Audiência – Roseanne, The Good Doctor, 60 Minutes mais: Análise de 24/03 a 30/03
Com o retorno de Roseanne, Billions e Silicon Valley, também tivemos a estreia de Trust, Barry e muitas coberturas especiais. Vamos aos números?
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Assim como na semana passada, temos uma coluna recheada de análises para vocês. Temos um super aguardado e comentado 60 Minutes com Stormy Daniels, a estreia deliciosa de Roseanne, o retorno de Silicon Valley e da polêmica Trust no FX. Temos algumas preocupações para ressaltar na TV aberta, mas mais números do NCAA Tournament, a cobertura da Marcha Pelas Nossas Vidas no sábado. Vamos aos números?
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ABC
No domingo, boas notícias. American Idol perdeu apenas 0.1 no demográfico alvo, deixando o programa nos 1.7. Mais tarde, Deception continua sem fundo ao cair mais uma vez para 0.7. Já na segunda, notícias ainda melhores. American Idol subiu e continuou na estabilidade – 1.7 no demo. O que não é apenas excelente, como mostra que o reality show encontrou seu público. O único caminho a partir de agora é pra cima.
Com um lead-in gigantesco de Roseanne (abaixo), black-ish cresceu de 1.5 para 2.6, números que a comédia não fazia desde a sua temporada de estreia em 2014. Splitting Up Together estreou muito bem aos 2.1, enquanto For The People continua amargando num horário horroroso com 0.9 (+0.3).
The Goldbergs caiu 0.2 para 1.4, o que não ajudou a estreia de Alex, Inc. com 1.1. Modern Family despencou 0.3 para 1.4. Enquanto Designated Survivor ficou estável nos (ainda ruins) 0.7. Na quinta-feira, Grey’s Anatomy caiu 0.1, enquanto Station 19 subiu para 1.2 após apanhar de Chicago Fire na estreia. Voltando ao seu horário das 22h, Scandal sofreu e despencou 0.3 para 0.8. Na sexta-feira, vimos Once Upon a Time subir (0.4 x 0.5) e Agents of SHIELD estável (0.4).
O bom médico e os bons resultados
A semana foi tão boa que nós tivemos que fazer dois especiais. Esse de The Good Doctor e outro de Roseanne (abaixo). Isso porque a série subiu em comparação com a semana anterior e teve um Season Finale de 1.7. O que interessa? O sucesso no decorrer do primeiro ano. A série médica ao lado de American Idol e Roseanne dão a possibilidade para ABC finalmente sair do quarto lugar. Isso porque o drama é realmente um achado.
Mesmo rejeitada pela CBS, a série mostrou a que veio desde o princípio. O drama manteve-se forte com o apoio de Dancing with the Stars, The Bachelor e agora com American Idol. Tal sucesso pode-se dar ao fato de atrair mais mulheres do que qualquer outro programa da ABC, mas também por ser aquela programação alternativa que as pessoas tanto pediam num momento que o noticiário está tão carregado. É um fenômeno parecido que fez com que This Is Us se tornasse o blockbuster de hoje.
Com uma média de 15.4 milhões de telespectadores, The Good Doctor se tornou a novata mais assistida da ABC desde Lost em 2004-2005, portanto treze anos. Às 22h ficou em primeiro lugar durante boa parte da sua exibição, além de construir uma vantagem de 60% sob a NBC com a estreia de Good Girls.
