The Voice Brasil entregou edição diferente, mas coerente, em 2020
Veja tudo o que rolou na nona temporada do reality de sucesso The Voice Brasil, exibido recentemente na Rede Globo. Texto com spoilers
The Voice Brasil veio em 2020 com sua nona temporada
Sim, meus amigos, cá estamos cobrindo mais uma edição do The Voice Brasil. Em meio à pandemia, o programa teve que se reinventar, com uma plateia virtual. E, além disso, sem qualquer contato físico entre jurados e participantes.
Após uma temporada fora, Carlinhos Brown retornou para a edição adulta do reality, substituindo mainha Ivete Sangalo. Apesar dessa dança das cadeiras, o entrosamento, mesmo com todo distanciamento, foi forte bem como alinhado.
Então, vamos conferir os principais destaques dessa nona temporada?
TIME BROWN (Luke)
Mais uma temporada e, portanto, estamos aqui pagando diversas línguas com novas oportunidades. Já tive duras críticas às escolhas de Brown durante os anos da competição, mas ele me surpreendeu positivamente no ano de 2020.
– AUDIÇÕES ÀS CEGAS
Primeiramente tivemos por aqui escolhas clássicas com inspiração do R&B, como foi o caso de Izrra com seus melismas e, igualmente, Carla Sceno com sua potencia. Alguns foram diretamente ao que o Brasil tem de melhor, como o caso de Bruna Daré e sua marcante voz de Elis Regina. Além disso, as raízes também são inspiração para Brown e podemos ver isso com as apresentações de Glícia França e Thaline Karajá.
Os favoritos, ao meu ver, de longe se formam nas personalidades de Tibi e Karina Zeviani. Por outro lado, entretanto, podemos nos surpreender com algumas evoluções durante as semanas, como o caso de Cleane Sampaio, Rava e Carlos Júnior. A experiência forma o team Brown nas vozes de Adma Andrade, Simone Mazzer e Tecca Martins.
Igualmente, algumas apresentações surpreendem, como o caso de Alissan bem como Amanda Coronha, simplesmente por não sabermos que precisávamos disso. Enfim, para fechar, temos Madina Lyve, uma pedra bruta que pode ser lapidada em breve.
– BATALHAS
Brown começa as batalhas garantindo o potencial de Aline Souza, a poderosa voz gutural de Angel Sberse e o estrondoso timbre de Luiza Cruz. O poder do peguei foi bem utilizado pelo nosso coach.
Tibi x Rava, por sua vez, foi de uma qualidade impressionante. A colocação mais confortável do rapaz sobre a canção o fez ir a próxima fase. Simone Mazzer x Tecca Maris trouxe um delicioso duelo de estrelas, com altos e baixos em ambos os lados e uma decisão por Simone difícil, pelo equilíbrio colocado. Adma Andrade x Glícia França retratam a raiz do Brasil, assim como a apresentação de Thaline Karajá x Alissan e de Cleane Sampaio x Madina Lyve. Nas três batalhas, as escolhas se apresentaram justas, contudo, com despedidas que mereceriam grandes momentos.
O que fez diferença foi exatamente a experiência e o apego pela emoção ao cantar. Izrra x Carlos Júnior vem com experiência na bagagem vocal e foi exatamente por estar tão centrado que Izrra levou a próxima fase. Carla Sceno x Karina Zeviani tem uma maturidade impressionante na voz que impressiona qualquer um e a saída de Karina me deixa muito triste. Mas devemos reconhecer o potencial de Carla, principalmete por estar muito a vontade com a apresentação.
Amanda Coronha x Bruna Daré representa outro grande momento da competição, com vozes ao mesmo tempo doces e poderosas e uma difícil decisão. Concordo com a escolha de nosso baiano, contudo, fico feliz com Bruna seguindo pelo team Teló.
– RODADA DE FOGO
Nem um pouco medroso em suas decisões, Brown colocou grandes nomes para baterem de frente na Rodada de Fogo. Izrra tem o brilho com a suavidade de sua voz; Simone Mazzer, por sua vez, possui a teatralidade necessária para uma grande estrela, enquanto Amanda Coronha consegue nos remeter a diversas vozes da nova MPB, mas seu diferencial está em certos nuances que pouco vimos até hoje.
