Mix de Estreias: Quais foram as melhores novidades de FEVEREIRO?
Confira o que achamos das principais estreias do mês de fevereiro.
Confira quais foram as melhores séries que estrearam em fevereiro
Se você é fã do Mix de Séries, já sabe… Aqui você encontra nossas opiniões sobre as grandes estreias de cada mês. Confira nossas notas, comentários e se vale a pena ou não assistir as novidades de Fevereiro.
Além disso,
The ABC Murders (BBC One)
Nota: 71
Status: Indefinido
Na repopularização do detetive Poirot, que recebeu recente adaptação cinematográfica, os mistérios de Agatha Christie agora ganham nova releitura televisiva. John Malkovich incorpora a persona do investigador em uma minissérie contida, recomendada para os fãs do detetive, da escritora e de séries de mistério e investigação. É possível que, caso faça sucesso, retorne para novas aventuras. É uma versão que funciona, embora não injete nenhum sangue novo ao cânone. De todo modo, vale pelas atuações e pelo apreço técnico, característico dos programas britânicos.
Continuaremos assistindo? Talvez. Tendo espaço na grade, vale como passatempo.
Todavia,
Russian Doll (Netflix)
Nota: 92
Status: Indefinido, com chances de renovação
Depois de ter lançado a melhor série de janeiro (Sex Education) a Netflix mais uma vez larga na frente com a melhor série de fevereiro. Russian Doll, ou, como batizada no Brasil, Boneca Russa, é uma soma invejável de acertos. Do roteiro esperto, salpicado de ideias inventivas e diálogos deliciosos, à atuação inspirada de Natasha Lyonne, Boneca Russa surpreende com uma narrativa ágil e enxuta. São oito episódios com menos de meia hora que funcionam perfeitamente. A dica é assistir tudo em maratona, pois o arco narrativo funciona como um filme e é muito mais arrebatador se apreciado em sequência. A má notícia é que acaba rápido e ficamos órfãos.
Continuaremos assistindo? Não só continuaremos como já assistimos tudo! Ansiosos pelo segundo ano.
Além disso,
Siempre Bruja (Netflix)
Nota: 40
Status: Indefinido
Quantidade e domínio mundial não é sinônimo de qualidade. Siempre Bruja é a primeira incursão da Netflix no audiovisual colombiano, e o resultado fica longe do ideal. O constante crescimento da plataforma garante um interessante conhecimento acerca de diferentes culturas, mas, no fim, isto é pouco para sustentar o acompanhamento de uma temporada inteira baseada em tramas e personagens subdesenvolvidos. A premissa de Siempre Bruja é interessante (uma bruxa escrava que viaja no tempo para os dias atuais), mas a pegada adolescente e novelesca é exagerada. Assim, alguns dos problemas que quase afundaram a brasileira 3% também prejudica a produção da Colômbia.
Continuaremos assistindo? Não.
Entretanto,
Tropical Cop Tales (Adult Swim)
Nota: 5
Status: Indefinido, mas torcemos que seja cancelada.
Não. A nota não está errada. Cinco. Numa escala que vai de zero a 100. O fato é que Tropical Cop Tales é uma das maiores atrocidades que o audiovisual mundial já produziu em toda a sua história. Profundamente irritante e absolutamente sem graça, o programa do Adult Swin é de uma mediocridade sem fim. O caso é tão sério que o episódio tem apenas 10 minutos e quase não dá pra terminar. Recomendado apenas como método de tortura.
Continuaremos assistindo? Quase não conseguimos assistir os 10 minutos do episódios piloto. Imagine o resto…
Todavia,
Hanna (Prime Video)
Nota: 74
Status: Indefinido
Depois de render um filme morno com Saoise Ronan, a premissa de Hanna ganha as telinhas na forma de uma série promissora. Bebendo na fonte dos filmes de ação modernos, o programa da Amazon começa apresentando seus personagens de forma tranquila, sem atropelos. Os mistérios são apresentados aos poucos e a câmera enérgica jamais confunde o espectador, que pode acompanhar as belas sequências de luta e perseguição. O elenco é bacana (com direito à reencontro de The Killing), com destaque para a novata protagonista. É impossível prever o sucesso da trama, mas se for como o filme, pode perder o gás rapidinho.
Continuaremos assistindo? Daremos uma chance para os próximos episódios.
Além disso,
Pen15 (Hulu)
Nota: 63
Status: indefinido
Pen15, nova série da Hulu, é mais um projeto que investe na estranheza e no nonsense para passar sua mensagem. Na linha de frente, duas atrizes adultas interpretam adolescentes que entram para o tumultuado sétimo ano do ensino fundamental. Não é nem a estranheza de ver duas adultas agindo como crianças que incomoda, mas o texto que força a barra no humor e em algumas situações que ultrapassam o constrangimento e tornam-se desnecessárias. Ainda assim, tem bons momentos e faz um ótimo resgate da juventude americana dos anos 2000.
