O motivo de Charlie Sheen não voltar para o fim de Two and a Half Men

Charlie Sheen sempre foi complicado. Com a carreira cheia de escândalos, o ator não voltou para o fim de Two and a Half Men. Saiba o motivo.

Two and a Half Men

Revelamos curiosidade da série!

O sucesso de Two and a Half Men estava praticamente garantido, quando estreou na CBS em 2003. As estrelas do programa, Charlie Sheen (Charlie Harper) e Jon Cryer (Alan), eram nomes conhecidos depois de vários trabalhos no Cinema e na TV.

Como parceiros, eles dividiram o faturamento principal em Two and a Half Men e eles trabalharam bem juntos. “Charlie e eu realmente nos demos bem. Tivemos ótimos anos naquele programa.“, disse Cryer à Entertainment Weekly. “Foi incrivelmente tranquilo, nos divertimos muito e estava funcionando muito bem.“.

Em 2011, 14 milhões de telespectadores assistiam a cada novo episódio. No mesmo ano, no entanto, Sheen foi expulso do programa para sempre. Chamando-o de “perigosamente autodestrutivo”, os executivos da TV o demitiram, citando incidentes envolvendo abuso de drogas e álcool, agressão e explosões de raiva. Na 9ª temporada, Ashton Kutcher (o Michael Kelso de That ’70s Show) se juntou como Walden Schmidt, ajudando Cryer e o resto do elenco a levar o show até o episódio final.

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A demissão de Sheen não explica totalmente por que ele não voltou para o final da série. Como qualquer grande rompimento, este veio com muito drama.

Charlie Sheen em si já era um personagem e tanto

Quando Sheen se juntou ao elenco de Two and a Half Men, os criadores do show sabiam quem eles estavam escolhendo. Nascido Carlos Estevez, Sheen é filho de outro ator veterano, Martin Sheen. Seu irmão Emilio Estevez era um rosto conhecido dos anos 80. Sheen atuou durante a infância e teve sua grande chance no filme pós-apocalíptico de 1984, Red Dawn.

Sheen estrelou Platoon, de 1986, e Wall Street, de 1987. Ele atuou ao longo dos anos 90 e até formou sua própria produtora com o cantor do Poison, Bret Michaels. Em 2000, Sheen assumiu um papel na série de TV, Spin City, quando Michael J. Fox deixou o cargo.

Conhecido na indústria por ter problemas com drogas e álcool, ele ganhou as manchetes em 1990, quando atirou acidentalmente no braço da noiva Kelly Preston.

Em 1995, Sheen ganhou notoriedade depois de admitir ter solicitado profissionais do sexo para noites de muito sexo e drogas. No ano seguinte, ele foi preso por agredir uma ex-namorada. Esta não seria sua última prisão.

Os produtores de Two and a Half Men gostaram de Sheen para o papel de Charlie Harper, porque o personagem foi baseado nele. Ainda assim, eles correram um risco calculado, quando contrataram Sheen. Risco que acabou se concretizando no set e durante a produção.

O ator problemático teve que ir

Os problemas começaram de verdade quando Sheen se divorciou de Denise Richards. Casado desde o início da série, Sheen passou por uma complicada separação. Cryer diz que foi aí que Sheen se voltou para as drogas.

No começo, ele conseguia lidar com isso, e ele ainda era incrivelmente profissional – e ainda adorável, a propósito, com todos no set -, mas você podia ver que as coisas estavam pesando nele.”, disse Cryer à Entertainment Weekly.

Logo, porém, Sheen estava trazendo notícias por seu comportamento. Ele foi acusado de contratar prostitutas, preso sob a acusação de agressão e condenado a reabilitação e controle de raiva. Ele destruiu um quarto de hotel e foi parar no hospital, depois de uma bebedeira e muito uso de cocaína.

Feliz por ser demitido

Em 2011, durante a 8ª temporada, o show entrou em um hiato para que Sheen pudesse lidar com seus problemas. No entanto, seu caminho para a reabilitação não foi direto. Ele se recusou a entrar em uma clínica e demitiu seu treinador particular de sobriedade. Enquanto sua queda continuava, Sheen destruiu o relacionamento com os produtores do show, atacando verbalmente Chuck Lorre, o chefão da série.

Quando Sheen finalmente recebeu sua demissão, ele respondeu com uma declaração raivosa e delirante:

“Esta é uma notícia muito boa. Eles continuam encalhados, como tantas baleias. É um grande dia de alegria, porque agora posso levar todos os bazilhões (arrecadados); nunca mais vou ter que olhar para eles novamente e eu nunca terei que vestir aquelas camisas idiotas […]”

Charlie Sheen foi convidado a voltar, mas não aconteceu

Desta forma, Two and a Half Men sobreviveu à partida de Sheen, matando Charlie Harper e trazendo o personagem de Kutcher. Em 2015, o show estava em sua 12ª e última temporada. Apesar da aparente “morte” de seu personagem, os produtores esperavam que Sheen repetisse o papel no último episódio.

Na cena final original, Harper tocava a campainha e depois reclamava para a câmera sobre o abuso de drogas e como ele estava acima de tudo isso. Então, um piano cairia do céu, matando-o. Seria muito metalinguístico, e se encaixaria no humor do show.

Número 56

Assim, Sheen discordou. Ele estava procurando por um final que ajudasse a lançar The Harpers, um spin-off que ele imaginou, estrelado por ele e Cryer. Quando ele não conseguiu o que queria, ele se recusou a aparecer no final, que ainda terminou com a morte de Harper pela queda do piano.

Foi um triste fim para o mandato de Sheen em Two and a Half Men, mas não o fim de sua carreira ou crescimento pessoal. Anos depois, ele está desenvolvendo uma nova série e admite que poderia ter feito melhor.

“Havia 55 maneiras diferentes de lidar com essa situação, e escolhi o número 56.”, disse Sheen ao Yahoo!

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Sobre o autor

Matheus Pereira

Coordenação editorial

Matheus Pereira é Jornalista e mora em Pelotas, no Rio Grande do Sul. Depois de quase seguir carreira na Arquitetura, enveredou para o campo da Comunicação, pelo qual sempre nutriu grande paixão. Escritor assíduo na época dos blogs, Matheus desenvolveu seus textos e conhecimentos em Cinema e TV numa experiência que já soma quase 15 anos. Destes, quase dez são dedicados ao Mix de Séries. No Mix, onde é redator desde 2014, já escreveu inúmeras resenhas, notícias, criou e desenvolveu colunas e aperfeiçoou seus conhecimentos televisivos. Sempre versando pelo senso crítico e pela riqueza da informação, já cobriu eventos, acompanha premiações, as notícias mais quentes e joga luz em nomes e produções que muitas vezes estão fora dos grandes holofotes. Além disso, trabalha há mais de dez anos no campo da comunicação e marketing educacional, sendo assessor de imprensa e publicidade em grandes escolas e instituições de ensino. Assim, se divide entre dois pilares que representam a sua carreira: de um lado, a educação; de outro, as séries de TV e o Cinema.