2×07 de Law & Order Organized Crime inicia grande conclusão
Law & Order: Organized Crime flerta com a conclusão do primeiro grande arco da 2ª temporada. Será que, criativamente falando, foi um acerto?
Semanas antes da segunda temporada de Law & Order: Organized Crime estrear, noticiei aqui no Mix de Séries que Dick Wolf tinha prometido uma espécie de ‘três séries em uma’. Homenagens a ícones da sétima arte, como Scarface, O Poderoso Chefão, assim como O Gângster. Presunçoso, não é mesmo? À primeira vista, pode ser. Contudo, para quem assistiu a série até aqui, tal qual os filmes supracitados, sabem que os roteiristas, a showrunner, Ilene Chaiken, e Dick Wolf acertaram até aqui.
Em High Planes Grifter, o caso contra Jon Costa (Michael Raymond-James) e toda sua organização criminosa começa a ganhar musculatura jurídica. Um grande júri é instalado e a promotoria começa a ouvir as primeiras testemunhas visando o indiciamento dos acusados.
Há a expectativa que Reggie (Dash Mihok) seja convencido a fazer um acordo. Entregar provas e testemunhar contra seu tio, Albi Briscu (Vinnie Jones), assim como o restante da quadrilha, em troca liberdade.
Entrando na zona de conforto em Law & Order: Organized Crime
Entrar na zona de conforto nem sempre é algo positivo. Contudo, diante da instabilidade desde o piloto de Law & Order: Organized Crime, acredito que é algo digno de comemoração. No instant que a série encontra seu ponto de conforto, a partir será possível corrigir erros (que falaremos a seguir), tal qual seguir melhorando. Neste sétimo episódio, que nos coloca à beira da conclusão do primeiro grande ciclo, tudo funciona numa sintonia incrível.
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A direção mais uma vez acerta nas cenas de ação. São sequências bem coreografadas (ponto para a coordenador de dublês), assim como um jogo de câmeras que fortalece um trabalho complexo e custoso. O roteiro, por sua vez, não perde tempo com firulas e vai direto ao ponto. Apresenta aos atores oportunidades de consagração, da mesma forma que lhes indiga a ir um pouquinho mais longe. Veja o embate de Reggie e Stabler (Christopher Meloni), por exemplo.
Reformar é preciso
Há dois pequenos pontos que me frustraram em Law & Order: Organized Crime. O primeiro deles é a falta de juridiquês. Estou ciente que o roteiro poderá expor seus dotes jurídicos no próximo episódio que é quando o julgamento começa. Mesmo assim, para quem assistiu a temporada mais recente de The Good Fight ou a minissérie da Apple TV+, Defending Jacob, o grande júri é um momento fundamental no processo criminal americano.
É o momomento da inquirição, onde a acusação pode fazer o diabo em busca do indiciamento do acusado. Não há ampla defesa ou contraditório. Muito pelo contrário. A promotoria pode descer o martelo que está tudo bem. Contudo, o telespectador teve uma cosquinha de como esse processo, dada a importância do caso, deveria ser. Além disso, minha outra consideração refere-se ao sumiço de Flutura (Lolita Davidovich). Pelo que entendo, ela é uma das peças fundamentais neste quebra cabeça.
Esses personagens que entram, somem e depois retornam como se nada tivesse acontecido é incômodo. Sabe-se, portanto, que reformar é preciso.
Nota: 3/5