Fazendo algumas comparações:
The Good Doctor (Média da 1ª temporada)
1.79 no demográfico alvo (18-49 anos); 9.77 milhões de telespectadores
Chicago Med (Média da 1ª temporada)
1.72 no demográfico alvo (18-49 anos); 7.95 milhões de telespectadores
The Night Shift (Média da 1ª temporada)
1.37 no demográfico alvo (18-49 anos); 6.59 milhões de telespectadores
A Gifted Man (Média da 1ª temporada)
1.3 no demográfico alvo (18-49 anos); 8.57 milhões de telespectadores
Code Black (Média da 1ª temporada)
1.27 no demográfico alvo (18-49 anos); 7.11 milhões de telespectadores
The Resident (Média da 1ª temporada*)
1.1 no demográfico alvo (18-49 anos); 4.79 milhões de telespectadores
Heartbeat (Média da 1ª temporada)
0.8 no demográfico alvo (18-49 anos); 4.51 milhões de telespectadores
* Primeira temporada ainda não concluída
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NBC
A programação de domingo da NBC, que ora era a grande vencedora, caiu ainda mais. Little Big Shots caiu de 1.1 para 0.9, Genius Junior foi de 1.0 para 0.7, enquanto Timeless ficou ainda mais fraca ao oscilar de 0.7 para 0.6. Já na segunda, The Voice realmente despencou enquanto Good Girls caiu de 1.1 para 1.0.
O retorno de Roseanne fez com que o The Voice despencasse na terça-feira com 1.7 no demo, uma baixa de 0.5. O porquê isso acontece? Tanto a série da ABC quanto o reality show musical têm o mesmo apelo – americanos que moram no meio do país. Em seguida, Rise teve uma queda forte de 0.3 para 0.8, enquanto Chicago Med variou de 1.2 para 1.0, suficientes para vencer o horário das 22h.
Quinta-feira foi um verdadeiro sangramento para o bloco de comédias. Todas caíram para Season Lows – Superstore (0.8), AP Bio (0.6), Will & Grace (0.9) e Champions (0.5). Às 22h, Chicago Fire também teve uma queda forte (1.0 x 1.2), mas mesmo assim venceu o horário com folga. Na sexta, a noite começou com Blindspot estabilizando com 0.5 e Taken despencando para 0.3. O que é mais assutador pra NBC? Tais números foram quase os mesmos feitos por Dynasty na CW.
FOX
Bob’s Burger subiu de 0.8 para 0.9, The Simpsons também subiu para 0.9, Brooklyn Nine-Nine estabilizou nos 0.9, mesmos números feitos por Family Guy. Todos incrivelmente na mesma situação se não fosse por The Last Man On Earth que permaneceu nos fracos 0.7. Estabilidade também foi o mantra da segunda-feira com Lucifer nos 0.8 e The Resident em 0.9. La To Vegas caiu um pouquinho para 0.6, enquanto The Mick ficou estável nos 0.7.
Retornando de umas férias bem longas e proveitosas desde dezembro, Empire fez bons 2.0 que representam uma subida de 0.1 em relação a Midseason Premiere. Já Star também voltou com uma alta de 0.2 e fechou a semana com 1.5. Na quinta-feira, Gotham ficou estável nos 0.7, assim como Showtime At The Apollo com 0.6. Mantendo sua força na sexta-feira, MasterChef Junior fez 0.8 no demo.
CBS
Com um jogo quente e uma entrevista (abaixo) ainda mais apimentada, a programação roteirizada da CBS capitalizou bem. Instinct experimentou uma subida generosa em relação a sua Series Premiere (1.0 x 1.3), o que é uma excelente oportunidade para atrair e conquistar o telespectador. Teremos uma boa oportunidade de analisar o drama sem essas inflações desproporcionais. Mais tarde, NCIS: Los Angeles também subiu bem de 0.9 para 1.1, enquanto Madam Secretary cresceu apenas 0.1 em comparação com a semana anterior.
Na segunda-feira, apenas Kevin Can Wait caiu (-0.1/0.9, uma Series Low), isso porque o restante ficou estável – Man With a Plan (0.9), Superior Donuts (0.8), Living Biblically (0.7) e Scorpion (0.8). Depois de uma semana de folga, NCIS fez 1.3 (-0.2), enquanto Bull caiu para 1.2 com uma participação especial de Dana Delany e NCIS: New Orleans caiu (0.1) para 0.9.
