Teoria sobre o final de Game of Thrones está chocando os fãs; Confira

Confira teoria sobre o final de Game of Thrones.

Como Game of Thrones vai acabar?

Game of Thrones retornou para sua derradeira temporada neste domingo (15) e, praticamente, só se fala nisso nas últimas 24 horas. E bem mais do que comentar sobre os assuntos importantes que o episódio de estreia nos rendeu, os fãs norte-americanos estão mais preocupados em desvendar como a trama irá acabar.

Faltando agora cinco semanas para o desfecho da série, uma teoria que foi publicada no Mashable está “explodindo” a mente dos fãs, e provocando uma reflexão sobre como será o verdadeiro final da série.

Desconstruindo as regras!

Basicamente, Game of Thrones provou que é uma série que vai além. Ela cria as regras para depois desconstruí-las. Assim, ninguém nunca sabe o que pode realmente acontecer.

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Por um tempo, os fãs pensaram que esta era uma série onde o mal prevalecia. Primeiro, vimos Ned Stark ser decapitado. Depois, Robb e sua família sendo esfaqueados no sangrento “Casamento Vermelho”. Porém, logo depois, vimos Joffrey morrendo também em seu casamento – algo que começou a fazer refletir que o bem poderia prevalecer.

Entretanto, a lição que a série sempre quis passar é que vence quem sabe jogar “o Jogo dos Tronos”. Logo, os jogadores mais experientes sobrevivem. Game of Thrones é, essencialmente, uma série de configurações que desmantelam nossas expectativas. Essa é a metade da diversão de toda a previsão e teorização. A única constante em Game of Thrones é que ela evita consistentemente nossas tentativas de descobrir isso.

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Ned Stark protagonizou a primeira grande reviravolta da série. Imagem: HBO

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Mas subvertendo todas as nossas expectativas, a série se escreveu em um canto narrativo extremamente difícil, sem um final verdadeiramente satisfatório à vista.

Um final impossível

O final de Game of Thrones é um território totalmente desconhecido. Depois de superar com sucesso todos os momentos da narrativa do bem contra o mal durante o primeiro, segundo e terceiro atos, parece que George R.R. Martin chegou a uma dura realização ao tentar escrever o final. Sendo assim, ele precisava mostrar que a narrativa bons versus maus estava lá por uma razão.

Dessa forma, quando uma história termina em aberto, nem sempre faz jus aos que acompanharam a trama durante anos. The Sopranos está aí para provar.

Esse é um gênero totalmente diferente, mas uma série que inspirou os surpreendentes riscos narrativos para Game of Thrones. Os criadores precisaram refletir em como acabar com as histórias em que os heróis não ganham – mas também os vilões não. E, ironicamente, deixar os White Walkers ganharem é previsível para Game of Thrones neste momento.

Depois de vários anos treinando os fãs para esperar o inesperado e antecipar o pior, parece que o mais surpreendente (e pior) final seria se todos vivessem felizes para sempre: Jon e Daenerys cumprem a profecia do Príncipe Prometido, derrotando os Caminhantes Brancos. Além disso, se casam, ganham um bebê e terminam a série com os dragões no pôr do sol, com uma Westeros pacífica!

Mas, como Ramsay disse infamemente: “Se você acha que isso tem um final feliz, você não está prestando atenção”.

Game of Thrones deverá acabar pacificamente, e não com uma guerra

E eis que chegamos ao centro da teoria que vem ganhando espaço na internet. A de que GoT vai acabar pacificamente, e não com guerra.

A ideia é que a série termine de forma pacífica. Entretanto, que exija sacrifícios dos heróis. Portanto, acredita-se que exista uma “diplomacia”, que culminará em um acordo com os Caminhantes Brancos. Assim, nada da série acabando com uma batalha colossal.

Eu sei o que você está pensando. Primeiro de tudo, nós já sabemos que há uma batalha épica em Winterfell. Essa filmagem não só compôs a totalidade dos trailers e promoções. Ela também foi o ponto principal de uma bonita reportagem de capa da Entertainment Weekly.

Mas, de acordo com a teoria do Mashable, não faz qualquer sentido que o conflito principal da série se resolva com uma batalha. A principal base é que os ganchos e reviravoltas da série sempre foram escondidos a sete chaves. E a mega batalha que vem sendo anunciada deverá acontecer antes do final da série (talvez no terceiro episódio?). A batalha servirá para mostrar aos personagens que não há jeito deles vencerem essa guerra lutando. E assim, eles precisarão buscar outras alternativas.

