SDCC: autenticidade, audições divertidas e mais no painel de Mayans MC
Apresentando com grande expectativa, a série derivada de Sons of Anarchy, Mayans MC, teve seu primeiro painel na Comic Con neste domingo (22).
E nasce um novo mundo!
Desenvolvido com muito cuidado e atenção no FX, tanto que foi completamente reformulada após a apresentação do primeiro projeto, Mayans MC é um dos principais lançamentos da emissora para a próxima temporada. Não só pela responsabilidade em continuar o legado de Sons of Anarchy, mas repetir o sucesso e provar de uma vez por todas que derivações pode sim, ser melhores que suas séries originais. Para isso, o drama foi um dos poucos escolhidos pelo canal a cabo para participar da Comic Con deste ano, cujo painel aconteceu neste domingo (22).
O painel começou com a exibição dos treze primeiros minutos do episódio piloto, sendo aparentemente bem recebido pelos presentes a julgar pelos aplausos. Questionado sobre o porquê demorou tanto para produzir uma derivação da série original, Kurt Sutter ele diz que queria causar “mais drama” em tom de brincadeira. “O elenco já teve mais tempo na cadeia do que atuando,” brincou o criador.
J. D. Pardo, o protagonista, afirmou que teve que enfrentar “várias dificuldades” para conseguir participar das audições da série. Confessou ainda que sentiu grande responsabilidade ao fazer uma audição para o papel de EZ tanto pela FX quanto para os fãs de Sons of Anarchy. Antes disso, porém, Sutter afirma que o ator fez teste para outros personagens. “Ele tinha algo interessante e poderoso que fez com que ele conseguisse o papel“, disse sobre Pardo.
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Antonio Jaramillo brincou que talvez leu para vários papéis, inclusive para “viver uma das motos”. Frankie Loyal também contou uma história curiosa sobre como conseguiu uma oportunidade para fazer um texto. Ele diz que apareceu no escritório da diretora de elenco, Wendy O’Brien, com um buquê de flores dizendo o quanto ele queria participar da “visão de Kurt Sutter”.
#MayansMC panel at #SDCC2018! #SDCC #ComicCon pic.twitter.com/kV8wCxfJwo
— Majestic Ent. (@majesticentinc) July 22, 2018
Liberdade criativa.
Beijar J.D. Pardo foi um “deleite”, indica Sarah Bolger, cuja funcionalidade da personagem permanece um mistério à pedidos do próprio Kurt Sutter. Questionado sobre a falta de mulheres dirigindo motos, o criador defendeu a ausência. “É uma série sobre autenticidade. Se essa fosse uma parte da subcultura, talvez pudesse estar na série, mas não é“, afirmou. “Não que mulheres não dirijam, eu sei que elas fazem isso, mas nesses clubes alternativos não há membros femininos“, conclui.
Ainda falando sobre autenticidade, uma boa notícia. Mayans MC terá mais “liberdade” na linguagem do que Sons of Anarchy jamais teve em virtude das novas regras do FX. O que isso quer dizer? Muito mais palavrões. Em relação aos personagens, Elgin James elogiou a quebra dos estereótipos. “Geralmente as séries mostram personagens não-brancos como antagonistas, como se existisse uma só dimensão. Por causa de Kurt, muitos de nós, que estivemos na cadeia e em gangues, pudemos mostrar quem realmente somos“, disse.
Situada três anos após a conclusão de Anarchy, uma das principais perguntas do painel foi – qual a ligação das duas séries? “Sons of Anarchy é um grande mundo. Então veremos ao longo da série os pontos em comum entre as duas produções. Eles têm uma conexão“, afirmou. “Eu quero reconhecer esse mundo e encontrar oportunidades para abordar esses temas mais uma vez, mas eu também não quero abusar,” concluiu.
A estreia nos Estados Unidos acontece dia 04 de setembro.