Na quarta-feira, Survivor caiu 0.1 para 1.7, a recém renovada SEAL Team também caiu para 0.9, enquanto Criminal Minds demonstrou força e subiu de 0.9 para 1.1. Na quinta-feira, a CBS venceu a noite, mas sofreu algumas quedas. The Big Bang Theory (-0.1/2.4), Young Sheldon (-0.1/2.1), Mom (-0.1/1.4), Life In Pieces (-0.2/1.o), S.W.A.T. (-0.2/0.8). Vencendo a sexta-feira com folga, Hawaii Five-0 fez 1.0, enquanto MacGyver e Blue Bloods ficaram estáveis com 0.8 e 0.9 respectivamente. Lembro ainda aos senhores que a última foi vista por 8.34 milhões de pessoas. Numa sexta-feira. Às 22h.
Os números do NCAA Tournament são sete (e únicos) jogos que a emissora exibiu nessa temporada. Eles representam uma alta significativa em relação a 2017:
Vamos falar de sexo?
Domingo foi dia de uma das entrevistas mais aguardadas em muito tempo. Talvez desde quando Trump confessou sua provável obstrução de justiça em rede nacional para Lester Holt da NBC. Stormy Daniels, uma atriz pornô que afirma ter tido um caso com o Presidente, foi entrevista pelo Anderson Cooper no 60 Minutes. Fartamente divulgada durante toda a semana na mídia escrita e falada, o advogado da profissional fez uma verdadeira blitz no intuito de instigar o telespectador a conferir a conversa. Apareceu em todos os canais, menos na Fox News, evidentemente.
A estratégia de marketing da emissora foi além. Assim que o jogo de domingo da NCAA Tourmanet atravessou a marca das 19h, a CBS enviou um material para o restante da imprensa com os destaques da entrevista. CNN, The Washington Post, The New York Times, NBC, Politico e entre outros enviaram notificações aos seus seguidores, aumentando a expectativa para a entrevista que começaria atrasada, às 19h35 em virtude da prorrogação na partida entre Kansas State vs. Duke.
Com isso, os números foram realmente impressionantes. A entrevista fez gigantescos 4.0 no demo alvo e atraiu a atenção de 22 milhões de telespectadores. Inclusive do presidente, claro. Para que o leitor tenha uma ideia da última fez que a revista eletrônica registrou números tão gigantescos foi em setembro 2008, para uma conversa com uns tais de Sr. e Sra. Obama.
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CW
Na segunda-feira, Legends of Tomorrow e iZombie estabilizaram com 0.4 e 0.2, respectivamente. Tais números sugerem que amabas devem sim, ser renovadas para mais um ano. Mesmo exibida após uma reprise de The Flash, Black Lightning permaneceu nos 0.5.
Riverdale caiu mais uma vez (0.3 x 0.4), o que já é um sangramento de mais de 50% em relação a sua Season Premiere em 2017. Já Life Sentence ajudou o canal a marcar um recorde desagradável. Ao cair para medonhos 0.1, a CW é a primeira emissora da TV aberta a ter dois programas roteirizados e originais marcando tais números em sete dias. Na quinta-feira, Supernatural retornou com 0.7, que não é apenas uma Season High como também seus melhores desde novembro de 2017. Arrow ficou estável nos 0.4.
A chegada de Alexis fez bem, mas não tão bem para Dynasty. Isso porque o remake subiu para 0.2 no demo
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TV a Cabo
No sábado, a exibição do NCAA Tournament ficou sob responsabilidade da TBS, registrando impressionantes 3.03 no demográfico alvo e clamando uma vitória muito tranquila sobre a concorrência. Outro destaque do dia foi o Kid’s Choice Awards cujo demo foi de 0.46, embora a Nick esteja mais interessada nos resultados de outro grupo: crianças entre 02 a 11 anos.
Numa noite (bem) agitada de domingo, nós tivemos de tudo. The Waking Dead viu seus números subirem de 2.83 para 2.95. Esperando encontrar outro sucesso, a AMC colocou o primeiro episódio de The Terror logo em seguida. O drama fez ótimos 1.34 no demográfico alvo, sendo que sua reprise na segunda-feira, que funcionou como uma estranha “estreia oficial”, fez 0.36. Vale ressaltar que em busca de ampliar sua base de espectadores, a AMC já divulgou a primeira temporada inteira da série nas suas plataformas digitais.
