The Good Doctor colocou as cartas na mesa no episódio 5×02
Review do segundo episódio da quinta temporada de The Good Doctor, exibido pela ABC, intitulado: "Piece of Cake".
Uma antagonista satírica e real, ao mesmo tempo, era tudo que precisávamos em The Good Doctor. Por mais que a abordagem da C*vid na última temporada tenha sido extremamente necessária, esta já começou mais desperta aos novos olhares.
Boa parte disso devido à presença de Salen, uma nova e intrigante personagem que está deixando todos de cabelo em pé. Com seu jeitinho Dolores Umbridge, a nova personagem traz uma visão não tão humana da saúde e com certeza agrada a bem poucos.
Claro que a tecnologia anda a nosso favor e isso é um ponto de extrema importância na nova aquisição. Por outro lado, saímos de uma expedição à Guatemala, onde The Good Doctor mostrou a grande realidade mundial no que diz respeito a cirurgias e procedimentos médicos. Esse choque cultural foi muito importante e deveria ser mais apresentado na série. Contudo, o que realmente incomodou a todos foi a forma de tratar os pacientes como clientes.
The Good Doctor distorce propositalmente o verbo cuidar
Em meio a era digital, todos estamos em constantes observação e análise. Seja por outros profissionais ou, de forma mais moderna, por máquinas. Novos sistemas de avaliação, busca pelo reconhecimento resolutivo, mudanças na marca do sabonete do hospital.
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Tudo veio com o intuito de melhorar as instalações e trazer benefícios aos funcionários. Será mesmo? Pelo menos não foi o que vimos com Shaun no final do episódio. A princípio, o protagonista de The Good Doctor percebeu que não será fácil se adaptar às possíveis mudanças.
Ainda mais com Salen entrando sorrateiramente na mente de cada médico e bagunçando um pouco as estruturas que vinham sendo construídas. De certa forma, isso é bom para criar uma evolução dramática que muitas vezes está em falta nas séries procedurais.
Por outro lado, a dramaturgia em excesso pode atrasar certos plots que deveriam se solidificar logo no começo da temporada de The Good Doctor. Bons exemplos são a entrada de Mateo no corpo clínico do hospital e o divórcio de Glassman. Ambas situações que, se enrolarem demais na temporada, podem culminar a beira do tédio.
E os casos da semana, nada a acrescentar?
Ao passo que Salen estava em todos os cantos durante o episódio, sinceramente não me conectei muito com os casos apresentados. Mesmo fora do campo cirúrgico, Reznick ainda está dentro das avaliações clínicas dos pacientes. Acho que a personagem já se estabeleceu dentro da clínica e conseguiu grandes avanços.
Ela vem mantendo uma relação estável com Park, tanto dentro como fora do hospital. Entretanto, ainda acredito que teremos uma abordagem mais intensa do que os dois tem vivido como um provável friends with benefits.
Por fim, não podemos sair sem deixar um gosto de quero mais, não é mesmo? Na próxima semana de The Good Doctor, Freddie Highmore entregará mais um show de atuação pelo que podemos ver na promo. Da mesma forma que terminou o episódio atual, o próximo lida com a ansiedade de Shaun perante às mudanças. Enfim, nos vemos em breve com mais uma review. Um grande abraço e até lá!
Nota do Episódio: 4/5