Continuaremos assistindo? Se tivermos espaço na grade e paciência, talvez mais alguns dois capítulos…
Além disso,
Miracle Workers (TBS)
Nota: 68
Status: indefinido
Partindo de uma premissa interessante, Miracle Workers é daquelas séries que poderiam ser muito melhores do que são. Inofensivo, o programa conta a história de uma equipe de jovens que trabalha no paraíso, tendo Deus como patrão. Frustrado, sem poder atender todas as preces e de saco cheio do mundo, Deus resolve acabar com o planeta Terra e toda a raça humana. Uma dupla, então, resolve desafiar o Todo Poderoso: se eles conseguirem atender uma prece impossível, daquelas que nem Deus resolve, o Criador não poderá destruir o mundo. É baseada em um livro do próprio criador, e é bem possível que funcione em sua forma proseada. Na adaptação, vale mais pelas piadas escondidas (seja no cenário ou em algum diálogo) do que pelas gags explícitas.
Continuaremos assistindo? Talvez mais um ou dois capítulos, para termos certeza do que fazer.
Todavia,
Weird City (YouTube Premium)
Nota: 72
Status: indefinido
Quando uma série leva a palavra weird no título, não ignore tal aviso. Weird City é estranha, mas este é um dos melhores atrativos do programa. Com Dylan O’Brien e Ed O’Neill, a trama acompanha um futuro onde a sociedade foi divida em duas e tudo se resume a aplicativos (sim, é o futuro, não o presente…). Uma das novidades é o app que promete encontrar a sua alma-gêmea. E de fato, o negócio funciona. O problema é que um pequeno erro é cometido e as coisas saem do planejado. Dica: não procure nada sobre a série, não leia ou assista vídeo algum. Vá sem saber nada e se surpreenda com as reviravoltas do roteiro. Valerá a pena.
Continuaremos assistindo? Sim. Temos de ver onde tudo isso vai dar…
Doom Patrol (DC Universe)
Nota: 87
Status: indefinido
Os detratores da DC terão que se desdobrar para achar algum problema em Doom Patrol. Não que a série seja perfeita, mas mesmo os defeitos são contornados e comentados pela narração certeira. Caso você ache um diálogo cafona ou uma cena absurda, espere, pois o roteiro provavelmente vai tirar sarro de si mesmo. Trata-se de uma produção calcada na ambientação, no humor e na riqueza dos personagens. A Patrulha dos Condenados, que já era divertida nas HQs, ganha uma adaptação caprichosa e surpreendente. É difícil prever o futuro ou se a qualidade se manterá firme. O fato é que o piloto é excelente, e disso não há dúvidas.
Continuaremos assistindo? Com certeza.
Lorena (Prime Video)
Nota: 86
Status: Série limitada
Ainda que seja um caso amplamente divulgado à época, a recomendação é que você assista a este curto documentário sem saber de absolutamente nada. A história é tão insana e o roteiro tão bem amarrado que o desenrolar parece ficção. É divertida e envolvente, mas também é séria e contunde em seus comentários sociais. Lorena faz um belo trabalho ao abordar os fatos e ao comentar os conturbados contornos: da dinâmica do casal central, envolvendo abusos físicos e psicológicos, à análise firme da mídia. O programa, como todo bom documentário, serve como entretenimento e catalisador de debates. É curto, ligeiro e preciso.
Continuaremos assistindo? Sim.
Proven Innocent (Fox)
Nota: 37
Status: indefinido
Sejamos sinceros: alguém ainda aguenta séries de advogados? Sei que há bons programas por aí (eu mesmo adoro Suits e The Good Fight é uma delícia), mas a absoluta maioria é medíocre e/ou repetitiva. Proven Innocent é mais uma num grupo já saturado. É o mesmo tipo de protagonista com os mesmo tipos de coadjuvantes e casos. O problema não está nos clichês, pois hoje em dia é quase impossível fugir deles. O ponto negativo está em refogar ideias e abordagens velhas e gastas como se fossem as coisas mais originais e espertas do meio. Recomendado apenas para quem realmente gosta de séries desse tipo. E mesmo assim, lhes digo: invista seu tempo em outra coisa.
Continuaremos assistindo? Por favor, não.
The Umbrella Academy (Netflix)
Nota: 78
Status: indefinido, mas com chances de renovação
The Umbrella Academy começa em alto nível, apresentando seus personagens e suas ideias de forma orgânica e inventiva. Com o passar do tempo, contudo, se acovarda e se arrasta. Enquanto os quadrinhos voam alto, a série prefere manter os pés no chão, tocando uma melodia muito mais comedida. Ainda assim, há ótimos momentos e personagens para se deliciar. Os efeitos visuais são ótimos e o elenco é realmente bom. Poderia ser melhor se arriscasse um pouco mais e enrolasse um pouco menos. Com capítulos mais curtos e em menor quantidade, The Umbrella Academy poderia ser muito mais bacana.
