Manifest: teoria indica possível trama maligna na série

Muitos estão convencidos de que os “Chamados” em Manifest são secretamente maus. Enquanto Ben (Josh Dallas) os adotou como mensagens projetadas com boas intenções, um número significativo de fãs acredita no contrário. A opinião deles sobre os Chamados também é compartilhada por Adrian (Jared Grimes), um passageiro do vôo 828 e um antagonista recorrente dos personagens principais.

Não demorou muito para pessoas como Ben, Michaela (Melissa Roxburgh), Cal (Jack Messina) e Saanvi (Parveen Kaur) determinarem que as estranhas visões que eles recebem – que eles apelidaram de “Chamados” – devem ser seguidas por vários motivos. Ao longo da série, os personagens confiaram nos Chamados para resolver crimes e salvar pessoas em perigo. Neste ponto, não há como negar que a visão do futuro fornecida pelos Chamados salvou muitas vidas em Manifest. Como resultado, muitos chegaram à conclusão de que os Chamados devem ser de natureza divina. Em outras palavras, alguns suspeitam que os Chamados são a maneira de um poder superior dizer a eles o que eles têm que fazer.

Embora os passageiros ainda não tenham descoberto a verdadeira fonte dos Chamados e qual é o seu propósito, a maioria ainda segue seus avisos. Certos contratempos ocasionalmente os deixaram com dúvidas, mas Ben e os outros permaneceram comprometidos em usar os Chamados. Mas apesar de haver uma sensação de que os Chamados são sua melhor esperança de sobrevivência, a teoria de Adrian sobre os Chamados serem maus não foi desmascarada. Eis por que Adrian e os fãs do Manifest acham que os Chamados são malignos e qual poderia realmente ser seu objetivo (se não for para salvar os passageiros).

Por que Adrian acha que os chamados são maus

Adrian, que costumava pensar que os Chamados e os passageiros do vôo 828 eram milagres divinos, agora está preocupado. Ele acredita que os Chamados estão trazendo “o fim dos tempos” e usando pessoas como Ben para fazer isso acontecer. Ele disse em um episódio da segunda temporada que os Chamados manipulam as pessoas e também os culpou pelo incêndio mortal no clube. Segundo ele, o Chamado de Adrian criou uma cadeia de eventos que culminou no incidente. Ele apontou que Ben nem considerou a possibilidade de que os Chamados “criem mais coisas ruins do que boas”.

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Adrian argumentou na segunda temporada que os Chamados estão fazendo o bem para ganhar a confiança dos passageiros. Ao fazer isso, os Chamados transformaram Ben e tantos outros em seguidores cegos. Como os Chamados provaram ser úteis, os passageiros agora fazem um grande esforço para cumprir os Chamados. Adrian usou linhas da Bíblia para apoiar sua teoria e comparou os Chamados aos “falsos profetas” mencionados por Mateus que usarão “sinais e maravilhas” para enganar as pessoas. Dessa forma, os Chamados podem usar os passageiros para fazer seus planos e usarem os sobreviventes como “cavaleiros do apocalipse”.

Qual poderia ser a origem dos Chamados (se eles são maus)

A teoria de Adrian sobre os Chamados levanta uma questão importante: se ele estiver certo, de onde eles realmente vêm, se não de Deus? Os Chamados são muito fortes e muito antigos para vir de qualquer pessoa viva. Mas se os Chamados são maus, isso significa que eles também não podem ser divinos. A alternativa óbvia a Deus seria, claro, algum tipo de força demoníaca e sobrenatural.

Todas as referências bíblicas e outras conexões religiosas em Manifest têm levado muitos a acreditar que anjos e demônios estão no coração do mistério central da série, mas isso nunca foi confirmado. Eventos como viagens no tempo e pessoas desaparecendo do nada criaram a impressão de que a resposta para os maiores mistérios do Manifest pode vir da ficção científica – não da religião.

Adrian está certo sobre os Chamados?

A crença de Adrian de que os passageiros do Voo 828 do Manifest foram ressuscitados com o propósito de iniciar o apocalipse soa absurda, mas um dos aspectos centrais de sua teoria pode não estar longe da verdade. Afinal, há evidências no programa que indicam que os Chamados não são inerentemente bons. É importante ressaltar, aliás, que os Chamados essencialmente mataram duas pessoas que os seguiram e fizeram o que deveriam fazer.

Um teste mal executado na 3ª temporada ocasionou a morte de três personagens. Uma força sombria assassinou todos os três na frente dos passageiros. Isso não confirma a teoria de Adrian, mas teve um impacto em como as pessoas veem os Chamados supostamente benevolentes.

Sobreviventes seriam agentes do apocalipse?

O que aconteceu com os três fez os passageiros perceberem que todos têm que agir juntos. Se algum deles falhar em seguir os Chamados, todos eles morrerão. Os Chamados forçando uma mentalidade de bando nos passageiros reforça ainda mais os pontos de vista de Adrian, que não parecem mais tão infundados quanto antes. Manifest também provou que Adrian estava certo sobre sua afirmação sobre a lealdade dos passageiros aos Chamados. Ele não está errado quando diz que os passageiros agora os seguem cegamente.

Adrian fez alguns pontos relevantes, então mesmo que o programa às vezes o descreva como um fanático iludido, há pelo menos uma chance de ele estar certo sobre os Chamados manipularem os passageiros. Alternativamente, pode ser que Adrian e Ben estejam ambos errados. Em vez de os Chamados serem realmente bons ou maus, eles podem ser projetados para criar um equilíbrio no universo.

Sobre o autor

Matheus Pereira

Coordenação editorial

Matheus Pereira é Jornalista e mora em Pelotas, no Rio Grande do Sul. Depois de quase seguir carreira na Arquitetura, enveredou para o campo da Comunicação, pelo qual sempre nutriu grande paixão. Escritor assíduo na época dos blogs, Matheus desenvolveu seus textos e conhecimentos em Cinema e TV numa experiência que já soma quase 15 anos. Destes, quase dez são dedicados ao Mix de Séries. No Mix, onde é redator desde 2014, já escreveu inúmeras resenhas, notícias, criou e desenvolveu colunas e aperfeiçoou seus conhecimentos televisivos. Sempre versando pelo senso crítico e pela riqueza da informação, já cobriu eventos, acompanha premiações, as notícias mais quentes e joga luz em nomes e produções que muitas vezes estão fora dos grandes holofotes. Além disso, trabalha há mais de dez anos no campo da comunicação e marketing educacional, sendo assessor de imprensa e publicidade em grandes escolas e instituições de ensino. Assim, se divide entre dois pilares que representam a sua carreira: de um lado, a educação; de outro, as séries de TV e o Cinema.

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