Audiência – Análise de 15/12 a 21/12: The Voice, Survivor, Murphy Brown e muito mais

Na penúltima coluna de audiência do ano, temos vários números para analisar. Todavia, a final do The Voice certamente ganhará nossa atenção.

Imagem: NBC/Divulgação (02); CBS/Divulgação (02)
Imagem: NBC/Divulgação (02); CBS/Divulgação (02)

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Na nossa última coluna de audiência regular da temporada, temos alguns destaques que merecem a sua atenção. Curiosamente, eles ajudam a simbolizar exatamente o ano que termina no que funcionou, e no que não funcionou, em termos de audiência.

Embora tenhamos títulos para todos os gostos, a grande final do The Voice da última terça-feira (18) é quem terá a nossa maior atenção. Por isso, o que me dizem? Vamos analisar a audiência mais uma vez?

Fiquem conosco e não esqueçam de comentar, por favor. Afinal é a única maneira de continuarmos melhorando.

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ABC

Imagem: ABC/Divulgação

No sábado (15), o The Alec Baldwin Show entregou os mesmos medonhos 0.2 da semana anterior. É verdade que a manutenção da audiência é notória haja vista que na mesma noite ele competia com o UFC na FOX. Na segunda-feira (17), a Season Finale de The Great Christmas Light Fight ganhou 0.1 para 0.7, dando uma média de 0.86 no demo para 6ª temporada, uma queda de 10% em relação ao ano anterior.

Na quinta-feira (20), a Season Finale de The Great American Baking Show subiu 0.1 para 0.7, mas a quarta temporada foi infinitamente menor que o terceiro ano. O reality show despencou 16.4 em comparação com o ano anterior.

NBC

Imagem: NBC/Divulgação

Em mais um programa elogiado, e bastante comentado, o Saturday Night Live impressionou novamente em audiência. O humorístico, que contou com a apresentação de Matt Damon, fez 2.0 no demográfico alvo. Esses números representam uma Season High, superando os índices da Season Premiere. No domingo (16), o Sunday Night Football entregou 5.4 no demo, uma queda de 0.5 em relação há semana anterior. Contudo, é importante ressaltar que foi um resultado superior ao de 2017.

Os principais mercados da partida foram: Philadelphia 32.7/48; New Orleans 24.0/33; Norfolk 16.1/26; Richmond 16.1/27; Los Angeles 16..0/29; San Diego 16.0/30; Kansas City 15.7/25; Albuquerque 15.1/24; Minneapolis 14.9/26; Las Vegas 14.8/25. Já na segunda-feira (17), a primeira parte da final do The Voice fez 1.5 no demo. Enquanto no dia seguinte, a Season Finale entregou 1.7, uma queda de 0.3 em relação ao ano passado.

O telefilme que funcionou como uma Series Finale de Timeless fez 0.6 no demo, números estáveis em relação ao episódio exibido em maio deste ano. Contudo, a recém cancelada Midnight, Texas entregou estáveis 0.4 no demo.

FOX

Imagem: FOX/Divulgação

Num grande alívio para a FOX, o Miss Universo manteve os mesmos 1.1 do ano anterior. A manutenção é importante principalmente depois que o Miss América, exibido durante a Summer Season, entregou números vergonhosos (0.3). Ainda há esperanças.

CBS

Imagem: CBS/Divulgação

No domingo (16), 60 Minutes subiu 0.1 para 2.5 em relação há exibição de 25 de novembro, última vez que a emissora teve um jogo da NFL no período vespertino. Em seguida, God Friended Me subiu 0.1 para 1.1, assim como NCIS: Los Angeles ficou estável em 0.9.

No dia seguinte (17), The Neighborhood (1.0) e Happy Together (0.7) perderam 0.1 em relação há última exibição. A Fall Finale de Survivor ficou estável em relação há semana anterior (1.5), mas uma queda notável de 0.4 em comparação com dezembro de 2017. A reunião às 22h fez 1.0, uma queda de 0.2 em relação há 2017.

Encerrando a semana, a Season Finale de Murphy Brown entregou medonhos 0.7, estáveis em relação há semana anterior.

