Crítica: The Resident entrega brilhante e emocionante episódio com 2×20
Crítica do episódio 2x20 de The Resident, If Not Now, When?.
Um episódio que entra para a história de The Resident
The Resident entregou nesta semana um episódio poderoso. E em um momento em que o rompimento de Nic e Conrad acontece, tal trama acaba ficando em escanteio frente a emocionante história dos pacientes.
Tiroteio agita o começo do episódio
O episódio começa com um tiroteio que resulta em um acidente de carro. Infelizmente, mãe e filho que estavam no veículo são atingidos, enquanto o pai fica em choque. Todos são encaminhados pro Chastain, e com um detalhe: Nic estava no local, e se não tivesse parado o carro um pouco antes para refletir sobre seu término, teria sido ela a atingida. Dessa forma, este caso serviu para tratar sobre a questão de que, às vezes, podemos estar no lugar errado e na hora errada. Bem como o inverso.
Bell e Voss são designados para cuidarem do garoto, que acaba ficando com uma bala na espinha. Isso compromete seus movimentos, e ele se encontrou durante boa parte do episódio entre a vida e a morte. A mãe também quase morre, mas ambos os pacientes conseguem ser salvos. Um final feliz – que depois é refletido pelos personagens.
Problemas mais do que pessoais
Enquanto isso, quem passa por um próprio drama médico é Nic. Mais especificamente sua irmã, Jesse. Isso porque os rins da garota estão falhando, devido as consequências dos experimentos que ela chegou a fazer no Chastain. Dessa forma, ela terá que fazer diálise para sempre – a menos que ela consiga um transplante de rins. Porém, o transplante é uma opção somente seis meses depois, por causa das drogas.
Nic, mais uma vez, exerce a super heroína, para tentar salvar sua irmã. Essas atitudes, de “tentar salvar a todos”, inclusive, é questionada por Conrad em certo ponto. Isso, certamente, atrapalha a vulnerabilidade da personagem e a sua forma de se abrir para a relação com o médico. No final das contas, Nic vai querer doar um de seus rins, mesmo que Jesse tenha a chance de usar drogas novamente e fazer do transplante em vão. Mas é a última chance de vida para a garota, e Nic quer mostrar que dará um voto de confiança nela.
Um caso para emocionar
Entretanto, o caso mais importante – e emocionante do episódio – fica com Pravesh. Ele é designado para faze seu primeiro parto, como assistente. Mas logo no procedimento, ele nota uma característica do obstetra que lhe chama atenção: o médico faz um comentário preconceituoso com a etnia de Devon. Além disso, o medico é prepotente, reafirmando a todo momento que fez milhares de partos.
Pravesh relevou o comentário sobre sua etnia, e foca-se na paciente. Ele acaba notando um sangramento pós parto. O marido também nota algo errado e ninguém lhes ajuda. Se não fosse pelo empenho de Pravesh, a mãe não receberia qualquer atenção. E eis o motivo: a recém mamãe era negra. Sim, o caso trata de segregação racial.
O cirurgião obstetra é branco, bem como a enfermeira chefe do andar. E eles acabam praticando um preconceito racial que resulta na vida da paciente. Mesmo Pravesh identificando o sangramento, foi tarde demais: a mãe não conseguiu ser salva.
Dessa forma, o episódio reflete que no mesmo dia em que eles salvaram uma mãe e filho que estavam quase morrendo, baleados, uma mãe saudável que havia dado a luz morreu. E por um erro médico – bem como, por preconceito. A trama acaba apresentando uma carga emocional bem grande, principalmente porque foi baseada em uma história real.
Acerto
O episódio tratou de uma pauta importante, uma vez que as mulheres negras têm estatisticamente mais chances de morrerem durante um parto, puramente por conta de preconceitos. E tornou o episódio extremamente atraente ao mostrar no final imagens do caso real que inspirou a trama. Triste, emocionante, mas necessário.
The Resident acertou em cheio, e este sem dúvidas já é um dos melhores episódios da série. Um capítulo necessário, não só para a televisão norte-americana, mas para o mundo.