Em contrapartida temos Luiza Cruz com seu timbre único que também cresce nas apresentações, mas a song choice desta etapa não foi a melhor para o momento. Aline Souza tem todo seu swing de Alcione, o qual se encaixou perfeitamente com o técnico. Carla Sceno demosntrou um crescimento fora de cogitação nessa temporada e vem só melhorando. Thaline Karajá traz sua regionalidade na voz e a garra faz com que ela cresça muito dentro do palco.
Tibi teve deslizes importantes, mas evoluiu de forma satisfatória durante a canção. Adma Andrade trouxe a brasilidade e uma identidade tão preciosa que deixa qualquer um emocionado. Cleane Sampaio é um achado mais do que incrível desta temporada, conseguindo evoluir a cada semana de forma mais e mais apresentável. Angel Sberse é um voto de confiança que foi super bem aproveitado, pois tem um dos melhores drives que já vimos aqui, necessitando de pequenos reparos.
– QUARTAS DE FINAL
Um momento extremamente decisivo dentro da competição onde os técnicos conseguem sentir o feeling do público sobre seus competidores. Brown formou dois trios de excelente equilíbrio com apresentações igualmente satisfatórias. Amanda Coronha é um canhão de emoções, que vai do tom sensual ao timbre intenso em dois segundos. Cleane Sampaio nunca decepciona e, mais uma vez, trouxe a força do Nordeste para o palco na performance e na voz.
Tibi é um excelente cantor e tive uma afinidade com ele de cara. Contudo, não sei se percebo evolução nele dentro da competição. Aline Souza faz sua delicada releitura de um delicioso pagode de Thiaguinho com identidade própria na canção. Carla Sceno, com toda certeza, foi uma das melhores evoluções dessa competição e isso me deixa extremamente feliz. Izrra é sem explicações, e só concretiza em suas apresentações tudo aquilo que já passou, desde que seu vídeo estourou no metrô anos atrás.
– SEMIFINAL
Amanda Coronha traz suas armas de suavidade vocal com nuances de agudos muito bem colocados. Sua evolução na competição é incontestável e ela conseguiu aproveitar ao máximo os conselhos de Brown. Clara Sceno é aquele estouro que cresceu muito a partir das batalhas, e foi apresentando novas ideias a cada semana. Se chegar a final não me surpreende nem um pouco, pois tem o carisma e a voz para isso.
Cleane Sampaio traz mainha em uma semifinal com toda a honra da competição. A garota meiga e doce tem um potencial gigantesco em sua carreira logo a frente. Izrra trouxe Liniker e conseguiu arrepiar qualquer pessoa que conhece a canção. Ele colocou sua versão na canção, ficando tão emocionante quanto a original. Por conta disso, seu local na final está mais do que garantido e espero que isso mostre cada vez mais seu reconhecimento.
– FINAL
Brown foi super coeso essa temporada e não podemos negar. O técnico trabalhou bem suas vozes, conseguiu potenciais impressionantes e apresentou uma evolução com seus participantes. Mas como a decisão do público impera, não foi dessa vez que Izrra levou o troféu para casa. Todavia, suas portas estão cada vez mais escancaradas e tenho certeza que ele terá todo o apoio e suporte para uma carreira brilhante daqui pra frente.
TIME IZA (Edu)
Depois de uma entrada triunfal no ano passado, Iza dessa vez veio mais determinada a barrar invencibilidade de Michel Teló. A boa intenção da musa foi grande, mas convenhamos que ela acabou sofrendo alguns deslizes na disputa.
– AUDIÇÕES ÀS CEGAS
Para a fase inicial, a dona do mega hit “Pesadão” realmente levou o nome da canção a ferro e fogo para formar seu time. Nessa primeira fase ela construiu um dos times mais fortes da temporada, maior parte formado por mulheres.
