Crítica: Grandes reviravoltas aquecem o 3×05 de Preacher
Review do quinto episódio da terceira temporada de Preacher, da AMC, intitulado "The Coffin".
Herr Starr com medo de alguém, sapateado de Humperdoo e vidas entrelaçadas ditam o ritmo desse episódio sensacional.
Algo que venho percebendo ao longo dessa temporada é o quanto a Tulip tem sido um personagem relevante para a série. No começo, eu não achava que ela teria tanta importância para o desenrolar da trama. Agora, ela é quase uma profeta, recebendo visões do próprio Deus.
Brigar ao som de “Werewolves Of London” foi uma ótima ideia. Eu aprecio muito esses contrastes que a série traz com momentos de fúria e músicas calmas ou relaxantes. Será que Jesse ganhará de Jody, pelo menos uma vez? A estratégia da escova de dente com o delineador também merece um destaque pela criatividade de Tulip… Ri muito!
O Grande Pai.
“O treinamento do nosso Messias, talvez demore um pouco. Mas não muito mais do que esperávamos… um ano, talvez cinco…” – Herr Starr.
Foi uma surpresa bem agradável ver quem era o “chefe” e Starr. O gordão consegue colocar uma expressão de medo na face de um homem que já é medonho por natureza. Fiquei imaginando quais os limites de sadismo do cara. Qual seria a reação do Grande Pai ao saber que o poder do Preacher é real e que Starr mentiu para ele?
Quando Starr falou da “habilidade” de Humperdoo, eu fiquei me perguntando o que seria. Confesso que nunca teria imaginado algo no estilo “Dança dos Famosos”. Com o detalhe de que era o Hoover no vocal e no teclado. Um belo show de talentos, não acham?
As aventuras amorosas de Cassidy, o vampiro.
Antes de qualquer coisa, só queria dizer que Joseph Gilgun é um cara muito talentoso. Do tipo que parece que nasceu para o papel que interpreta. Impressiono-me de como a feição dele demonstra uma vida devassa e sem limites. A forma como ele se expressa e o jeitão desengonçado, sempre com roupas desproporcionais. Essas características fazem com que o personagem fique cada vez mais interessante.
Agora vamos ao que interessa. Quem diria que Cass tentaria esquecer a Tulip e seguir em frente, não é mesmo? Achei bem suspeito aquele “Tinder vampiresco”. No começo, acreditei na moça e fiquei feliz por Cass conseguir alguém como ele. Depois, fiquei imaginando se ela não estaria atrás dele para matá-lo, tipo aquelas pessoas que apareceram no começo da primeira temporada. E isso me fez lembrar que o vampiro nunca mais foi caçado, e ainda nem sabemos muito sobre quem o caçava. Seria legal se a série desse uma atenção para o passado dele. Acho que teriam muita coisa para explorar.
As Mutretas de Angelville.
Jesse indo parar no caixote do castigo, depois da briga com Jody, foi meio triste. Os nomes talhados, a “brincadeira” de lembrar as capitais dos estados americanos para o tempo passar e o nome de Tulip bem grande na madeira deixaram o clima ainda mais triste. Quem será aquele pistoleiro da imaginação de Jesse? Será que é alguém importante para a trama? Sei que ele teve grande importância para o plano – mirabolante – de fuga de Jesse, mas será que ele é alguém da vida real do Preacher?
Tulip vs. Madame L’Angelle.
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A briga de Tulip com a velha L’Angelle foi, realmente, de tirar o fôlego. De onde a velha tirou forças para lutar pau a pau com a namorada de Jesse? De repente, nem a bolsa de colostomia foi um problema para as duas entrarem em um embate ferrenho.
Quando a velha caiu morta, achei que tudo estaria acabado. A sacada de entrelaçar a vida das duas foi sensacional! Ponto para a vovó de Custer, no quesito “maquiavelice”.
Eu quero ver agora como vão ficar as coisas em Angelville. Agora que a Madame L’Angelle precisa de um petisquinho de alma fresca para não morrer – e levar Tulip consigo!
Vamos esperar para ver. Até a próxima!