Crítica: Na estreia de Clark Gregg como diretor, o episódio 5×06 de S.H.I.E.L.D. surpreende pela qualidade
Review do sexto episódio da quinta temporada de Marvel's Agents of S.H.I.E.L.D., da emissora ABC, intitulado "Fun & Games".
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“Fun & Games”, sexto episódio da quinta temporada de Marvel’s Agents of S.H.I.E.L.D. é talvez ao mesmo tempo ousado e excelente. Afinal, quando um episódio é dirigido por um membro do elenco, o universo de possibilidades rapidamente varia (de shitshow para glorious) muito. Contudo, Clark Gregg mais uma vez nos surpreendeu.
Confesso que esperava muito desse episódio. Depois de finalmente entendermos o que aconteceu com Fitz e nos preocuparmos com o que acontecerá na Terra enquanto os problemas se desenrolam no futuro, voltamos diretamente para os problemas mais… imediatos – Daisy tendo que lutar pela própria vida.
Entretanto, o episódio tomou uma decisão interessante, ao abordar os pormenores do cotidiano novamente, construindo a tensão para os momentos certos. Claro, cenas como a longa declaração de Fitz para, bom, o silêncio – já que Simmons não ouviu nada daquilo – souberam afetar nos lugares certos. Ponto para a direção. Vale mencionar que Fitz também se saiu bem brincando de evil.
Ainda nas coisas que valem ser mencionadas nesse início, toda a condução do processo de terigeneses (obviamente de uma maneira bem mais acelerada) e a relação entre Yo-yo e Flint trouxeram uma nova gama de nuances para a personagem. Afinal, depois de Mack ter passado por seus dramas familiares, ver que Yo-yo pode se ligar a alguém dessa forma foi muito bom.
A cereja do bolo desta parte foi, sem dúvida, ver Kasius ser humilhado repetidas vezes por seus convidados. Conseguimos perceber finalmente que não há nada além de ganância e fraqueza no Kree. Ele foi relegado a um papel inferior, que ele odeia. Ele foi ostracizado pela própria família. Com certeza conseguimos entender mais o quanto Daisy e todo o resto são… detestáveis para ele.
Contudo, as surpresas estavam apenas começando. Quando colocaram May contra talvez o seu maior oponente (um telepata), eu realmente temi pela nossa Cavalaria. Claro, com um toque de Fitz novamente – que parece ter sido o foco da direção de Gregg – a morte de May foi evitada, mas não a de Ben. O telepata foi morto por ter mentido, o que nos levou ao perfeito balanço para a tensão e drama construídos até aqui. Quando Jemma e Daisy sentaram juntas, como não víamos desde sempre, um ar avassalador de normalidade tomou conta de nós. Talvez, só talvez, ainda haja uma S.H.I.E.L.D. que queiramos acompanhar depois de tudo isso.
A manifestação dos poderes de Flint foi um bom complemento para esse sideplot, finalmente nos livrando de Grill. Ver a consciência do garoto quanto a morte completou esse ciclo de transição Inumana da melhor maneira possível.
Não sei por onde começar a falar sobre o grande confronto de Daisy e Sinara. Na verdade, até sei. Finalmente
tivemos a oportunidade de rever todo o treinamento de May colocado em prática. Claro, o plot twist ficou a critério de – e como eu senti falta de escrever isso! – Fitz-Simmons, que numa virada surpreendente, deram cabo de Kasius e, mesmo com o inibidor de Daisy quase estragando os planos, conseguiram uma fuga inacreditável, com direito ao perfeito cliffhanger: para onde e o que Enoch foi fazer?
Essas e outras perguntas terão que ser respondidas no próximo episódio. Por hora, resta dizer que Marvel’s Agents of S.H.I.E.L.D. segue na trilha de uma quinta temporada fantástica. See ya!