Ao meu ver por aqui um dos nomes que mais chamou minha atenção foi de Daphne, com sua versão para “Dog Days Are Over”, do grupo Florence + The Machine. Além disso, a ruiva chamou minha atenção muito também com sua semelhança em partes com a maravilhosa Florence Welch.
Como também não falar de Aline Souza, Bruna Black e, principalmente, Diva Menner? Que trio poderoso! É claro que tiveram também aqueles casos em que cantaram músicas de Iza, justamente com aquele intuito de conseguir uma vaga no time da cantora.
No entanto não podemos esquecer dos homens desse time, uma vez que todos também mandaram super bem. Ao meu ver Filipe Toca e Victor Alves foram os destaques da ala masculina.
– BATALHAS
Aqui começa um dos momentos mais importantes da disputa, quando os jurados começam a escolher quem fica e quem sai da disputa. Por aqui o primeiro confronto já começou daquele jeito, com Aline e Bruna duelando entre elas. Essa foi uma daquelas batalhas em que não queria ser o jurado, pois ambas foram incríveis e qualquer uma que fosse escolhida seria justo. Felizmente Brown conseguiu roubar Aline para ele.
Entretanto tivemos no meio do percurso algumas batalhas esquecíveis, como Filipe Toca e Mayra Rodrigues. Por mim os dois poderiam ter saído, que não teriam feito falta alguma. Agora o auge foi tamanha injustiça com Daphne, em seu duelo com Natasha. Achei que a escolha musical não favoreceu a ruiva, saindo então precocemente da disputa.
Fora isso, posso dizer com convicção que grande parte das batalhas foram extraordinárias. Luciana Ribeiro e Stephanie Luna, Gabi Porto e Gui Valença, além de Diva Menner x Stanya foram batalhas inesquecíveis, com escolhas sensatas de Iza.
Agora não podia deixar de comentar os dois melhores duelos do time nessa fase. O que foi o confronto de Luli e Nada Lynn? Foi algo surpreendente e, pra mim, a melhor batalha do time nessa temporada. Luli por sua vez estava convicta de si, com vocais impecáveis, além de estar a própria Ariana Grande. Achei uma pena Nanda ter deixado a disputa.
Outra batalha que me deixou boquiaberto foi entre Anna Lima e Victor Alves. Nesse momento fiquei receoso, uma vez que achei que Iza não escolhesse o rapaz, mas felizmente acertou na decisão. Não desmerecendo Anna, no entanto ele se destacou muito mais, tornando-se então um dos principais nomes do time.
– RODADA DE FOGO
Como sempre digo, essa fase é a nossa versão para o Knockout Rounds. Agora a disputa vai ficando cada vez mais acirrada, e algumas escolhas equivocadas ganhando força. Posso dizer com convicção que menina Izabela teve um grande desafio aqui, pois a qualidade do seu grupo está ficando cada vez mais impressionante.
O primeiro confronto já foi pra me derrubar lindamente. Diva veio com um grande clássico de Whitney Houston, e que mulher! Apresentação impecável, me deixando abismado. Entretanto Paloma Maria veio com um clássico de Elis Regina, “Romaria”, a qual me emociona por demais. Quem acompanha meus coments de The Voice Brasil desde o início, sabe o valor pessoal que essa canção me traz. Apesar do valor sentimental, sejamos racionais e sucintos, Diva merecia levar essa batalha. Felizmente, Iza fez por onde.
No entanto o confronto seguinte, entre Bruna Black e Filipe Toca não me ganhou, e por mim os dois poderiam ter saído. A terceira e penúltima batalha da rodada também não foi lá aquelas coisas, mas já era nítido que Luli e Gui Valença seguiriam. Aliás, não aceitaria outro resultado além desse.
Agora, palmas para a última batalha. Victor e Luciana simplesmente vieram na voadora, com sede de vitória. Entretanto Nath, por sua vez, veio com algo totalmente com cara de audição. Amiga, não teve como te defender nessa.
