Crítica: Em sua Season Finale, episódio 5×22 de S.H.I.E.L.D nos diz… “até logo”
Review do décimo segundo episódio (Season Finale) de Marvel's Agents of S.H.I.E.L.D., da emissora ABC, intitulado "The End".
Excelentes eram os finais em que se podia contar com o encerramento. Esse foi só muito bom.
Talvez não seja a maneira mais grata, mas decididamente é a maneira mais precisa de iniciar a review de “The End”, décimo segundo e último episódio da quinta temporada de Marvel’s Agents of S.H.I.E.L.D.
Explico. Com a renovação da série para uma nova – e, espera-se, última – temporada com treze episódios, todo o excelente trabalho feito aqui para construir uma finale que realmente fosse um final para a série foi jogado no lixo.
E, não me entendam mal. Ele foi sim um final digno, mas isso perde parcialmente o valor quando vemos que a série perdeu esse toque nos últimos segundos. Afinal, depois de toda a narrativa executada, a ABC decidiu pela renovação, roubando-nos o prazer de ver esse final com a certeza de que esse seria o último que teríamos da série.
Até porque, foi um final que faria jus a essa emoção.
Um perfeito exemplo disso é Yoyo, que foi odiada – inclusiva e principalmente por mim – por toda essa temporada finalmente fez sentido. Na verdade, em toda a cena inicial, em que o futuro de Coulson e de Talbot era discutido, todos fizeram sentido, não só de maneira tolerante, mas de maneira brilhante – como a muito não se podia dizer sobre alguns, como Yoyo e Fitz-Simmons.
Não só isso! Tivemos os excelentes discursos que faltavam para realmente fechar o ciclo. Seja Daisy percebendo (finalmente) que liderar nem sempre significa ser a pessoa que dá as ordens ou em Coulson:
“I’ve given you all the tools you need to handle this. Now you find the strength in your heart to appeal to his good nature, and if you can’t, find the strength in your arms to beat his ass senseless.”
Infelizmente, como esse não foi realmente o último episódio da série, algumas coisas que teriam facilmente passado despercebidas não passaram.
Perguntas como “qual o real efeito do soro em Daisy?”, “agora, além dos poderes de Inumana ela tem a habilidade regenerativa da mãe e o boost fornecido pelo soro?” e, a minha favorita “será que Matrix Revolutions não ensinou as pessoas que essas lutas estilo Dragon Ball com seres mega overpowered só funcionam em Dragon Ball?”.
Claro, ver a reviravolta que foi Daisy, sem partir o planeta, empurrar Talbot em direção ao Sol – literalmente – foi algo sem preço. E perceber aqui algo que Doctor Who já ensina há mais de 50 anos: tempo não é fixo, não é uma constante, não é invariável.
O preço desse aprendizado, alto como só S.H.I.E.L.D. sabe fazer, não poderia deixar de ser cobrado. A morte de Fitz e a já acertada morte de Coulson – que finalmente foi feliz com May e também finalmente foi ao Tahiti – são esse preço. É uma nova S.H.I.E.L.D., partida, quebrada, temperada e reforjada para uma nova era. E ESSE era o final perfeito!
Não sei que “surpresas” a próxima temporada pode reservar. É cedo para julgar ou levantar hipóteses, e até mesmo é cedo para tanto descontentamento. Mesmo assim, é impossível não imaginar o quão belo seria ver a narrativa terminar exatamente aqui. Mas, deixemos que bygones sejam bygones. O que está feito não vai mudar. E embora fosse um prazer muito maior ver a série terminar da maneira merecida, ainda sim foi um inenarrável prazer dividir essa temporada com vocês aqui no Mix de Séries. Quem sabe não nos encontramos nessa Season 6? Pour l’instant, Au revoir!