A guerra nunca resolveu um único problema em Game of Thrones antes. A questão toda de mostrar guerra, de fato, tem sido provar quão fútil é o meio para resolver problemas.

Jon e Daenerys não vencerão o Jogo dos Tronos com uma “guerra”. Imagem: HBO/Divulgação

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Justificando a teoria

Para Robb, ir à guerra não trouxe Ned de volta. Inclusive, gerou a morte de praticamente toda a sua família. Tywin venceu a Guerra dos Cinco Reinos através de pactos de traição e casamento, não em um campo de batalha. Renly e Stannis morreram por causa de suas guerras, apesar de seus vastos exércitos.

Com Daenerys, foi uma ou outra vez que ganhou guerras a curto prazo. Mas elas nunca lhe proporcionaram seu objetivo, o de sentar no Trono de Ferro.

Trace toda a história para mais longe, e descubra: revolta de Robert até trouxe um breve período de paz, mas acabou por destruir os reinos posteriormente.

Você tem uma história de Westeros, uma guerra entre os Filhos da Floresta e os Primeiros Homens durante dois mil anos. E aquela grande luta liderada na criação dos Caminhantes Brancos, que levaram a ainda mais guerra, morte e destruição.

Você sabe o que finalmente resolveu os milênios de guerra entre os Primeiros Homens e Filhos da Floresta? Um pacto. Este tratado histórico de paz não apenas permitiu que essas raças em guerra deixassem de lado suas diferenças para coexistir, mas as levou a se tornarem uma. Depois do pacto, os Primeiros Homens acabaram abandonando seus próprios deuses e começaram a adorar os Deuses Antigos das Crianças e seguir seus costumes.

Não há como chegarmos ao nosso final agridoce durante a guerra. Mas a ideia de tentar se comprometer com um mal puro, sem sentido, quase como um vírus, parece risível. Certo?

Os White Walkers não são os verdadeiros vilões

Bem, os White Walkers não são apenas vilões do mal. Martin basicamente disse isso em palavras diferentes: 

“Um vilão é um herói do outro lado, como alguém disse uma vez, e eu acho que há muita verdade nisso, e essa é a coisa interessante. No caso da guerra, esse tipo de situação, então eu acho que para alguns [personagens] isso é definitivamente o que eu estou querendo.”

Ninguém – nenhum dos personagens e nenhum dos fãs do programa – sabe o que os White Walkers querem. Personagens como Jon fizeram palpites educados, baseados na destruição em massa que ele testemunhou em Hardhome e nas lendas da primeira Longa Noite.

Como essas antigas lendas afirmam que milhares de anos atrás, os White Walkers trouxeram a morte a todos os seres vivos, é isso que os cidadãos de Westeros acreditam que está acontecendo agora. Muitos também acreditam nas lendas e profecias alegando que um herói (conhecido como o Último Herói, Azor Ahai, ou o Príncipe Prometido) os derrotou em combate único.

Mas se você questionar essa antiga narrativa do bem contra o mal, mesmo que um pouco, a lógica se desfaz. Por um lado, é difícil acreditar em outra alegação dessas lendas. De que após a Longa Noite, o muro foi construído por homens (com a ajuda dos gigantes e dos Filhos da Floresta). Não faz muito mais sentido se as criaturas que possuem a magia do gelo é que tivessem construído a mágica muralha de gelo ao invés de seres humanos?

O que os White Walkers realmente querem?

Vamos também pensar sobre o que poderia motivar os Caminhantes Brancos a voltarem e se mobilizarem contra o homem novamente depois de todos esses anos. Ninguém sabe ao certo, então os personagens projetam a motivação para os homens geralmente começarem guerras: para conquistar e dominar a terra.

Mas, novamente, isso não faz qualquer sentido para os White Walkers. Assim, os fãs especularam sobre as razões de seu retorno que se alinhariam mais com a filosofia de Martin: “Ninguém é um vilão em sua própria história. Somos todos os heróis de nossas próprias histórias”.

As teorias mais populares envolvem os White Walkers lutando para proteger suas espécies da extinção. E que, durante a primeira Longa Noite, os humanos nunca “derrotaram” os White Walkers. Em vez disso, eles fizeram um pacto com eles como o homem feito com os Filhos da Floresta. O Último Herói foi um diplomata, não um guerreiro, que se comprometeu e se sacrificou pela paz.

Mas, ao longo de milhares de anos, a verdade desse pacto foi perdida e distorcida, reescrita pela história para refletir a narrativa mais glorificante de um herói conquistando o mal. E é por isso que os White Walkers estão de volta agora. Sem querer, a humanidade violou o pacto que eles deixaram a história esquecer.