– QUARTAS DE FINAL
Depois de escolhas tão óbvias, Iza definitivamente se consagra com o melhor time desse ano. Para o primeiro bloco, a cantora veio com um trio poderoso. Bruna, Luciana e Luli vieram com performances totalmente opostas uma da outra, mas completamente coesas a elas. Uma baita decisão difícil, a qual por mim todas elas deveria passar para semifinal. Contudo, Bruna infelizmente deixou a competição.
Já a segunda leva rumo a semifinal as coisas não foram diferentes. Diva veio com uma performance poderosa e mega intensa, enquanto Gui e Victor decidiram permanecerem em suas respectivas zonas de conforto, mas que renderam resultados satisfatórios. No fim das contas, o galã do time Iza infelizmente saiu e perdeu a chance de avançar para a semifinal.
– SEMIFINAL
Já quase nos finalmentes, senti um certo deslize no time Iza. Diva fez um excelente trabalho, ao cantar “At Last”. Se o time não tivesse com uma qualidade tão extraordinária, apostaria alto a cantora como a finalista. No entanto veio Luciana e Luli com duas apresentações básicas e fracas, que mal lembravam as candidatas nas rodadas passadas.
Victor tem feito um ótimo trabalho, mas esses pagodes clichês atuais são tão chatos, que pra mim isso o prejudicaria lindamente. Iza, visionária de tudo, decidiu dar os seus 20 pontos ao rapaz, o que rendeu sua vaga à final.
– FINAL
Se na semifinal eu falei do fato de Victor insistir nos pagodes chatos da atualidade, dessa vez me surpreendi. Sua primeira performance foi incrível, cheia de emoção. Agora convenhamos, o que foi ele cantando “Diamonds”?
Victor simplesmente surpreendeu, saindo da sua zona de conforto e mostrando o porquê merece estar na final. Eu fiquei emocionado e sem palavras, de tão perfeito que foi.
TIME LULU (Luke)
Cada ano que se passa, o team Lulu vem apresentando vozes de potencial estrondoso. Nem sempre o campeão do The Voice se torna o mais conhecido ou é o mais comercial. Podemos perceber isso diversas vezes.
– AUDIÇÕES ÀS CEGAS
Lulu coleciona vozes com direcionamento a indústria da música. Como exemplo começamos a falar de NAT em sua difícil missão de performar “The Climb” e João Marcelo com seu drive fora do comum. Duas vozes bem originais e com extrema potência.
Algumas song choices encaixaram perfeitamente com a característica vocal dos candidatos, como no caso da voz gutural de Angel Sberse, a escolha arriscada de Beyonce para Nathalia Barreto ou Alana Sant com sua versão de “Billie Jean”. Algumas releituras nacionais também foram bem orquestradas, como Rick Santos e Gabriel Nogueira.
Todavia, com toda certeza minha torcida vai para duas das maiores representatividades do team Lulu: THEF e Ed Souza. São representações do que Lulu gosta de trabalhar e que irá com toda certeza investir seu tempo para isso. Luana Granai e Daniel Ribeiro também possuem grandes chances de se desenvolverem, com o correto empenho e acerto de song choices.
Yesica Salles, Leyllane Carla, Paloma Maria, Nath Porto e Lawany são ainda mistérios para mim, que permanecem na linha do just ok, mas que podem impressionar por complementarem esse team tão diverso e tão Lux.
– BATALHAS
Lulu começa adquirindo novas vozes interessantes dos outros técnicos. A sonoridade de Ana Canhoto, a potência sertaneja de Sérgio Dorneles e o pop de Dan Gentil conseguem agregar boas vozes ao team Lux. Quando o assunto é batalhas, Lulu não vem para brincadeira.
NAT x Yesica Sales trazem um clássico de Aguilera, e foi por estar mais centrada na canção que NAT levou a próxima fase. João Marcelo x Angel Sberse trouxeram drives completamente inusitados e a escolha de Lulu por João faz total sentido por pequenos deslizes de Angel em relação ao microfone.
