7×21 e 7×22 de Chicago Med são mornos com fim de temporada
Sétima temporada de Chicago Med se despede com gosto amargo. Veja o que aconteceu nos episódios 7x21 e 7x22.
Se eu pudesse definir a sétima temporada de Chicago Med, esse seria o adjetivo: morna. Ela até começou interessante, com novos personagens e histórias que chamaram atenção. Mas, depois, acabou se tornando perdida em explorar personagens, jogando-os em histórias que começam e terminam do nada.
Infelizmente, eu senti isso como uma tentativa de chamar – ou salvar – o interesse do público com Chicago Med. Embora ela ainda tenha uma boa audiência, é inegável que muitos fãs não gostam das histórias há algum tempo. A sensação é que a série está arrastada, sem saber para onde ir.
Reta final não criou expectativas
Aparentemente, os roteiristas de Chicago Med se viram com problemas quando, diante da reta final, não tinham criado enredos para manter alguma expectativa para desfecho. Com isso, no episódio 21, algumas histórias foram jogadas e corridas, na tentativa de fazer valer qualquer gancho no episódio 22.
Acho que das histórias que valeu atenção, a única que realmente salvou foi a do Dr. Choi, com ele tentando se conectar com o companheiro do pai, que escondeu durante 50 anos que era gay. Esse plot foi bem interessante, e talvez tivesse valido a pena explora-lo com mais calma. Mas essa história também não escapou da sensação de que foi “jogada” às pressas no enredo.
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Outra história que surgiu do nada foi a do Dr. Charles com a sua terapeuta e, embora eu torça para que o médico seja feliz – afinal, ele é um dos melhores ali da série -, eu também não consegui ter apelo com qualquer coisa que aconteceu entre ele e Susan.
Já Pamela foi uma das melhores adições da sétima temporada, mas o seu problema com as mãos também surgiu do nada, e colocou Crockett em uma situação complicada, que o fez escolher um procedimento que pode ter prejudicado a carreira da médica. Talvez esse seja um artifício para tirar a atriz Sarah Refferty do elenco, que esteve apenas como convidada na sétima temporada, não devendo voltar para o oitavo ano. Uma pena, porque a química entre os dois é boa.
Will ainda segue como um dos piores personagens de Chicago Med
Há também outras histórias que passaram despercebidas nessa reta final de Chicago Med e que não me atraíram, como Vanessa buscando seu pai biológico e fazendo Maggie reconectar com ele.
Mas de longe, o pior personagem para mim é Will. Acredito que ele não tem capacidade de tocar histórias sozinho e está sempre em conflitos com seus colegas de trabalho ou em suas relações pessoais. O fato de Hannah voltar, por exemplo, o colocou mais uma vez agindo como o “super protetor”, seja levando-a para morar no complexo dos apartamentos em que ele comprou, ou seja se impondo em uma opinião médica com outro colega do hospital.
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Hannah não gostou disso, mas vejo que ela tem sentimentos por Will. Então, é capaz de que ela vá se sujeitar a viver algumas coisas para estar do lado dele. Mas torço realmente para que Hannah desenvolva uma história própria na próxima temporada, se desvinculando de Will. Porque ela de fato tem potencial para ser mais do que apoio de protagonista.
Chicago Med deixou portas para 8ª temporada de forma bem morna
Com isso, Chicago Med exibiu um episódio bem xoxo como porta para 8ª temporada. Nem mesmo o parto da filha de Goodwin salvou ou gerou qualquer emoção, na minha opinião.
Nos instantes finais, Dylan descobriu que Milena (que revelou se chamar Jo) estava em risco e a levou para o apartamento de Will. Mas lá, eles acabaram sendo atacados, com o prédio sendo incendiado.
Acredito que não ficou claro se foi algo envolvendo Jo, ou represaria da VasCOM sobre o depoimento de Will, que também estava sendo ameaçado por depor no julgamento. As vidas de Will e Dylan, na verdade, correm risco, com eles ficando presos dentro dos apartamentos em chamas. Mas acredito que nada vá acontecer com eles.
Então ficamos diante de um impasse: torcemos para que Chicago Med melhorasse nessa 7ª temporada, mas isso de fato não aconteceu. O que esperar da oitava, portanto? Um milagre? Acho que só isso mesmo para salvar. Despeço-me dessas críticas da sétima temporada com essa torcida, afinal, a franquia Chicago merece!
Nota: 2/5