Fãs da Netflix, fiquem atentos: Operadoras voltam a falar em limitar internet banda larga
Pauta que causou polêmica em 2016, limitação da internet banda larga volta a ser discussão e ameaça o reino dos que vivem fazendo maratona na Netflix.
Mundo onde a internet Fixa/Banda-Larga funciona de forma limitada ainda será possível.
Lembra que em 2016 um debate em torno da limitação da internet banda larga criou bastante burburinho no Brasil? Pois é, este assunto está voltando, e poderá refletir no corte em um breve espaço de tempo, caso as propostas sigam em frente.
Ao que tudo indica, as operadoras não desistiram da ideia de limitar a internet banda larga no Brasil, e a finalidade seria de controlar o gasto desenfreado de tal consumo. E isso resultaria em apenas uma coisa: a limitação da maratona de séries e uso de serviços de streaming, como a Netflix.
Em reportagem levantada pelo UOL, Luiz Otávio Prates, presidente do Sindicato Nacional das Empresas de Telecomunicações por Satélite (Sindisat), fez uma comparação inusitada: para ele, o uso ilimitado de internet é parecido com pesca desenfreada em um rio – uma internet sem limite de dados causa algum tipo de escassez na rede.
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“O uso irrestrito condena um recurso. Outro dia vi que tiveram que segurar a pesca num rio porque os peixes acabaram. Exploraram tanto que tiveram que parar, com a polícia mesmo, com ordem judicial. É importante nessa hora falar da franquia de dados,” disse.
Tema voltou a ser pauta de discussões…
Após ser vetado pela própria Anatel em 2016, o tema está em discussão novamente. A matéria do UOL Tecnologia apurou que a Abrint e Sindisat, ao lado de grandes operadoras e as organizações que as representam, pressionaram a Anatel para que o tema fosse recolocado em discussão, afim de que posteriormente seja aprovado.
Em 2017, mais de 14 mil contribuições em uma consulta pública foram recebidas pela pela agência reguladora, e de acordo com a publicação essas contribuições estão abertas novamente desde o dia 06 de março. O prazo é até setembro de 2018, para que novas contribuições de entidades do ramo e de defesa do consumidor se manifestem.
Até lá, a Anatel poderá tomar uma nova decisão, e fala-se que o prazo próximos as eleições facilitaria a tomada de uma medida impopular. Desta forma, a imposição de limitar a internet não seria algo fora da realidade.
A ideia seria trabalhar o “mínimo para Franquia”, de acordo com Basilio Perez, presidente da Abrint, e que a medida seja implementada sem abuso. Mas até quando isso será medido?
Ver Netflix de forma ilimitada não seria mais possível.
“Quem está vendendo internet está comprando de alguém. Não existe um local de onde você recebe internet de graça. Como você (provedor) tem uma conta para pagar, esta será ampliada se você (usuário) tiver um uso exacerbado“, explicou.
Na prática, uma pessoa poderia assistir a Netflix em uma TV de 55 polegadas, mas quando a internet parasse, ela continuaria assistindo no celular. Para ele, o decente seria o mínimo de 500 GB para cima, o que permitira 2h30 de Netflix diariamente, todos os dias do mês. Mas isso está longe da realidade de que algumas operadoras oferecem, chegando a no máximo 80 GB de franquia mensal.
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O Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal (SindiTelebrasil), que representa as operadoras de telefonia (também provedoras de internet), disse que “no momento não está se manifestando sobre o caso“.
E vocês, o que acham da ideia? Poderá ir para frente?