Leyllane Carla x THEF trazem uma releitura impressionante, contudo, assim como Lulu, ver o potencial artístico de THEF ainda aquece meu coração. Ed Souza x Nath Porto são duas potências, mas existe uma originalidade e adaptação na voz de Ed que ainda a coloca como extrema favorita por aqui. Alana Sant x Daniel Ribeiro, Lawany x Gabriel Nogueira e Rick Santos x Nathalia Barreto vêm com baladas distintas.
Alana segue pelo carisma associado a sua voz. Já Lawany, por sua vez, segue pela abertura e clareza que se coloca em uma song choice extremamente complicada. Rick segue por sua força de vontade, além de trabalhar bem seu potencial. Luana Granai x Paloma Maria interpretam o que há de novo no pop brasileiro, todavia, a maturidade de palco que Luana apresenta a faz seguir.
– RODADA DE FOGO
Sabendo muito bem dosar as apresentações, Lulu acabou tomando decisões surpreendentes por aqui. Ed Souza teve seus deslizes, contudo, é de uma naturalidade e singularidade incrível. Ana Canhoto representou com clareza um clássico melódico.
Alana Sant com seu carisma consegue trazer pra si os detalhes de uma grande estrela, enquanto Dan Gentil trouxe Lagum com um potencial incrível da nova geração pop do Brasil. Sérgio Dornelas veio com um clássico, fora de sua zona de conforto e conseguiu trazer uma boa apresentação, mesmo com o deslize do nervosismo.
Luana Granai trouxe uma performance muito bem reproduzida, com uma sonoridade das palavras muito bem colocadas. NAT tem o poder vocal inegável, mas a song choice não conseguiu absorver todo esse potencial nesta fase.
Enquanto isso, João Marcelo fez uma releitura de samba ao rock que deixa simplesmente impactado. Já Rick Santos é a leveza de Lulu, o tom dos seus maiores clássicos e sempre traz isso nas suas apresentações. Lawany segue com sua clareza vocal que faz com que cada vogal se encaixe perfeitamente na canção. THEF é o estilo em pessoa, seguindo com sua qualidade de apresentações.
– QUARTAS DE FINAL
Com os anos de competição, Lulu refina cada vez mais seu time e sempre deixa claro seus favoritos. Neste ano, o coach consegue abordar estilos diferentes dentro de sua própria visão. Dan Gentil tem muita expressão para tão pouca idade e impressiona com sua evolução de desenvoltura no palco.
João Marcelo é um artista já preparado para o mercado quando se fala de voz, contudo, precisa continuar evoluindo sua desenvoltura e carisma durante a apresentação. Luana Granai já consegue ser a união da voz com o carisma de palco que é super necessário para a ascensão de uma estrela.
Ana Canhoto veio com uma difícil leitura de Elton John, que impressionou pela originalidade da apresentação. Ed Souza dispensa muitos comentários pela identidade como artista e está mais confiante com sua song choice. Lawany se consolidou a representante do sertanejo e demonstrou uma excelente extensão vocal nos agudos.
– SEMIFINAL
Ana Canhoto trouxe “Piloto Automático”, uma canção bem estável na zona de conforto. Todavia, Ana com sua maestria conseguiu exprimir identidade na música de forma brilhante. Dan Gentil traz um frescor do melhor que o pop pode produzir nos próximos anos em sua voz. Colocou Jack Johnson de forma brilhante, arriscando de forma comedida nos momentos certos.
Ed Souza é uma estrela em diversos sentidos. Sua aparência desconstruída cria um personagem às nossas cabeças. Contudo, o que mais impressiona e continua brilhando é sua voz suave, serena e constante.
Luana Granai fecha um team muito bem trabalhado por Lulu. Trazer Jessie J nunca é fácil, mas é um risco que se deve correr, principalmente quando se tem tudo a ganhar ou perder. Fez uma apresentação de qualidade, bem colocada e explosiva para a semifinal.
As coisas nunca são como imaginamos e Lulu conseguiu misturar bem sua decisão. Eu sinceramente não concordo com a decisão de Lulu. Ana Canhoto é sim um poder estrondoso, mas temos particularidades entre os quatro semifinalistas que colocam os outros três na frente. Acho que o público possui também essa visão e isso irá ser reflexo na próxima fase, creio eu.
