Mesmo longa, 2ª temporada de Law & Order: Organized Crime é eficiente
Law & Order: Organized Crime veio cheio de pretensões para essa segunda temporada. Será que cumpriu? Analisamos.
Quando a segunda temporada de Law & Order: Organized Crime estava perto de estrear, Dick Wolf deu uma entrevista ao The Hollywood Reporter. Ele prometia algo bastante ousado. Como noticiamos à época, o segundo ano seria dividido em três grandes filmes. Um terço de O Poderoso Chefão, um terço de O Gângster e, por fim, outro terço de Scarface. Pretensioso, é verdade. Contudo, quem acompanha as produções com o selo de Wolf, sabe que uma ou outra homenagem aos clássicos acaba aparecendo.
Mesmo assim, a pergunta que fica é: será que a promessa foi cumprida? Como adorador dos clássicos, acredito que tais filmes foram devidamente celebrados. Não da forma que esperava. Tampouco com a qualidade que apresentaram nos seus respectivos momentos. Ainda assim, Law & Order: Organized Crime trouxe entretenimento acima da média. Principalmente se colocarmos em perspectiva os conteúdos policiais que a TV aberta oferece. Muitos vislumbram lucros e nada mais.
Modelo joga contra
Mesmo sendo um entretenimento de primeira qualidade, Law & Order: Organized Crime encontra problemas justamente pelo modelo de negócios da indústria. Com a necessidade de produzir vinte episódios ou mais, o roteiro precisa ser criativo em inventar soluções para manter o telespectador interessado.
Histórias que outrora não teriam sequer quinze minutos no streaming, ganham arcos de três, cinco ou até mesmo dez episódios aqui. Refiro-me a primeira parte da temporada em que Elliot Stabler (Chris Meloni) ficou infiltrado na família de albaneses mafiosos.
Há muito o que se aproveitar do arco. Seja pela decisão de fugir do óbvio ao não retratar uma família de criminosos russa, chinesa, venezuelana ou norte-coreana. Ou até mesmo pela escolha dos atores. Lolita Davidovich destacou-se até mais do que o próprio Meloni. Contudo, questiono a necessidade da matriarca da família Briscu se envolver com nosso protagonista.
Além disso, por que Stabler teve que se relacionar fraternalmente com um dos herdeiros da família? Provocar pena? Ou então seria comoção? Desnecessário, ainda mais se tratando de Law & Order: Organized Crime.
Entre dublês e crossovers
A equipe de direção mostrou-se, mais uma vez, uma das razões pelas quais Law & Order: Organized Crime funcionou tão bem. As sequências de fuga, como nos episódios da Midseason e Season Finale, ajudam a elevar o nível de excelência e empolgam muito quem assiste.
Além disso, reforço também o incrivelmente competente grupo de dublês. Não seria possível fazer a sensacional cena de perseguição de Stabler a uma suspeita num dos episódios derradeiros da temporada sem a força e determinação desses profissionais.
Com todo bloco da franquia renovado para mais um ano, fica aqui meu desejo por uma maior (e contínua) integração. Histórias que comecem às 20h e terminem às 23h. É empolgante quando Olivia Benson (Mariska Hargitay) entra em cena para prender algum abusador. Então seria uma oportunidade incrível ver Olivia e Stabler prendendo bandidos. Enquanto Nolan Price (Hugh Dancy) processa e leva-os a justiça.
Sendo assim, até o próximo ano de Law & Order: Organized Crime!