Crítica: Star Trek Discovery nos leva ao futuro no começo da terceira temporada

Crítica da estreia da terceira temporada de Star Trek Discovery. Confira nossas impressões sobre o começo da temporada com spoilers.

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Imagem: CBS/SpoilerTV.

Star Trek Discovery retorna!

Depois de longos 18 meses, a terceira temporada de Star Trek Discovery finalmente estreou. Os três primeiros episódios funcionaram bem como uma introdução a essa nova fase da série.

Após os acontecimentos do final da segunda temporada (derrota do Controle e viagem para o futuro), a série decidiu nos apresentar três episódios introdutórios, em vez de um. Como se fossem três arcos inaugurais, cada episódio teve um foco. Enquanto o primeiro foi dedicado à chegada de Burnham ao futuro, o segundo focou na chegada dos demais tripulantes da USS Discovery. Já o terceiro marcou o reencontro de todos e nos deu uma ideia do que esperar para essa temporada.

Burnham e Book

Primeiro ponto que gostaria de destacar é Cleveland Booker, ou Book para os mais chegados. O mais novo personagem de Discovery parece ter sido escolhido de forma bem criteriosa. Ainda que saibamos pouco sobre o transportador, não consigo pensar em um personagem melhor para ser o guia de Burnham nesse futuro distante.

A química entre os atores é observável logo no primeiro encontro entre os personagens. Após duas temporadas de um relacionamento confuso com Tyler, Michael parece ter encontrado um parceiro (ainda não romântico) que parece entendê-la.

A decisão de colocarem a comandante chegando um ano antes dos demais integrantes da USS Discovery parece ter sido outra decisão acertada da série. Além disso, outro ponto interessante foi o de decidirem “ocultar”, pelo menos por enquanto, esse período em que Michael ficou na companhia apenas de Book. Isso deve render bons e importantes flashbacks ao longo da série.

Star Trek: Discovery | 3x01 - That Hope Is You, Part 1 | Arroba Nerd
Imagem: Divulgação.

O futuro

Como já havia comentado no texto sobre o season finale da temporada passada, a viagem ao futuro foi a melhor justificativa para a omissão em relação à Discovery em todos esses anos de Star Trek. A partir de agora a série se torna completamente independente das outras séries desse universo fictício. Podendo, assim, escrever sua própria história, sem se preocupar com continuidade ou sentido em relação ao que acontece na franquia.

Entretanto, foi corajoso terem colocado os personagens num futuro 900 anos a frente do que estavam acostumados. Afinal, é um futuro muito mais distante do que a franquia vem nos apresentando nessas últimas décadas. Voyager, por exemplo, teve sua história acontecendo entre os anos de 2371 e 2378, quase 800 anos antes do ano 3188, apresentado nesse início de temporada de Discovery.

Ainda que saibamos pouco sobre esse futuro, uma coisa é certa: ele é muito mais avançado do que o que os personagens estavam acostumados. E olha que estamos falando de Star Trek! Teletransportadores portáteis e reconstituição de matéria mais rápida que o preparo de um miojo foram algumas das novas tecnologias apresentadas. Acredito que outras inovações ainda serão mostradas ao longo da temporada.  O que deixa a série ainda mais interessante.

O fim da Federação e uma nova ordem no quadrante

Nesses episódios, descobrimos que uma grande combustão praticamente acabou com a Federação Unida dos Planetas, restando mais sua memória do que a organização propriamente dita. Com isso, parece que cada povo está lidando de forma independente e com pouca diplomacia entre eles. Pelo menos é o que o terceiro episódio nos mostrou em relação à Terra.

Antes sede da Federação, o planeta agora resolveu garantir sua própria sobrevivência se isolando dos demais e fortalecendo suas defesas contra possíveis inimigos. Isso fez com que não percebesse que o povo instalado em Titã estava precisando de ajuda, por exemplo. Em contrapartida, os “exilados” da Terra se tornaram uma espécie de gangue espacial em busca de sobrevivência.

Em substituição aos acordos diplomáticos da Federação, agora o que se tem é uma espécie de escambo intergaláctico. Os transportadores são responsáveis por levar itens coletados – e muitas vezes roubados – para que possam ser trocados por dilítio, mineral fundamental para o funcionamento dos motores de dobra e que foi quase exterminado durante a combustão.

Ainda é cedo para se ter uma real noção sobre o futuro de Star Trek Discovery, mas esse começo manteve a qualidade característica das temporadas anteriores tanto na história, quanto nas interpretações e na beleza visual.

Continue acompanhando as reviews e notícias sobre a série aqui no Mix de Séries. Uma vida longa e próspera à Star Trek!

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Sobre o autor
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Matheus Ronconi

Paulista, nerd, viciado em séries e fã do Rei Leão e do Homem-Aranha. No Mix escrevo sobre The Big Bang Theory e Star Trek: Discovery.

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