O motivo por que The OC não poderia ser feita hoje em dia
Ator que fazia Seth criticou a falta de visão de The OC sobre as diferenças entre pobres e ricos, dizendo que a série não funcionaria hoje.
A estrela de The OC, Adam Brody, explicou recentemente em uma entrevista o motivo pelo qual ele acha que a série não teria sucesso no mundo de hoje.
Exibido na Fox de 2003 a 2007, The OC foi um drama adolescente criado por Josh Schwartz. A história se passava em Orange County, Califórnia, e focava no personagem Ryan Atwood (Ben McKenzie) como um adolescente problemático de um lar desfeito que acabou sendo adotado por Sandy (Peter Gallagher) e Kirsten Cohen (Kelly Rowan). E, ao se mudar para o opulento lar do casal, Ryan desenvolve uma grande amizade com o filho deles, Seth (Brody). Ele também desenvolve sentimentos por Marissa Cooper (Mischa Barton).
Na época, a série fez muito sucesso
The OC se tornou um grande sucesso de crítica, bem como de público. Isso transformou o jovem elenco, incluindo Rachel Bilson, em celebridades mundiais. Além disso, também recebeu o crédito por influenciar a música popular e as tendências da moda. Afinal, todos ouviam a trilha sonora da atração, ou queriam imitar os figurinos que ali pareciam.
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Dado seu alcance e o fato de que The OC viu sua popularidade crescer de novo, graças ao streaming na HBO Max nos Estados Unidos, questões persistiram sobre, se este seria o momento certo para reviver o drama. Embora muitos dos atores associados à série tenham dito que estariam abertos para reprisar seus antigos papéis, Brody, no entanto, ofereceu uma razão convincente do por que uma versão atualizada de The OC não funcionaria.
Para ator, The OC não funcionaria nos dias de hoje
Aparecendo como convidado no podcast Welcome to the OC, apresentado pelas ex-colegas de elenco de Brody, Bilson e Melinda Clarke, o ator foi questionado sobre a viabilidade de uma reinicialização. Em sua resposta, porém, Brody expressou dúvidas de que a série funcionaria tão bem hoje quanto naquela época.
Ele observou que, embora a série ocasionalmente tentasse se posicionar como uma crítica à riqueza, na verdade era uma celebração disso. Brody sentiu que, dada a maior conscientização sobre a igualdade de renda e outras desigualdades sociais, o foco principal de The OC pode não chegar aos telespectadores hoje.
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“Eu não acho que ela poderia ser feita. Porque eu sinto que, de forma social, acho que estamos em um lugar diferente. E acho que estamos em um lugar mais consciente. Eu me sinto que ‘The OC‘… Embora afirme ser, em um sentido semelhante a ‘Gossip Girl’, e isso poderia ser uma crítica – mas não é… É uma celebração, é uma celebração da riqueza, na minha opinião, você sabe. E, obviamente, como, no cerne, há pessoas que são adoráveis, é uma família.
Está no cerne também. Existem pessoas que se amam e se preocupam umas com as outras e se sacrificam umas pelas outras. Portanto, não é uma celebração pura do dinheiro. É uma celebração de, você sabe, amor e romance e estar no colégio. Não é só isso. Mas eu acho que meu ponto é, para mim, em uma América pós-Donald Trump, falar ‘vamos voltar para Orange County!’ não é real. Eu sinto que você tem que ter um ajuste de contas real, política e socialmente. E é isso que as pessoas querem ver”.
The OC poderia ganhar um “revival”?
De uma perspectiva sobre a narrativa, existem caminhos para um revival que The OC poderia explorar. Em comentários do início deste ano, Bilson observou que ela imagina Summer e Seth tendo seus próprios filhos agora. Um revival, dessa forma, poderia facilmente acompanhar essa ideia.
Mas, de um ponto de vista mais amplo, Brody está correto ao dizer que The OC nunca examinou de forma séria as diferenças de classe entre Ryan e sua nova família adotiva. Ele fez um gesto nessa direção, especialmente nos primeiros episódios, mas investiu muito mais na angústia romântica e familiar do que em qualquer crítica real.
Brody, que vai repetir seu papel como o adulto Freddy Freeman em Shazam! Fury of the Gods, também está certo em apontar para Gossip Girl. A série original, estrelada pela esposa de Brody, a atriz Leighton Meester, não se importou muito em questionar a riqueza e o privilégio de seus protagonistas.
O reboot de Gossip Girl, por outro lado, sente a obrigação de fazer referências das mazelas às diferenças de classe e outras questões sérias como a brutalidade policial. O resultado é que a reinicialização não é cuidadosa para envolver os espectadores, nem espumante o suficiente para contar como escapismo. Em vez disso, como as críticas e o público notaram, a nova Gossip Girl simplesmente não é divertida.
Logo, é provável que qualquer reinicialização de The OC fosse prejudicada pelos mesmos problemas.