Homeland cresce um pouco para 0.32, enquanto o Season Premiere de Billions fez 0.26, que são superiores dos 0.20 feitos no retorno de 2017. Here and Now ficou estável nos 0.11 na HBO. Enquanto a volta de Silicon Valley caiu em relação a 2017 (0.44 x 0.31), mas vale lembrar que foi precedida por um lead-in muito mais forte (The Leftovers fazia 0.34 x 0.11 de Here and Now). Já Barry estreou com baixos 0.22. No FX vimos um provável desastre à vista com Trust estreando na casa dos 0.20.
Entre estreias e Finales
Na segunda-feira, poucos destaques. The Alienist caiu na sua Season Finale com 0.37 (-0.02). A Season Finale de Baskets caiu 0.05 na terça-feira, colocando a comédia dramática nos 0.11. O retorno de Suits aconteceu com uma queda em relação a janeiro de 2017 (0.30 x 0.31), assim como julho de 2017 (0.30 x 0.36). A estreia da última temporada de The Americans manteve seu público pequeno, porém fiel. O drama fez 0.14, uma queda de apenas 0.1 em relação ao retorno de 2017. A despedida do primeiro ano da já renovada Grown-ish fez 0.17, uma queda de apenas 0.03 em relação a semana anterior.
Noutra programação, também tivemos alguns destaques. Na segunda-feira, UnReal caiu para 0.09 e Mary Kills People subiu para 0.06. Krypton despencou 0.12 em comparação com a sua estreia, mas ainda marcou saudáveis 0.30. The Magicians também teve uma queda leve para 0.28. Na quinta-feira, Atlanta teve uma subida boa de 0.06 (0.26 x 0.32), enquanto uma versão country de RuPaul’s Drag Race teve uma queda forte. O reality show oscilou de 0.39 da estreia para 0.29.
Por fim, a Series Premiere dupla de Siren foi boa. Ambas as horas fizeram 0.30 no demográfico alvo, o que é bem acima do que Beyond fez na sua despedida (apenas 0.09) e superior ao que Shadowhunters fez no seu retorno (0.19).
Marcha Pelas Nossas Vidas
No sábado (24) os sobreviventes do mais recente massacre numa escola nos Estados Unidos, organizaram uma marcha para pedir por mais controle na vida de armas. Incialmente a proposta era concentrar o evento em Washington D.C., mas o evento foi ao redor do mundo. Sabendo disso, os canais a cabo de notícias tiraram uma casquinha ao organizarem uma cobertura completa e ao vivo. Enquanto a MSNBC e a CNN exibiram sem parar, a Fox News apenas exibiu flashes com a participação de comentaristas pró-arma.
De acordo com o TVNewser, a MSNBC venceu a competição com folga. Batendo até recordes. Isso porque o canal teve sua melhor audiência na faixa das 09h às 17h de um sábado desde março de 2003. Você não leu errado. 29 de Março de 2003, nove dias após o início da guerra do Iraque. A cobertura da emissora também saiu vitoriosa no demográfico de 25-54 anos e no total de telespectadores. Ficando em primeiro lugar das 12h às 15h, período de pico da marcha na costa leste do país.
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Análise Especial da Semana: Roseanne
Quem estiver comparando o retorno de Roseanne com os números que a comédia deu lá em 2000, façam um favor e ignorem esses analistas. Como disse numa análise do passado, a televisão muda a cada ano, por isso é ridículo comparar qualquer coisa com mais de quatro anos. Roseanne deve ser comparada com Will & Grace, que foi ao ar no mesmo período e agora está de volta para marcar suados 1.2 no demográfico. O revival aparece para atrair os telespectadores de Last Man Stading e The Middle: do meio do país, ou da heartland. Não é a toa que Roseanne Barr disse que a personagem título é uma eleitora de Donald Trump.
