Crítica: The Flash estreia sua quinta temporada no clima do Piloto com 5×01 – “Nora”

Review do primeiro episódio da da quinta temporada de The Flash, da The CW, intitulado "Nora"

Imagem: The CW/Divulgação
Imagem: The CW/Divulgação

My name is Nora West-Allen, and I’m the fastest woman alive.

The Flash chegou a sua quinta temporada mais uma vez resgatando a suas origens. Uma escolha muito bem acertada após o grandioso evento do episódio anterior. Esta première lembrou bastante o episódio piloto da série e trouxe aquela sensação de nostalgia ao vermos a apresentação de um novo herói, o embate com o vilão da semana e um rápido gostinho do que será a trama central da temporada.

O quinto ano começou exatamente no ponto em que sua antecessora terminou. Um cliffhanger até então atípico para The Flash, que costuma terminar com alguma situação catastrófica. A chegada de Nora, filha de Barry e Íris, que veio do futuro, foi uma boa adição ao Time Flash. Jessica Parker Kennedy, confirmada como personagem regular nesse novo ano, trouxe uma dinâmica interessante ao elenco. Além de ser carismática, a personagem traz novas dinâmicas no relacionamento da família.

Desde a temporada anterior, o foco da série passou a ser o amadurecimento de Barry como herói e no que diz respeito às relações humanas. Seja como filho, como amigo e como esposo. O próximo passo seria como pai, mas como em séries de heróis nada é convencional, a chegada de uma filha adulta vinda do futuro mostrará um lado divertido e interessante para Barry e Iris. Como já pudemos ver um pouquinho neste episódio. Nora ainda tem guardado segredos, e faz todo sentido quando se trata de mexer com a linha do tempo. Nora não viajou no tempo à toa e a razão dela estar ali e a situação em que o futuro se encontra serão a trama central desta quinta temporada.

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Mesmo se tratando de viagem no tempo e linhas temporais, The Flash parece estar aos poucos descomplicando os conceitos científicos que permeiam as histórias do herói. Encontraram soluções simples e uma desculpa para poderem mexer na linha do tempo sem que isso cause outro Flashpoint.

O episódio mostrou também como é possível sim usar não só dois, mas três velocistas em uma mesma série. Toda a sequência em que Flash, Kid Flash e XS tentam parar um avião que está caindo sobre a cidade foi muito empolgante. Esta foi a cena citada por Grant Gustin em recentes entrevistas e que foi tirada direto dos quadrinhos (vide Flash Novos 52 #3). Prova de que a Família Flash pode vir a acontecer na série e de que Wally tem sim espaço para si nela.

Aos poucos os mistérios envolvendo o passado de Caitlin vão começar a ser desvendados e parece que em breve conheceremos seu pai. Quem esteve de fora foi Tom Cavanagh, mas o episódio fez uma grande homenagem ao seu personagem em um momento de grande importância.

Muito ainda será introduzido nos próximos episódios. Cicada só deu as caras nos minutos finais do episódio, mas já deu um prévia do que está por vir. Muito bom que os roteiristas tem tentado usar mais vilões que não sejam velocistas e parece que Chris Klein como Cicada será mais uma ótima adição para este ano. The Flash tem tudo para ter uma temporada ainda melhor que a anterior.

Imagem: The CW/Divulgação

CURIOSIDADES:

– Nos quadrinhos, o alter ego de XS é Jenni Ognats, a neta de Barry Allen, filha de Dawn Allen. Ela também é prima de Bart Allen, o Impulso e segundo Kid Flash. XS é membro da Legião de Super-heróis.

– Nos quadrinhos, o alter ego de Gridlock é Abner Girdler, um homem que trabalhava com planejamento urbano e tecnologia de transportes para a empresa Technodyne. Para sabotar os planos de seu ex-chefe, usou a tecnologia que desenvolveu para roubar energia cinética de pessoas e objetos. Foi derrotado pelo velocista Impulso, o Bart Allen.

– O novo uniforme do anel do Flash foi feito por Ryan Choi no futuro. Nos quadrinhos, Ryan é estudante de Ray Palmer e seu sucessor como Átomo. Apareceu pela primeira vez em Brave New World em agosto de 2006.

– Nora cita o Relâmpago (Lightning Lad). Nos quadrinhos, o herói é um dos três membros fundadores da Legião dos Super-heróis. Seu nome é Garth Ranzz.

– Nora cita Mob Rule, um grupo composto por dezenas de clones de um velho amigo de Barry, Manuel Lago. Sua primeira aparição foi em novembro de 2011 nos Novos 52.

– Ralph menciona a possibilidade de Barry criar uma linha do tempo onde ele morre na explosão do acelerador de partículas. Antes de criar o Flashpoint, Ralph morreu de fato na explosão como citado no episódio 1×07 – “Power Outage”.

– Iris diz que Barry viajou para 2020 para descobrir a identidade de Savitar. Mas no episódio 3×19 – “The Once and Future Flash” ele viaja para 2024.

– Barry diz “Nora não deveria estar aqui”, uma das frases dita por ele após sair da Força de Aceleração no 4×01.

– Nora diz que Barry desapareceu durante a Crise em 2024 e ainda não voltou depois de 25 anos. Nos quadrinhos, Barry Allen foi morto durante a Crise nas Terras Infinitas em 1985/86 e só voltou na Crise Final em 2008.

– Bastidores:

– Nora menciona uma batalha entre Tubarão-Rei e Grodd no futuro. O produtor executivo Tobb Helbing mencionou a possibilidade desses dois se unirem na segunda metade dessa temporada.

– Caitlin diz que os poderes de Gridlock não funcionam em gravidade zero porque não há energia cinética. Corpos tem energia cinética em virtude de estarem em movimento e corpos podem se movimentar em gravidade zero. Como astronautas, por exemplo.

– Referências Nerds:

  1. Barry fica preocupado que Nora possa desaparecer como Marty McFly (De Volta para o Futuro – 1985).
  2. Nessa hora, Iris pensa que Barry está falando de O Exterminador do Futuro 2: O Julgamento Final (1991).
  3. Ralph diz que possa existir um universo paralelo onde o último filme do Indiana Jones nunca foi feito (2008).
  4. Cisco chama Nora de Billy Pilgrim, personagem de Matadouro Cinco (1972).
  5. Cisco disse “Damn, Gina!”, frase da série Martin (1992).
  6. A gíria que Nora usa “schway” originou-se na animação Batman Beyond (1999).
Sobre o autor

Álefe Cintra

Redação

Álefe Cintra é jornalista e apaixonado por séries. Criador de conteúdo para mídias sociais, é especialista em redação para SEO. No Mix de Séries atua como redator desde 2018, tendo passado pelas mais diversas áreas. Por cinco anos, cobriu as séries do "Arrowverso", resenhando produções como Arrow, The Flash, Supergirl, entre outras. Atualmente é o responsável por cobrir áreas relacionadas a DC Comics e super-herois no portal.Bacharel em Comunicação Social pela UniSEB COC em 2010, desde 2022 é estudante de Marketing Digital pela Universidade de Illinois. Atualmente, reside fora do Brasil, estando em Almada, Portugal. Álefe, além disso, é um redator com experiência em produção de conteúdo digital, reportagem e conteúdo jornalístico, crítica de entretenimento e produção editorial.No Mix de Séries, através de sua trajetória de mais de seis anos, aprendeu diversas técnicas de escritas para internet, e se especializou na cobertura de eventos, lançamentos e redação sobre séries de TV, com foco na cobertura de produções voltada para o público geek e nerd. Também atua como copywriter freelancer em outros projetos.