Além do que sabemos

Mas seja qual for o motivo, o ponto é que há mais nos Caminhantes Brancos do que fomos levados a acreditar. Porque toda vez que vemos mais deles, temos um vislumbre de como há dois lados nessa história. E até agora, só vimos o lado dos humanos.

Nada resume mais do que a cena da 6ª Temporada, revelando as origens dos White Walkers. Nessa cena, vimos como os White Walkers nunca pediram nada disso. Eles foram transformados à força em monstros das trevas pelos Filhos da Floresta. Eles também já foram uma vez homens. Mesmo agora, eles ainda são homens vivos (eles nunca morreram, diferentemente das criaturas que eles ressuscitaram) presos nos corpos dos monstros.

Mediação pacífica

Uma das nossas teorias favoritas para como tudo isso termina é que a humanidade não derrota os White Walkers matando-os. Eles os “derrotam”, curando os White Walkers dessa maldição infligida a eles há muito tempo pelos Filhos da Floresta.

E você ainda pode estar se lembrando do quadro pintado pelas muitas profecias que falam de um herói empunhando algum tipo de espada especial para acabar com a escuridão. Mas a figura do herói mais clássica que temos – Jon Snow – provou que sua habilidade mais heroica não é luta de espadas, mas sim diplomacia. E claro, o auto sacrifício.

Se você ainda tem dúvidas de que os humanos poderiam deixar de lado suas diferenças e se comprometerem com seu inimigo mortal e monstruoso, então você esqueceu que já vimos isso acontecer uma vez antes.

Jon Snow mediou a paz entre a Patrulha da Noite e os selvagens. Antes de se tornarem amigos dos selvagens, as lendas sobre eles eram tão bárbaras quanto as dos White Walkers: eles comem bebês, acasalam-se com animais, etc.

É assim que conseguimos nosso final perfeitamente agridoce para Game of Thrones. Porque a última vez que Jon negociou a paz com um inimigo, ele foi morto por isso. Agora ele está de volta. E é provavelmente para que ele possa intermediar a paz com outro inimigo, antes de morrer dessa vez.

Quanto à Daenerys? Alguns acreditam que Jon terá que sacrificá-la para cumprir a profecia de Azor Ahai. Outros especulam que ela será a nova Rainha da Noite, uma mulher branca Walker da lenda do Rei da Noite.

No entanto, acontece que Game of Thrones não terminará com um jogo de tronos. Isso terminará com uma triste canção de gelo e fogo – finalmente em harmonia após milênios de morte e guerra entre os dois.

 

E aí, você acredita que esta teoria irá vingar?

Leia também: Criadores de Game of Thrones afirmam que alguns fãs “irão detestar o final”

 

Sobre o autor

Anderson Narciso

Editor-chefe

Criador do Mix de Séries, atua hoje como redator e editor chefe do portal que está no ar desde 2014. Autor na internet desde 2011, passou pelos portais Tele Séries e Box de Séries, antes de criar o Mix. Formado em História pela UFJF e Mestre em História da Saúde pela Fiocruz/RJ, Anderson Narciso se aventurou no mundo da criação de conteúdo para Internet há 15 anos, onde passou a estudar sobre Google, SEO e outras técnicas de produção para web. É também certificado em Gestão Completa de Redes Sociais pela E-Dialog Comunicação Digital, além de estudar a prática de Growth Hack desde 2018, em que é certificado. Com o crescimento do site, e sua parceria com o portal UOL, passou a atuar na cobertura jornalística, realizando entrevistas nacionais e internacionais, cobertura de eventos para as redes sociais do Mix de Séries, entre outros. Atua como repórter no Rio de Janeiro e São Paulo, e pelo Mix já cobriu eventos como CCXP, Rock in Rio, além de ser convidados para coberturas e entrevistas presenciais nos Estúdios Globo, Netflix, Prime Vídeo, entre outros. No Mix de Séries, com experiência de dez anos, se especializou no nicho de séries e filmes. Hoje, como editor chefe, é o responsável por eleger as pautas diárias do portal, escolhendo os temas mais relevantes que ganham destaque tanto nas notícias quanto nas matérias especiais e críticas. Também atua como mediador entre a equipe, que está espalhada por todo o Brasil. Atuante no portal Mix de Séries diariamente, também atende trabalhos solicitados envolvendo crescimento de redes sociais, produção de textos para internet e web writing voltado para todos os nichos.