CW

Imagem: CW/Divulgação

O único original da semana, Dynasty, fez 0.1, uma queda de 0.1 em relação ao seu último original. O restante da programação da emissora na semana foram reprises.

Destaques da TV a Cabo

Imagem: Divulgação (06)

A queda de 0.10 de Dirty John (que oscilou de 0.40 para 0.30), explica-se pelo lead-in incrivelmente mais fraco do que na semana anterior. Mais cedo, The Real Housewives of Atlanta fez 0.68 (-0.14), enquanto Vanderpump Rules registrou 0.47 (-0.09 de Orange County).

No Starz, Outlander ganhou 0.03 para 0.19, enquanto Counterpart caiu 0.02 para 0.02. Já na Showtime, Ray Donovan ficou estável em 0.17, enquanto Escape At Dannemora subiu para 0.13.

Na quarta-feira (19), The Real Housewives of New Jersey ficou no segundo lugar geral da TV a cabo com 0.46, um crescimento de 0.10 em relação há semana passada. Já no Discovery Channel, Border Live subiu para 0.12.

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Análise Especial da Semana: The Voice e Survivor

O lado ruim….

Imagem: NBC/Divulgação

Dois programas icônicos da televisão americana encerraram suas mais recentes temporadas nesta semana. The Voice Survivor, apesar da idade, ainda são verdadeiros pilares tanto para NBC quanto para CBS. Elas ainda lançam séries (veja Manifest SEAL Team) e mantém as médias dos seus respectivos canais em alta, muitas vezes vencendo o horário na qual são exibidas por semanas a fio. No entanto, assim como a maioria da TV aberta, elas já mostram grandes sinais de desgaste.

The Voice entregou uma média de 1.69 no demográfico alvo na sua 15ª temporada, uma queda de 17.4% em relação aos números do ano anterior. Já Survivor teve um sangramento parecido de 12%. Nada de extraordinário se compararmos com outras séries (Bull atualmente opera em queda de 33%; Will & Grace de 46%), contudo é notório ressaltar essas quedas porque mesmo sendo pequenas elas ajudam a mostrar o quão grande tem sido a queda da TV aberta como um todo nos últimos anos.

….e o lado bom

Imagem: CBS/Divulgação

Por outro lado, acredito que eles estão longe do fim. Tanto o The Voice quanto Survivor ainda apresentam uma oportunidade única de atrair telespectadores em mercados que desligaram a TV há algum tempo. Enquanto o programa de música é uma força impressionante no meio oeste e no sul, o de resistência é um acerto em pequenas praças do nordeste. Atenção para o desempenho do The Voice em Minnesota e de Survivor no Maine. (Observe no mapa abaixo).

Reality Shows Audiência
Imagem: Broadcasting & Cable/Divulgação

Outro fator importante é o quanto de dinheiro o formato de cantoria rende mundo a fora (acaba de ser renovado em Portugal, Tailândia e outros). Sem contar com a possibilidade única de lançar séries, veja The BlacklistBlindspot e mais recentemente Manifest. No início do ano tive a oportunidade de comentar a audiência extraordinária conquistada pelo retorno de Roseanne. Tal triunfo, lembro o leitor, aconteceu pela capacidade da comédia em atrair telespectadores de pequenas cidades ou grandes centros mais dependentes do trabalho rural e das grandes indústrias. Como foi o caso de Tulsa e de Wilkes-Barre.

Embora a série tenha sido cancelada por motivos já conhecidos, é importante lembrar que a TV ainda não produziu, ou sequer possui planos, em olhar para essas pessoas novamente. Fazendo com que o resultado modesto-razoável desses reality shows nesses mercados seja essencial para que as emissoras da TV aberta continuem, pelo menos, competitivas.

Os destaques da próxima semana: os destaques de 2018.

Sobre o autor
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Bernardo Vieira

Meu nome é Bernardo Vieira, sou catarinense e tenho 25 anos. Sou bacharel em direito, jornalista e empreendedor digital. Escrevo no Mix de Séries desde janeiro de 2016.Sou responsável pelas colunas de audiência e Spoiler Alert, além de cuidar da editoria de premiações e participar da pauta de notícias. Quer saber mais? Me pague um café e vamos conversar.

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