– FINAL
Não estava de tudo errado, não é mesmo? A escolha por Ana Canhoto impressionou de forma curiosa a todos nós. Entretanto, realmente foi um tiro não muito orquestrado.
A garota fez estabilidade em suas apresentações e conseguiu passar emoção, mas não o suficiente para uma grande final. A decisão do público conta todos os pontos possíveis nas últimas rodadas e deve ser ouvida de forma a levar um campeão. Não somente para ter o título, mas também para proporcionar chances de encaminhar grandes cantores com os prêmios.
TIME TELÓ (Let)
Michel Teló é daquelas pessoas que não tem como não gostar. Simpático bem como inteligente, ele chegou no The Voice Brasil 2020 como pentacampeão. E, além dfissom prontíssimo para levar outro campeonato pra casa. Uma boa característica do Teló é que ele pensa muito antes de escolher seus pupilos, e não se limita ao sertanejo (ele já ganhou uma temporada com uma roqueira). Então, desde o início já fiquei ansiosa em ganhar o The Voice BR 2020 junto com ele.
– AUDIÇÕES ÀS CEGAS
Já no primeiro dia, Teló descobriu o talento de Fabiana Souto, uma das minhas favoritas da temporada. Experiente, versátil be como dona do palco. Assim, Fabiana foi uma grande escolha.
Deixando claro que Teló não é nada limitado, na segunda noite de audições ele foi escolhido pela maravilhosa Érica Timóteo, que cantou o hino de Jorge Aragão “Enredo do Meu Samba”, e Tamara Salles que escolheu “Desafinado”.
Mas o melhor ainda estava por vir. Na terceira noite, Teló foi escolhido por Dan Gentil, uma das melhores vozes desta temporada. E na quarta, foi a vez de Manso, outro grande destaque. Douglas Ramalho escolheu Teló na quinta noite. Como sempre, Teló fez ótimas e acertadas escolhas, sempre pensando muito e buscando realmente talentos. De todos os técnicos, ele é o que “garimpa” melhor.
– BATALHAS
Chegamos à minha fase favorita, em que os cantores dividem o palco cantando a mesma música e mostram todo seu talento. Já na sua primeira batalha, Teló colocou frente a frente dois grandes destaques da temporada: Douglas Ramalho x Ana Canhoto. Quem se deu melhor foi Douglas, que continuou no time. Na minha segunda batalha favorita do time Teló, Luana Marques e Sérgio Dorneles cantaram “Luar do Sertão”, e Luana foi a vencedora.
Thalita Maciente e Sofia Moreno também venceram suas batalhas. Entretanto, a disputa mais acirrada e mais linda do time Teló foi a protagonizada por Érica Timóteo e Luiza Cruz. A dupla cantou o hino de Elza Soares “Mulher do Fim do Mundo”, em que Érica ganhou. Além disso, para finalizar o time, Manso e Larissa também venceram seus embates.
– RODADA DE FOGO
Chegamos à Rodada de Fogo e, dessa forma, o coração já dói porque os times estão diminuindo. Larissa cantou “La Vie en Rose” e arrasou muito, sendo escolhida por Teló.
Assim como Manso e Thalita, que também passaram para a próxima fase. Uma das apresentações mais impactantes da Rodada de Fogo, ao meu ver, foi a de Douglas Ramalho cantando “Meu Abrigo”, a qual emocionou todo mundo. Glícia maravilhosa, cantou “La Belle de Jour” e arrasou demais, passando também.
– QUARTAS DE FINAL
Chegamos aos programas ao vivo, e agora o público começa a participar também. Já começamos com um trio da pesada, primeiramente sendo colocado frente a frente: Fabiana Souto, Glícia bem como Manso. Todos foram perfeitos, mas eu não conseguiria escolher. Entretanto Teló e o público sim, e com isso, Fabiana foi eliminada. Uma pena! Mas os outros dois mereceram muito passar.
Na segunda parte das Quartas de Final do The Voice Brasil, foi a vez de Douglas Ramalho, Larissa e Thalita. Dessa forma, Douglas e Larissa passaram. Ao analisar os resultados, tanto o público quanto Teló, acertaram nas duas escolhas.
