Crítica: 2×13 e 2×14 de New Amsterdam contribuíram para a evolução da trama
Crítica dos episódios 13 e 14 da segunda temporada de New Amsterdam, intitulados "In the Graveyard" e "Sabbath", exibidos nos EUA pela NBC
Emoção nos episódios do drama médico
New Amsterdam trouxe uma sequência de episódios interessantes, e o Mix de Séries te ajuda a lembrar o que aconteceu com os nossos comentários desta semana.
Confira abaixo uma resenha dupla dos episódios 13 e 14 da segunda temporada.
É preciso tratar de pacientes até mesmo instantes antes da morte
O episódio 13, intitulado “In the Graveyard“, soube trabalhar muito bem um tema bastante delicado: o momento que procede a morte. Até onde o hospital precisa se empenhar para tratar bem de um paciente? E se ele for uma “causa perdida”, ele precisa ser abandonado?
Quando o New Amsterdam recebe uma paciente abandonada pelo Hospital Universitário, em seu leito de morte, Max acorda para uma importante estatística, a de que seu hospital estava também abandonando um número considerável de pacientes por mês. Isso lhe assustou, fazendo com que ele recuperasse boa parte destes pacientes para o hospital – mesmo que quase todos eles fossem morrer.
A trama deste episódio foi muito envolvente porque cada um dos médicos protagonistas ficou incumbido de tratar de um caso – e todos eles, de alguma forma, aprenderam algo com seus pacientes.
Iggy tratou de um caso que o paciente precisava se reconectar a seu pai – apenas para dizer umas verdades. Mas no final, o pai entendeu o que fez de errado e esteve ali pelo filho no leito de morte. Já Max, encontrou uma “nova secretária” em meio aos pacientes, tendo uma ideia de criar um centro paliativo para cuidar destes moribundos. Aliás, a condução desta ideia foi bem engraçada, mostrando que New Amsterdam sabe emocionar mas também fazer rir quando quer.
Já Bloom ficou nos cuidados da paciente largada pelo Hospital Universitário, tendo como missão mantê-la viva para ver o nascimento de sua neta. Porém, ela era uma paciente de não ressuscitar, o que complicou o caso.
Razão e emoção
O episódio também deu destaque para o Dr. Kapoor, que está com Ella e tratando-a feito uma criança. O cuidado excessivo, no entanto, foi repreendido pela moça, mostrando ao médico que precisava de espaço. Achei muito legal ele entendendo isso, mas mesmo assim não deixando de se preocupar. Ele também tirou essa lição do caso que ele tratou, uma vez que a paciente estava para morrer e não queria um funeral adiantado para se reconectar com sua família. Graças aos esforços de Vijay, ela topou fazendo-a chorar muito. Mas ela entendeu que aquilo foi necessário, ainda mais após descobrir que ela na verdade não estava morrendo.
Vale destacar também que o episódio abordou o fato de que Max sempre favorece Helen, e isso foi muito importante. Por mais que eles sejam amigos, Helen sempre recorre a ele e isso é visto com péssimo olhos por muitos médicos. O questionamento que fica é: Max faz isso para ajudar pacientes ou porque, no fundo, ele a ama e não quer reconhecer?
Corte de orçamentos foi destaque
Apesar do décimo quarto episódio, “Sabbath“, ter tido uma história central independente, ele deu sequência a uma história que estou achando bem interessante – a vida romântica de Max, após a morte de Georgia.
Para quem não se lembra, no episódio 11, Max desenvolveu uma amizade com a mãe de Bobbi, uma paciente do New Amsterdam. Papo vai, papo vem, finalmente rolou uma oportunidade deles saírem em um encontro – algo não programado. Só que eles apenas pensavam que estavam prontos, porque na verdade não estão. O episódio desenvolveu isso muito bem, ao mostrar que o luto precisa ser vivido e que cada um tem seu tempo. Eles podem não estar prontos para um envolvimento romântico agora, mas encontraram apoio e suporte um no outro e gostei muito de ver essa dinâmica.
Mas antes de partir para esse encontro que não se concretizou, Max teve uma difícil missão: cortar 2 milhões de dólares do orçamento do New Amsterdam. E como todos sabem, o médico é resistente a cortes. Por pouco, ele não precisou cortar um programa que dá suportes a recém mamães imigrantes. Mas ele conseguiu, como sempre, burlar o sistema – já notou que ele tá sempre fazendo uma gambiarra para cobrir outra? E vocês achando que esse “jeitinho” só existia no Brasil…
Aliás, falando de formas “pré-conceituosas”, esse episódio mostrou uma história interessantíssima de um paciente que desenvolveu um tomar por conta de estresse pelo racismo que sofre. E o paciente, uma criança de 13 anos, não percebia que ele passava por isso diariamente. A história comoveu a Iggy, que resolveu mudar o mundo. Mas ele precisava primeiro tratar do paciente – algo que foi notado por Helen, que sabiamente explicou isso para o psiquiatra, vindo de alguém que sofre preconceitos diariamente.
Falando na Helen, ela está a um passo de surtar vendo o que Castro está fazendo com o departamento de oncologia. Não vejo a hora dela arrumar as coisas e tirar essa mulher do lugar que sempre pertenceu a ela. Afinal, o New Amsterdam precisa de profissionais competentes e não aqueles que causam transtornos.
Além de uma trama bem bacana mostrando Kapoor se dando mal com a tecnologia, o episódio deu bastante destaque para Reynolds, que foi até o México fazer algumas cirurgias para pacientes do New Amsterdam, afim de economizar dinheiro para o hospital. Vale ressaltar que ele não encontrou oportunidade para falar de sua demissão para Max, que acabou descobrindo da pior maneira possível no fim do episódio. Só eu acho que vai dar o maior problemão isso?
Os episódios estão bem interessantes e a segunda temporada está sendo bem consistente. E vocês, o que estão achando? Deixem nos comentários.
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