Com isso não é difícil de perceber o porquê a série explodiu, no bom sentido, ao marcar gigantescos 5.2 no demo e atrair a atenção de mais de 18 milhões de pessoas. Os números totais mostram algo muito interessante – o então Series Finale de Roseanne em 1997 foi visto por 16.6 milhões de telespectadores. E isso é o que? 21 anos depois. Realmente impressionante. Todavia o que mais importa para a ABC, e talvez para o futuro da TV aberta, é onde o revival foi bem e quais mercados ajudaram a formar esses números. Veja:
Os melhores mercados de Roseanne:
1. Tulsa – Oklahoma
2. Cincinnati – Ohio
3. Kansas City – Missouri
4. Pittsburgh – Pensilvânia
5. Chicago – Illinois
6. Oklahoma City – Oklahoma
7. Detroit – Michigan
8. Buffalo – Nova York
9. St. Louis – Missouri
10. Indianápolis – Indiana
12. Filadélfia – Pensilvânia
31. Nova York – Nova York
38. Los Angeles – Califórnia
Os melhores mercados de Roseanne (em 1988):
1. Tulsa – Oklahoma
2. Houston – Texas
3. Seattle-Tacoma – Washington
4. Buffalo – Nova York
5. Scranton/Wilkes-Barre – Pensilvânia
6. Knoxville – Tennessee
7. Filadélfia – Pensilvânia
8. Detroit – Michigan
9. Cleveland – Ohio
10. Albuquerque – Novo México
25. Chicago – Illinois
37. Nova York – Nova York
43. Los Angeles – Califórnia
Os piores mercados de Roseanne:
1. Greensboro – Carolina do Norte
2. São Francisco – Califórnia
3. Jacksonville – Flórida
4. Miami – Flórida
5. Nova Orleans – Louisiana
6. Providence – Rhode Island
7. Salt Lake City – Utah
8. Memphis – Tennessee
9. San Diego – Califórnia
10. Baltimore – Maryland
O que é possível inferir com muita facilidade a partir desses resultados? Todos os mercados que a série foi bem, com exceção de Buffalo, estão no meio-oeste. Conhecida também como heartland, são todos os estados no “miolo” do país. Longe dos grandes centros, das costas “elitizadas” e que vivem principalmente do campo. Há exceções, como Pittsburgh que é o futuro da biomedicina, enquanto Chicago é a cidade onde tudo acontece. Sem contar que dos mercados expostos, Hillary Clinton perdeu apenas em Tulsa e Oklahoma City.
O que isso quer dizer?
O primeiro mapa mostra geograficamente onde Roseanne foi bem, enquanto o mapa ao lado quem ganhou o que nas eleições presidenciais de 2016. Trump em vermelho e Hillary Clinton em azul. Fazer essa comparação é primordial para entender o que aconteceu na terça-feira. Americanos que não assistiam o horário nobre a muito tempo mudaram de ideia naquele dia porque assistiram pela primeira vez um programa na qual eles poderiam se relacionar. Problemas do dia-a-dia, da classe média e do “americano comum”. Onde a cozinha é pequena, a comida na escola das crianças é ruim e há uma grande dificuldade de pagar as contas no final do mês. Sem contar com o apoio ao Presidente.
Porque This Is Us é um sucesso? Porque fala de americanos comuns. Uma família como todas as outras, com problemas comuns e dificuldades idênticas dos seus telespectadores. Onde mais você encontra isso no horário nobre? The Middle. Uma família do interior de Indiana que enxergava a necessidade de levar pessoas comuns à televisão em 2009. Qual a outra? Não existe. Diferentemente da elite. black-ish e Life In Pieces também mostram famílias ricas no subúrbio de Los Angeles. Will & Grace é na cidade de Nova York. Star é em Atlanta.
Não posso ser ignorante e afirmar que não é importante ver uma família negra como parte da elite ou asio-americanos tocando suas vidas bem sucedidas em Orlando. A representação é importante justamente porque a diversidade faz a força em qualquer lugar. Todavia, a televisão praticamente esqueceu que há vida além dos grandes centros ou como mostrar o cotidiano de uma casa de classe média. Veja Kevin Can Wait, por exemplo. Um policial aposentado em Long Island, bairro menos favorecido (e mais republicano) de Nova York. Eles têm dificuldades? Está difícil para pagar as contas? Nada.