– SEMIFINAL
Chegamos à Semifinal com o coração na mão. Quatro vozes perfeitas e muito diferentes entre si, disputando a mesma vaga. Douglas Ramalho, Glícia, Larissa e Manso. Amei as apresentações de todos, mas a minha favorita foi a de Glícia. Ela foi perfeita – assim como foi também a escolhida do público. Mas Teló pensava diferente, e deu seus 20 pontos para Douglas Ramalho, que passou para a final. Pela primeira vez, não concordei com o técnico. Não que Douglas seja ruim, contudo Glícia era melhor.
– FINAL
Na grande final do The Voice Brasil, Douglas chegou forte, cantando um dos maiores hinos brasileiros de todos os tempos, “Eu Sei Que Vou Te Amar”. Assim, ele foi profundo, e aplaudi. No entanto, a sua segunda apresentação foi boa, mas não tão impactante. Logo, isso foi determinante para colocar o cantor no segundo lugar. Dessa vez Teló não ganhou, mas foi um resultado muito justo, porque ele errou na escolha do cantor que foi para a final.
E o vencedor do The Voice Brasil 2020 foi…
Victor Alves, do time Iza!
– Edu
Ah, finalmente os refrescos no The Voice Brasil! Sem ganhar nada aqui no Team Reality desde a season 14 do The Voice US, quebrei meu jejum. Victor me ganhou desde as audições e, dessa forma, vindo numa incrível curva ascendente.
No entanto, mesmo com alguns deslizes no meio do caminho, ele soube dar seu melhor. E, além disso, que emoção pra mim vê-lo ganhar. Não só porque defendi o Time Iza esse ano aqui. No meio de um preocupante retrocesso que estamos vivendo nos últimos tempos, ver negros vencendo os principais reality shows da TV brasileira é motivo de muito orgulho.
E digo mais, no caso de Victor isso ainda é mais incrível ainda. O rapaz ainda foi treinado por uma cantora negra, ou seja, uma vitória dupla. E que quinta-feira inesquecível tivemos, meus amigos. Victor ganhando o The Voice Brasil, enquanto Jojo Toddynho no mesmo horário levando a melhor em A Fazenda, na Record.
É claro que se Diva tivesse chegado à final, muito provavelmente teria levado. Aí seria outra vitória representativa, agora com uma mulher trans. Os quatro finalistas foram incríveis, e todos vieram com uma história de superação diferente, em que acabou com minha estrutura emocional.
Parabéns, Victor! Parabéns, Iza! E PARABÉNS PRA MIM!
– Let
Eu ainda estou impactada com Victor cantando “Diamonds”, da Rihanna no The Voice Brasil. Mesmo sendo Time Teló desde o início da temporada, eu amei Victor desde o primeiro momento, quando cantou “Pra Você Acreditar”.
Um menino jovem, negro, com uma voz perfeita e uma saga cheia de luta. Se fosse só pela sua história, Victor já merecia ganhar. Mas não foi só por isso, foi também por sua voz, e que voz. Macia, envolvente, do pagode ao pop sem esforço, Victor é um fenômeno.
Uma vitória cheia de representatividade em um país que ainda sofre demais com o racismo estrutural e escancarado. Dessa forma, desejo muito sucesso para o Victor e, além disso, parabenizo o Edu por ganhar mais uma temporada.
– Luke
Victor Alves surpreendeu a muitos e, dessa forma, mereceu o destaque nessa reta final. Conseguiu conquistar bem como cativar o público de forma impressionante. Apresentou performances coesas e bem trabalhadas, levando ao sucesso reconhecido do team Iza nessa grande final.
Fico feliz com Iza levando uma estrela a grande final e trazendo o melhor dela para nós. Estão realmente de parabéns pelo trabalho!!
E vocês, o que acharam dessa temporada de The Voice Brasil? Gostaram do resultado? Deixem nos comentários e, igualmente, continuem acompanhando as novidades do Mix de Séries.