game é muito bacana, e mostra que por mais que exista uma distância nas relações de amizade entre mães e filhos, qualquer gelo pode ser quebrado. É possível ter essa amizade, e Fuller House nos ensina isso. Aliás, para que serviria essa série se não fosse para falar em como ser amigos?

Como vai acabar?

Apenas alertando que darei pequenos spoilers a partir daqui, Fuller House traçou o caminho até o seu final. Agora, teremos um casamento triplo para Kimmy, Stephanie e DJ. Elas encontraram a felicidade em pessoas amadas e queridas, deixando o espectador com um sorrisão no rosto após o fim da primeira parte.

Estou empolgado para ver a cerimônia, embora eu ache que vai ser super estranho Stephanie e DJ casarem sem a presença de Michelle (Danny fez até uma piada sobre ter três filhas novamente). Mas acontece. Vamos precisar fingir, mais uma vez, que Michelle estava ocupada demais, ou que perdeu o voo a caminho da cerimônia.

Aliás, falando nos personagens antigos, Jesse e Joey ficaram de fora desta primeira parte e sinceramente não fizeram falta. O tempo deles na trama talvez tenha expirado, e estamos felizes com as rápidas aparições. O mesmo de Rebecca, embora sabemos que o buraco é mais embaixo em relação a atriz Lori Loughlin, que foi demitida após ela se envolver em um escândalo de suborno para admissões em faculdades nos Estados Unidos.

Haverá uma segunda parte, com mais nove episódios, que será lançada em algum momento de 2020 (talvez no começo, uma vez que os episódios já foram gravados). Partindo das muitas emoções e alegrias que vivemos nestes capítulos, realmente estou empolgado para ver como tudo vai acabar. E vocês?

 

Sobre o autor
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Anderson Narciso

Criador do Mix de Séries, atua hoje como redator e editor chefe do portal que está no ar desde 2014.Autor na internet desde 2011, passou pelos portais TeleSéries e Box de Séries.Fã de carteirinha de Friends, ER e One Tree Hill, é aficionado pelo mundo dos seriados. Também é fã de procedurais, sabendo tudo sobre o universo das séries Chicago, Grey's Anatomy, entre outras.

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