Gotham exibe último episódio: entenda importância da série para o Batman

Gotham marcou retorno do universo Batman para a TV.

Imagem: FOX/Divulgação

Final de Gotham encerra trajetória de 5 temporadas da série

Vai ao ar hoje (25) nos EUA o último episódio de Gotham, pela FOX. Após cinco temporadas, o drama se despede do público concluindo a jornada de Bruce Wayne e sua formação para se transformar no Batman.

A série, que estreou em 2014, tinha uma proposta bastante diferente – e ao mesmo tempo clichê, em contar o passado do homem morcego. Entretanto, a série não era sobre Bruce Wayne, ou Batman em si. Mas, de uma personagem que sempre esteve nas histórias do Morcegão e que, talvez, nunca tenha ganhado tanto destaque: a própria Gotham City.

Um novo clichê

No início, Gotham demorou para encontrar seu tom. Ela transitava entre uma série procedural – aquelas de “caso da semana”, com uma trama de fundo em si. Mas aos poucos ela foi se encontrando.

Com o tempo, os produtores entenderam que não havia muito o que explorar da infância de Bruce. Ele sempre fora um personagem do “presente” e não do “passado”, justamente por não existir tantos detalhes de sua infância. Essa poderia ser muito bem a necessidade de contar essa história, mas sinceramente não há muito atrativo em acompanhar a história de um garotinho como Bruce Wayne. Se era por conta da expressão forçada de David Mazouz como o bilionário recém órfão, ou a falta de boas histórias… em determinado ponto, mostrar o “pequeno Bruce” não funcionou.

O que Smallville, por exemplo, fez muito bem ao contar a adolescência do Homem de Aço, Gotham pecou. Porém, Bruce Wayne acabou ficando de escanteio em uma cidade que tinha tanto a oferecer. Assim, compreendemos que o Universo do Batman pode ir muito além dele mesmo.

Personagens muito bem explorados

Um dos grandes acertos de Gotham foi ter explorado a galeria de vilões de Batman sem medo. Mesmo com Bruce Wayne ainda pequeno, eles já atuavam de alguma forma na cidade. Isso vence um pouco a ideia de que fora Batman que criara seus vilões, atraindo os loucos para a cidade.

Claro, há algumas aparições que soaram forçadas, como Mr. Freeze, Bane ou até o próprio Ra’s Al Ghul. Entretanto, outros nomes se destacam como o Pinguim (Robin Lord Taylor), Mulher Gato (Camren Bicondova) e Charada (Cory Michael Smith), que estiveram presentes na trama do início ao fim. Bem como, um “Coringa” que ao longo de cinco temporadas foi sendo moldado em torno de dois personagens. Mesmo nunca tendo usado o nome do vilão, de fato, tivemos uma das melhores encarnações do personagem na série.

Gotham não teve medo de explorar os personagens do universo Batman. Imagem: FOX/Divulgação

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Além disso, outros personagens como Alfred ou Lucius Fox (Chris Chalk) ganharam destaque. Alfred, por exemplo, tem na interpretação Sean Pertwee uma das melhores encarnações dos personagens. Em um estilo militar, o Alfred aqui luta e participa da ação de uma forma como sempre quisemos ver.

Bem como, outros personagens que nunca haviam ganhando versões em live-action como o Detetive Bullock (Donal Logue) ou a Dra. Leslie Thompkins (Morena Baccarin) apareceram na série e deixaram sua marca. Um verdadeiro deleite para os fãs, que sempre quiserem ver mais desses personagens explorados fora das HQs.

O verdadeiro herói

Se Gotham City era a protagonista da série, certamente tínhamos um herói claro. O protagonista central era verdadeiramente Jim Gordon, interpretado muito bem por Ben McKenzie. O ator já trazia uma experiência como policial da série Southland, mas foi em Gotham que ele moldou o personagem das HQS de uma forma única.

Em certos momentos canastrão ou caricato, McKenzie encontrou o tom certo para seu James Gordon desde o início. A paixão que ele tinha por Gotham City, bem como um senso de justiça, preenchia a função que muitas vezes era atribuída ao próprio Batman nas HQs. Vale ressaltar, também, que ele tinha uma forte conexão com Bruce Wayne. Algo “paternal”, e esse foi um dos grandes acertos da série. Ele se empenhou em manter contato com Bruce, e serviu de inspiração para o personagem, tanto quanto Alfred.

No final das contas, Gotham fecha como uma trama que conta a origem de Jim Gordon como um policial bom, justo e heroico, e isso sem dúvidas valeu toda a trajetória.

Bruce e Jim Gordon eram os heróis de Gotham. Imagem: FOX/Divulgação

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O resgate de Batman na TV

Mesmo o Batman em si não tendo aparecido durante toda a série, Gotham marcou o retorno do Batman para a TV de forma semanal. A única vez que o personagem estrelou sua própria adaptação na telinha fora em 1966, na trama estrelada por Adam West. Desde então, o Batman ficou caracterizado por aquela versão camp, e foi preciso muitos anos para se desvincular daquela imagem.

Gotham se fez necessária em um momento que o Batman havia acabado de sair da visão de Christopher Nolan. Ela resgata a essência de visões anteriores como a de Tim Burton ou da série animada, mistura elementos de roteiristas consagrados como Frank Miller e Allan Moore, e criou sua própria versão deste universo. Assim, Gotham não pode ser encarada como uma trama de origem do Batman, mas sim de todos esses personagens que compõem o seu redor.

Certamente, a trama marcou a trajetória do Homem-Morcego fora das HQs e ficará guardada no coração dos fãs para sempre.

Ainda não há data de exibição do final da série confirmado no Brasil. Confira o trailer do episódio final abaixo:

 

 

Sobre o autor
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Anderson Narciso

Criador do Mix de Séries, atua hoje como redator e editor chefe do portal que está no ar desde 2014.Autor na internet desde 2011, passou pelos portais TeleSéries e Box de Séries.Fã de carteirinha de Friends, ER e One Tree Hill, é aficionado pelo mundo dos seriados. Também é fã de procedurais, sabendo tudo sobre o universo das séries Chicago, Grey's Anatomy, entre outras.

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