Continuaremos assistindo? Sim.
Flack (Pop)
Nota: 57
Status: indefinido
Muita gente esquece, mas Anna Paquim tem um Oscar. Não há nada de absurdo nisso, pois, desde criança, a atriz sempre mostrou talento. Mesmo em True Blood, que perdeu qualidade com o passar dos anos, contou com as habilidades firmes de sua protagonista. É uma pena, portanto, que a artista se envolva em projetos tão cansativos como Flack. Na trama, sua personagem é um tipo de relações públicas extremo, fazendo o possível e o impossível para manter a imagem de seus clientes o mais limpa possível. Podia render situações muito boas, mas cai na besteira de repetir clichês e jogar seguro, num roteiro enfadonho que parece querer se aproximar demais dos procedurais de TV aberta.
Continuaremos assistindo? Não.
Workin’ Moms (Netflix)
Nota: 81
Status: indefinido
Sem muito alarde, Workin’ Moms aportou na Netflix. Como muitas produções, a série entrou no limbo do catálogo da plataforma e, se não for procurada, pode ficar perdida. Trata-se de uma série simpática e sincera sobre o difícil cotidiano da mãe moderna, que precisa se dividir em inúmeras partes para dar conta da família, trabalho, lazer e todos os tentáculos que se estendem na complicada trajetória de uma mãe. Tem bom humor, pureza e crueza na medida para ser alegre e verdadeiro sem ser tolo, sentimental ou depressivo demais. Jogo rápido com episódios curtos que valem ser conferidos.
Continuaremos assistindo? Sim.
Whiskey Cavalier (ABC)
Nota: 74
Status: indefinido, mas esperamos uma renovação.
Nós precisávamos de mais uma série com uma dupla de policiais/detetives/agentes da CIA ou FBI? Não, mas Whiskey Cavalier é tão simpática que a repetição e a obviedade não incomodam tanto. Muito do sucesso do piloto se deve à química e ao carisma da dupla central, que carrega a trama nas costas. A narrativa é simplória, mas conduzida de forma tão orgânica que flui muitíssimo bem. Caso os demais capítulos continuem com a abordagem de viagens pelo mundo, pode ser bem interessante acompanhar as aventuras de Whiskey e sua turma. Esperamos, entretanto, que não se torne um mero procedural, abusando demais dos clichês do gênero. Do contrário, é possível que tenhamos um novo sucesso.
Continuaremos assistindo? O primeiro guilty pleasure assumido do ano? Sim!
The Enemy Within (NBC)
Nota: 48
Status: indefinido
Enquanto Whiskey Cavalier tem carisma de sobra, sabendo rir de si mesma e se jogando na galhofa, The Enemy Within é um poço de seriedade inútil. Acreditando ser muito melhor e mais importante do que jamais será, a nova série de Jennifer Carpenter tropeça no tom e encontra o chão com um desenvolvimento pouco inspirado e óbvio. As reviravoltas são antecipadas a milhas de distância, e não demora para que o roteiro abra mão do fator novidade e abrace as convenções do gênero. Carpenter, como sempre, é boa e tem energia; a edição até tenta dinamizar o processo através de uma montagem orgânica, mas não é o bastante para salvar o projeto da total inutilidade.
Continuaremos assistindo? Não.
Curfew (Sky One)
Nota: 52
Status: indefinido
O mês de fevereiro talvez seja lembrado como aquele com mais ideias bacanas que foram desperdiçadas. Curfew foca em uma sociedade distópica onde um toque de recolher afugenta a população em suas casas a partir de determinado horário. Alguns cidadãos, contudo, fogem do tal “curfew” para participar de corridas e esportes ilegais envolvendo carros e destruição. A premissa lembra Drive, um pequena pérola protagonizada por Nathan Fillion que fora lançada nos anos 2000 e rapidamente cancelada. Curfew tem ideia e visual bacanas, material suficiente para fazer um programa bacana e divertido. A equipe tenta, mas o piloto, ao menos, fica abaixo da média. Por mais que seja uma decepção, a ideia é tão bacana que a intenção é assistir mais um capítulo para ver se melhora.
Continuaremos assistindo? Só mais um, para termos certeza.
Baptiste (BBC One)
Nota: 70
Status: indefinido
Derivada da série The Missing, Baptiste acompanha o detetive responsável pelos dois casos abordados nas temporadas originais da série britânica. Agora, o investigador ganha um programa só dele (sendo que Missing já era dominada por sua presença) e mergulha em novos casos. São mistérios mais rápidos e, consequentemente, menos desenvolvidos. É um projeto que se segura com base no carisma e talento do protagonista bem como nas dúvidas que levanta semanalmente com seus mistérios. Recomendada para os fãs do programa original e para aqueles que não dispensam uma trama de investigações e mistérios.
Continuaremos assistindo? É boa, mas por enquanto deixaremos passar.